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A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que até os seis meses de idade, o leite materno seja o único alimento do bebê. A partir dos seis meses, a orientação é introduzir alimentos nutritivos e manter a amamentação até dois anos de idade ou mais.
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O aleitamento artificial (fórmula) deve ser usado apenas em casos específicos e extremamente necessários, como o ganho insuficiente de peso, e com orientação de profissional de saúde.
Veja o vídeo da nutricionista Caroline Dalabona sobre as fórmulas infantis e o trabalho da Pastoral da Criança no incentivo ao aleitamento materno.
“É importante que os nossos líderes primeiro reforcem sobre a importância do aleitamento materno. No nosso material educativo há muito conteúdo disponível sobre esses benefícios”, explica a nutricionista.
“Em relação às fórmulas infantis, oriente a mãe para que elas só sejam usados em casos específicos e com orientação de profissional de saúde”, conclui.
Cuidado com as propagandas
Um relatório da Organização Mundial da Saúde revelou que fabricantes de fórmulas infantis compraram ou coletaram informações pessoais de novas gestantes e mães para enviar-lhes propagandas personalizadas de seus produtos.
Para isso, utilizaram aplicativos, grupos de apoio virtual, influenciadores pagos, promoções, concursos, fóruns ou serviços de aconselhamento. Esse tipo de prática nociva gerou aumento de compras de fórmulas e levou mães a deixarem de amamentar da forma adequada.
O governo brasileiro já declarou que deve apresentar à Organização Mundial da Saúde, em conjunto com 26 países, uma proposta de regulação do comércio digital de fórmulas. O projeto de resolução deverá ser apresentado na Assembleia Mundial da Saúde do próximo ano.
“É poderosa a influência da comercialização de substitutivos do leite materno como uma barreira à amamentação. Estamos enfrentando um desafio emergente”, disse o secretário Carlos Gadelha, representante brasileiro na última edição da Assembleia Mundial da Saúde.
O trabalho da Pastoral da Criança
A Pastoral da Criança acompanha 200 mil crianças de 0 a 6 anos de idade em todo o Brasil. Todos os meses, os líderes voluntários vão pessoalmente às casas dessas famílias, durante a visita domiciliar. Nessas visitas, os líderes incentivam e orientam sobre a importância do aleitamento materno.
No Brasil, a taxa de bebês com até seis meses de idade que recebem a amamentação adequada (apenas leite materno) é de 46%, segundo o Ministério da Saúde (Dados de 2022).
No caso das Crianças acompanhadas pela Pastoral da Criança essa taxa é maior, de 55% (dados do 2º trimestre de 2024).
“Esse papel de mês em mês do líder estar ali, junto da mãe, dando esse suporte, sem dúvida contribui para que as taxas de amamentação das mães acompanhadas pela Pastoral da Criança sejam maiores. E a gente fica muito feliz, porque o leite materno é vida para essas crianças”, explica a nutricionista Caroline Dalabona.
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