Quando o bebê é colocado para mamar logo depois que nasce, o leite desce mais cedo e a ligação entre mãe e filho fica mais forte. Ajuda na saída da placenta, a mãe perde menos sangue e o útero volta mais rapidamente ao tamanho normal. A amamentação também ajuda a prevenir doenças, como o câncer de mama.
O bebê também irá receber o colostro, um leite produzido em menor quantidade, que é adequada para os primeiros dias da criança. Este leite pode ser claro ou amarelo, grosso ou ralo e defende o bebê de muitas doenças, por isso é comparado a uma vacina. Esse leite é o ideal para os primeiros dias, até mesmo para os bebês prematuros. A amamentação, além de suprir todas as necessidades do bebê, também é um importante momento para o fortalecimento do vínculo entre a mãe e a criança. Fazer carinho, olhar nos olhos e estar focada neste momento é essencial para o crescimento deste afeto entre mãe e filho.
O leite materno é tudo o que ele vai precisar nos seis primeiros meses. Nem água, chá ou suco conseguem suprir os nutrientes presentes no leite materno. Trocar a amamentação materna por outros alimentos antes desse período deixa a criança vulnerável e não acrescenta vantagem nenhuma para seu crescimento.
Outros tipos de alimentos devem ser dados somente após o sexto mês. A partir daí, o sistema digestivo do bebê – e o organismo de maneira geral – já está mais preparado para receber outro tipo de alimentação. Prova disso é que a partir do quinto mês, o leite da mãe passa a ficar menos doce, para que o bebê tenha facilidade em aceitar outros sabores. Mas a amamentação não acaba agora: até o fim do primeiro ano, a criança deve receber o leite materno sempre que tiver vontade e no intervalo das principais refeições. O ideal é que a criança seja amamentada pelo menos até completar 2 anos, ou mais.
Comidinha da mamãe: chegou a hora!
O leite materno será sempre uma importante fonte de nutrientes para a criança. Porém, a partir do sexto mês, novos alimentos passam a fazer parte do cardápio. A cada mês, novos alimentos serão inseridos na alimentação da criança até que ela complete o primeiro ano de vida e coma a mesma comida da família.
Para garantir um desenvolvimento sadio ao longo da vida, o cuidado nos primeiros 1000 dias são essenciais. E muito deste cuidado tem a ver com a alimentação da criança. Refeições com alimentos saudáveis são essenciais para garantir um crescimento também saudável. Acompanhar o ganho de peso e o crescimento da altura da criança revelará como está sendo este desenvolvimento.
No aplicativo “1000 dias” é possível encontrar a ferramenta de Acompanhamento Nutricional. Lá, mães e pais poderão colocar o peso e medida do filho e saber como sua saúde está evoluindo. A ferramenta pode ser acessada também no site da Pastoral da Criança.
Desenvolvimento infantil
É possível perceber que, mês a mês, o bebê vai adquirindo novas habilidades. Nos primeiros meses, é através do carinho do pai e da mãe que a criança se sente acolhida, protegida e segura para se desenvolver. No segundo mês, por exemplo, ela responde o sorriso do pai e da mãe com outro sorriso. Ao conversar com ele, o bebê vai responder com alguns sons.
Esse estímulo é essencial durante toda a infância, mas, durante os 1000 dias, ele é essencial, pois é neste período que vão acontecer as maiores transformações da vida de uma pessoa. E o estímulo pode ser feito através de brincadeiras, joguinhos, músicas, tudo de acordo com a idade da criança.
1º e 2º anos de vida
Possíveis problemas
- 1º ano: crianças que não mamam no peito apresentam mais pressão alta, diabetes e obesidade na adolescência e depois de adultas.
- 2º ano: crianças que estão abaixo do peso têm maior risco de desenvolver diabetes quando adultas.
Como cuidar
- Aleitamento materno.
- Alimentação saudável.
- Bons hábitos de higiene.
- Vacinas.
- Carinho, atenção, conversas e oportunidades para brincadeiras.
Para ajudar que esses primeiros 1000 dias contribuam para a saúde do bebê e da gestante, as líderes da Pastoral da Criança realizam uma atividade, na sua comunidade, que permite estar mais próximo das famílias que acompanha, apoiando-as e informando-as sobre os cuidados durante esse período. Essa atividade é a Visita Domiciliar.
Estas orientações foram retiradas do Guia do Líder (.PDF)