Edna: líder, mãe e, agora, avó de Lorenzo
Poliana Carolina Martins têm 27 anos e é líder da Pastoral da Criança desde 2011. Aprendeu com a mãe, Edna de Souza Martins, o ofício do voluntariado. E foi também a mãe, líder há 15 anos em Itabirito, Minas Gerais, a responsável por acompanhá-la durante sua primeira gravidez. Lorenzo nasceu há pouco mais de três meses, e desde que soube que ele iria chegar, a líder e avó começou a sentir de um novo jeito o acompanhamento das gestantes. “Fazer o acompanhamento dela foi mais emocionante ainda”, explica Edna.
Poliana, filha de Edna, líder e mãe do pequeno Lorenzo
Este Dia das Mães será mais que especial, será duplo na casa: Lorenzo não é apenas o primeiro filho de Poliana, mas também o primeiro neto de Edna. Sobre a diferença entre ser mãe e ser avó, a resposta vem fácil: “Tem muita diferença, eu tive pouco tempo para curtir meus filhos, agora [como avó] tenho mais tempo”.
Dedicação total
O carinho e a atenção que Edna dá ao neto e à filha foi aprendido também no dia a dia da Pastoral da Criança. “As nossas mães são muito carentes e novas – 17, 18 anos -, vi muitas serem abandonadas pelos pais quando os bebês nascem”, explica. Ela conta que a visita é um momento não apenas de orientar, mas de ouvir o que essas mães têm a dizer. Isso ajuda a enfrentar os medos da transformação das meninas em mães. “A gente entra, senta, conversa bastante”, relata.
Dra. Zilda
“Quando você ensina as mães e famílias a cuidarem melhor dos filhos, você está construindo um mundo melhor, mais justo e fraterno para essas crianças.”
Papa Francisco
“Ser mãe não significa só pôr um filho no mundo, mas é também uma escolha de vida, a escolha de dar a vida.”
Na mesma época do nascimento de Lorenzo, outra mãe acompanhada deu a luz ao bebê, com poucos dias de diferença. A dedicação e o conhecimento da avó líder é compartilhada com ambos. “Como foi muito perto, eu acompanho junto, fico de olho das crianças e nas mães. Vejo se os nenéns estão bem. É uma 'gostosura'”, diz. Mesmo Poliana sendo líder, isso não impediu que as dúvidas surgissem. “Ela leu a Cartilha Laços de amor, e quando não lembrávamos de algo, procurávamos nos materiais”, conta.
Conscientes de suas responsabilidades como voluntárias, Edna e outra líder da comunidade Agostinho Rodrigues, da Paróquia São Sebastião, se dividem para acompanhar o desenvolvimento das 29 crianças e, atualmente, de duas gestantes. Apesar das dificuldades que encontra pelo caminho, as perspectiva de Edna são as melhores para todas as mulheres que passaram a carregar o título de mães. “A gente fica na expectativa. Elas já estão grávidas, então tem que dar apoio”, indica.