Tema: Acompanhamento Nutricional

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Foto: Freepik

São diversos os motivos que levam as pessoas a quererem saber o que está contido nos alimentos que vão consumir. Desde o simples cuidado com a própria saúde e a de seus entes queridos, desejando optar pelo que é mais saudável, até por algo mais sério, como alergias alimentares ou doenças - diabetes, hipertensão, doença celíaca, quando não se deve consumir determinados componentes.

É direito do consumidor ter acesso a toda a informação sobre o produto - do que é feito, quais os ingredientes, quantas calorias, quantidades de açúcares, sal, proteínas, gorduras, aditivos, se o alimento é orgânico ou não, dentre outras. E todas essas informações devem estar presentes nos rótulos.

Mas, entender o que aquelas letras pequenas, tabelas nutricionais, siglas e nomes tão estranhos significam, pode não ser uma tarefa fácil. Ainda por cima, na hora das compras, o senso crítico deve estar aguçado para que não nos deixemos influenciar pelas embalagens bonitas e coloridas ou ser pegos pelo apelo das propagandas enganosas.

Felizmente, as normas da rotulagem estão sendo atualizadas e melhoradas pela ANVISA para facilitar a interpretação do conteúdo dos alimentos industrializados e ultraprocessados pela população em geral. Alertas frontais, em forma de lupa, em preto e branco, alertarão para produtos com açúcar adicionado, sal e gordura saturada. O prazo para adequação é de pelo menos 2 anos para que todos os fabricantes se adaptem às mudanças, mas o que importa é que elas contribuirão para a saúde de todos.

O objetivo dessa matéria é auxiliar você a desvendar os rótulos dos alimentos com a entrevista de Paula Pizzatto, Nutricionista da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida
1536 - Desvendando os rótulos dos alimentos - 01/03/2021


Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

          

Por que devemos aprender a observar os rótulos dos alimentos?

É bem importante as pessoas criarem o hábito de ler os rótulos dos alimentos, principalmente hoje, que a gente está exposta a uma quantidade tão grande de alimentos industrializados ou ultraprocessados, e ficamos até perdidos no meio do mercado com tantas embalagens.

Como ler e interpretar as informações dos rótulos?

Primeiramente, eu sugiro a gente olhar direto a lista de ingredientes. O primeiro item da lista, o que está em maior quantidade. Por exemplo, se a gente está diante de uma geleia ou de um suco; o ingrediente que a gente quer ver por primeiro é uma fruta, uma polpa de fruta. Se a gente identificar o açúcar como primeiro ingrediente, a gente sabe que naquele suco e naquela geleia tem muita quantidade de açúcar. A gente pode ir atrás de uma opção em que o açúcar não seja nem o primeiro, nem o segundo ingrediente. É assim que a gente vê a qualidade do produto. A tabela nutricional também pode ser consultada para fazer comparação entre dois ou mais produtos. Vocês podem comparar entre os produtos a quantidade do percentual VD, percentual de valor diário. A que tiver maior quantidade de açúcar, maior quantidade de sal, de gordura trans, por exemplo, é o que a gente não vai querer. A gente quer pouca quantidade desses nutrientes, desses componentes que não são benéficos para a saúde. Também é muito importante a gente olhar a data de fabricação para ver se é um produto mais fresco, ou a data de validade para ver se não é um produto que está vencendo logo.

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Paula Pizzatto - Nutricionista da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança

A que devemos prestar atenção nos rótulos dos produtos infantis?

A publicidade direcionada ao público infantil é extremamente abusiva. Frequentemente, alimentos como bebidas adoçadas, sucos achocolatados, biscoitos são associados a personagens de desenho animado, a super-heróis. Muitas vezes são chamativos dizendo que são ricos em vitaminas e nutrientes, mas, enfim, são alimentos ultraprocessados. Vale a atenção dos pais em ler os rótulos para saber o que tem menos açúcar, menos conservantes e corantes e um pouco mais de fibra, um pouco menos de sódio. Lembrando que o consumo desses produtos industrializados e, especialmente, os ultraprocessados, que é exatamente o suco de pacotinho, o suquinho que a gente está falando, deve ser evitado ao máximo, O consumo desses alimentos deve ser esporádico e a alimentação infantil deve ter uma base mais “in natura”, com alimentos mais saudáveis.

Leia a entrevista na íntegra: 1536 - Desvendando os rótulos dos alimentos (.PDF) 

 

proposta rotulagem anvisa

 

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“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”

Por meio das visitas domiciliares e encontros com as famílias, os líderes voluntários da Pastoral da Criança orientam as mães e os pais, sobre saúde, nutrição, alimentação e hortas caseiras, aspectos essenciais para que as crianças se desenvolvam plenamente.

Dra. Zilda

“Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los.”

Papa Francisco

"Ninguém vence sozinho, nem no campo, nem na vida!"