Tema: Amamentação

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Foto: Arquivo da Pastoral da Criança

Amamentar o bebê é um gesto natural de amor e carinho e um estímulo para a saúde do bebê e da mãe. No entanto, algumas mães enfrentam dificuldades na hora de amamentar que muitas vezes as fazem parar. Ou ainda, existem situações, como algumas doenças na mãe ou na criança, que impedem o bebê de mamar no peito, e impedem a mãe de viver esse momento tão precioso junto a seu filho. A boa notícia é que hoje, mães que enfrentam essas situações, podem recuperar sua produção de leite materno e passar a amamentar seus filhos. Até mesmo, mães de filhos adotivos podem amamentar! A Enfermeira Celestina comenta: "Isso é possível? Sim, claro que é. Mas exige dedicação, cuidado e paciência também da mãe e das pessoas da família, para darem esse apoio’’. Os processos que tornam isso possível são conhecidos como relactação (realeitamento) e translação. A relactação acontece quando a mulher que já amamentou, volta a produzir leite para alimentar seu bebê. A translactação é um processo transitório que ajuda a mãe a amamentar através de um complemento, como o próprio leite, ou um leite de fórmula. Quem nos contará mais a respeito dessa oportunidade é a enfermeira e especialista em saúde materno-infantil, Maria Celestina Bonzanini Grazziotin.

O que é a relactação? O que é translactação?

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida
1547 - 17/05/2021 - Relactação e translactação


Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

Quando nós falamos em relactação ou também realeitamento, significa que essa mulher está mostrando o desejo de provocar uma recuperação da produção de leite na mama. Então, relactação é isso. É aquela mulher que parou de amamentar ou que diminuiu muito a sua produção, está usando outro leite e quer voltar a amamentar.
Isso é possível? Sim, claro que é, mas exige dedicação, cuidado e paciência também da mãe e das pessoas da família, para darem esse apoio. Temos também outro processo de translactação. Quando que é usado isso? É muito comum em bebês prematuros ou com bebês que ficaram internados muito tempo, afastados da mãe, da mama da mãe. Quando a criança é liberada, por exemplo da incubadora, para ir para o colo da mãe, ela pode ter também alguma rejeição na mamada pelo tempo que ela ficou sem esse contato. Enfim, as duas formas são benéficas.

Algumas mães contam que a gravidez e o parto foram fáceis para elas, mas disseram que o mais difícil foi a amamentação. Por que será que acontece isso?

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Maria Celestina Bonzanini Grazziotin

Amamentar é um ato que pode ser mais fácil para algumas mulheres. Para outras mulheres, no entanto, poderá ter algumas dificuldades. Todas as mulheres são capazes de produzir leite. O que nós precisamos é orientar essas mulheres para os cuidados que elas precisam ter para que consigam deixar as mamas produzirem o leite e liberar para a criança mamar. A amamentação é um processo biológico intuitivo, mas que precisa ser aprendido. Essa orientação é muito importante que ela comece já durante o período de gravidez.

Mesmo com tantas campanhas e orientações, muitas mulheres ainda insistem em não amamentar. Dizem que o leite é fraco, que dói os peitos... Como explicar a mportância da amamentação?

Quando nós encontramos uma mãe que realmente está bem decidida a amamentar e tem o apoio da família nesse processo, é atendida por um profissional que também acredita e sabe da importância, o sucesso é bem mais fácil e a amamentação segue bem. A cultura da mamadeira ainda está muito presente no Brasil. É preciso continuar com as campanhas.

Leia a entrevista na íntegra: 1547 - Relactação e Translactação (.PDF) 

 

22º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

“Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável”

E SDG Icons NoText 033º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”

Por meio das visitas domiciliares e encontros com as famílias, os líderes voluntários orientam e preparam as mães para a amamentação, desde que elas ainda estão grávidas. E ajudam a esclarecer as dúvidas, para incentivar a continuação deste ato de amor, mesmo após os 6 primeiros meses de vida.

Além dos ganhos para a saúde, a amamentação também pode ser considerada uma atitude sustentável. Quando uma mãe amamenta, a família não usa nem a mamadeira, nem as latas de leite, e também está favorecendo a preservação do planeta.

Dra. Zilda

“Deve-se valorizar o leite do peito, que protege a criança, alimenta-a e lhe dá a grande experiência do verdadeiro amor, alicerce da segurança afetiva e do desenvolvimento”

Papa Francisco

"Ninguém vence sozinho, nem no campo, nem na vida!"