Foto: Foodiesfeed
A Educação Alimentar é uma prática permanente, que tem como objetivo promover a segurança alimentar e nutricional, por meio de uma alimentação saudável e adequada. Para isso, é preciso que ocorra o diálogo junto à população, englobando também os fabricantes de alimentos industrializados.
Nesses casos, a conversa ocorre por meio dos rótulos presentes nas embalagens, que funcionam como um cartão de identidade do alimento e nos permite escolher os melhores produtos.
Para entender sobre educação alimentar e a importância de ler os rótulos, confira a entrevista com Marcia Moscatelli, nutricionista que trabalha na coordenação nacional da Pastoral da Criança.
Programa de rádio Viva a Vida
1310 - Educação nutricional - 07/11/2016
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
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O que é educação nutricional?
É um processo de diálogo entre os profissionais de saúde e a população, que utiliza diferentes abordagens educacionais para garantir o acesso às informações sobre a ciência da nutrição. Dessa forma, cada pessoa pode escolher os melhores alimentos para compor uma dieta balanceada, adotar hábitos alimentares saudáveis e melhorar a sua qualidade de vida.
Por que é importante ler os rótulos das embalagens de alimentos?
A leitura do rótulo ajuda o consumidor a identificar informações importantes sobre o produto. Dá o poder de fazer as escolhas mais adequadas, de acordo com a sua necessidade. Por exemplo, quando um alimento industrializado possui cinco ou mais ingredientes com nomes pouco familiares e que não são usados em casa (como gordura vegetal hidrogenada, xarope de frutose, emulsificantes, corantes, aromatizantes e realçadores de sabor), quer dizer que esse alimento é ultraprocessado e não deve fazer parte da nossa alimentação do dia a dia.
O que significa “alimentos enriquecidos”? Eles fazem bem para a saúde?
Márcia Moscatelli - Nutricionista da Pastoral da Criança
Os alimentos ultraprocessados, como: suco em pó, biscoito recheado, macarrão instantâneo, salgadinho de pacotes e outros, são geralmente pobres em vitaminas e minerais. Além disso, possuem grandes quantidades de açúcar e gordura. Por isso, uma estratégia da indústria de alimentos é acrescentar micronutrientes sintéticos aos produtos e alegar como uma espécie de vantagem de um alimento enriquecido com vitaminas e minerais. No entanto, o Guia Alimentar para População Brasileira nos alerta que não existem garantias de que um nutriente adicionado reproduz no organismo os benefícios dos nutrientes presentes nos alimentos naturais. O que precisa ficar claro é que os alimentos ultraprocessados, sejam eles enriquecidos ou não, não são produtos saudáveis e seu consumo deve ser limitado.
O que a Pastoral da Criança orienta sobre a educação nutricional das crianças?
Nós orientamos sobre a importância da criança fazer as refeições junto com as outras pessoas da família. Assim, ela aprende a comer os alimentos saudáveis que os adultos comem. Além disso, a Pastoral da Criança incentiva a família a cultivar uma pequena horta caseira. Tudo isso são estratégias que contribuem para educação nutricional da criança e a formação de um comportamento alimentar saudável.
Leia também: Acompanhamento Nutricional: cuidado com a saúde
Leia a entrevista na íntegra: 1310 - Entrevista com Márcia Moscatelli - Educação Nutricional (.PDF)