Foto: Acervo da Pastoral da Criança
Os Direitos Humanos são direitos inerentes a todos, independente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Incluem também, o direito à vida, à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, ao trabalho e à educação, entre outros.
A Pastoral da Criança trabalha de forma estratégica em demandas relacionadas à defesa dos direitos humanos, promovendo o desenvolvimento infantil, à luz do evangelho, reforçando a opção pelos pobres, desde o ventre materno até os 6 anos. Além disso, para que famílias e comunidades realizem sua própria transformação, a instituição contribui por meio de orientações básicas de saúde, educação, cidadania e nutrição, fundamentadas na mística cristã que une fé e vida.
“A Pastoral da Criança atua na defesa dos direitos quando cria rede de apoio e proteção que luta para garantir que as crianças e as famílias tenham vida e vivam dignamente”, diz a advogada e assessora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Criança Internacional, Lady Anne Cardoso.
Saiba mais na entrevista abaixo e no programa Viva a Vida desta semana.
Lady Anne
Advogada e Assessora da Pastoral da Criança
ENTREVISTA COM: Lady Anne dos Santos Cardoso, advogada e assessora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Criança Internacional.
Como a desigualdade social impacta no exercício dos direitos humanos relacionados às crianças?
Inicialmente, é importante lembrar que a desigualdade social é uma violação aos direitos da criança, afinal, se o responsável pela criança não tem o básico para sobreviver, consequentemente a criança também não terá, ela irá sofrer pela ausência de segurança alimentar, ausência de higiene, moradia, água potável, ela estará vulnerável a sofrer várias formas de violência. O acesso dessa criança à educação será bastante limitado, bem como o acesso à saúde, a um ambiente seguro e acolhedor, no qual ela possa se desenvolver. Isso porque, quem tem menos condição socioeconômica tem pior, ou nem chega a ter, acesso ao básico para viver dignamente.
E nós que fazemos parte da Pastoral da Criança sabemos que o que acontece especialmente nos primeiros 1000 dias de vida da criança, vai refletir em sua vida futura.
A Dra. Zilda costumava dizer que: “Há muito o que se fazer, porque a desigualdade social é grande. Os esforços que estão sendo feitos precisam ser valorizados para que gerem outros ainda maiores”.
Programa de rádio Viva a Vida 1576 - 06/12/2021 - Direitos Humanos
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
O que podemos fazer para proteger os direitos das crianças e de suas famílias?
É necessário termos consciência de que a proteção dos direitos das crianças, segundo dispõe a Constituição Federal Brasileira, no artigo 227, é um dever da família, da sociedade e do Estado. Portanto, é preciso unir forças para lutar contra as causas que promovem o empobrecimento, injustiças, violência e a opressão daqueles que são incapazes de lutar por si mesmos. Precisamos agir e impedir que as crianças sejam exploradas, abusadas, forçadas a trabalhar. É dever de todos garantir que as crianças, que as famílias tenham o básico para viver dignamente.
Como a Pastoral da Criança ajuda na promoção, proteção e defesa dos direitos das crianças e suas famílias?
A ajuda acontece desde o momento em que o voluntário da Pastoral da Criança realiza sua missão, vai ao encontro das famílias, visita, orienta sobre os cuidados e necessidades da criança desde a gestação. Quando o brinquedista proporciona momentos para que essas crianças possam brincar, imaginar, demonstrando e ensinando as famílias e a comunidade que essas ações também são essenciais para o desenvolvimento, também é uma forma de promoção. A Pastoral da Criança atua na defesa dos direitos quando cria rede de apoio e proteção que luta para garantir que as crianças e as famílias tenham vida e vivam dignamente.
Leia a entrevista na íntegra: 1576 - 06/12/2021 - Direitos Humanos
16º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
"Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar oacesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis"
É por isso, que a Pastoral da Criança com sua equipe especializada, formada por assistentes sociais, psicólogos, advogados, voluntários, realizam ações integradas entre diferentes setores responsáveis por políticas públicas a fim de conscientizar e humanizar os indivíduos. Pois todos merecem acesso à justiça e ter seus direitos respeitados, sem discriminação.
Dra. Zilda
“Não podemos esquecer também das políticas públicas, de lutar pela melhoria da qualidade de vida de nossas famílias, melhor assistência pré-natal, ao parto e melhores escolas”.
Papa Francisco
“A justa distribuição dos frutos da terra e do trabalho humano não é mera filantropia. É um dever moral”