Foto: Acervo da Pastoral da Criança
Na comunidade de Gaibú, em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, as Celebrações da Vida da Pastoral da Criança podem surpreender os visitantes. Além do momento de orientação nutricional e da conversa com as famílias sobre diferentes temáticas, quem participa desse momento se encanta com a quantidade de crianças com mais de um ano que ainda mamam no peito da mãe. O trabalho intenso das líderes locais sobre a importância do leite materno parece estar dando certo: em meio a brincadeiras, mesmo com o lanche servido pelas líderes, as crianças voltam para os colos das mães buscando um pouquinho de amor líquido.
Uma dessas crianças é Davi, 3 anos completados no último mês de dezembro. Filho mais novo de Mônica Maria Santana da Silva, parece saber bem que o leite materno só traz benefícios. O pequeno até hoje mama em livre demanda, e a mãe afirma que vai continuar assim. “Até quando ele quiser”, diz.
Dra. Zilda
“Deve-se valorizar o leite do peito, que protege a criança, alimenta-a e lhe dá a grande experiência do verdadeiro amor, alicerce da segurança afetiva e do desenvolvimento”.
Papa Francisco
“A família é a comunidade de amor em que cada pessoa aprende a se relacionar com os outros e com o mundo”.
Mãe de outros quatro filhos (todos acompanhados pela Pastoral da Criança), Mônica conta que amamentou todos exclusivamente com leite materno até os seis meses. Ela lembra que a médica e as líderes ensinaram que leite materno supre as necessidades do bebê até os seis meses e, depois dessa idade, é bom a qualquer hora. “Leite do peito é saúde para as crianças”, afirma.
Estudos apontam que crianças que mamaram por mais tempo leite materno apresentam Quociente de Inteligência (QI) mais alto que aqueles que mamaram por menos de um mês. Da mesma forma, essas pessoas tendem a ter mais anos de estudos e salários maiores.
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O que todo mundo tem certeza é que alimentar crianças com leite materno em livre demanda, especialmente nos primeiros meses, faz com que elas evitem doenças futuras e ainda as protege no presente. Mônica afirma que Davi é exemplo de que leite materno é saúde. “Ele é uma criança sadia, não fica doente. Não tem nada, nem gripe”, conta. Que mais crianças possam ter a mesma oportunidade de Davi.
2º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável”.
3º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”.
Por meio das visitas domiciliares e encontros com as famílias, os líderes voluntários orientam e preparam as mães para a amamentação, desde que elas ainda estão grávidas. E ajudam a esclarecer as dúvidas, para incentivar a continuação deste ato de amor, mesmo após os 6 primeiros meses de vida.
Além dos ganhos para a saúde, a amamentação também pode ser considerada uma atitude sustentável. Quando uma mãe amamenta, a família não usa nem a mamadeira, nem as latas de leite, e também está favorecendo a preservação do planeta.