Maria José Martiniano, Coordenadora Estadual da Pastoral da Criança do Estado de Alagoas
A Pastoral da Criança é uma história de muito amor, garra, ações concretas, dificuldades e esperanças. Uma missão de fé e vida que há 39 anos, a solidariedade e a caridade fazem parte dessa missão, na qual todos podem ajudar por meio de ações concretas e mobilização na comunidade, por ela e para ela.
A busca por novos líderes e parceiros contribui muito para continuidade das ações básicas, bem como para que as famílias possam ser agentes de sua própria transformação.
Junte-se a nós e vamos, juntos, ajudar a construir uma nova história de transformação social.
ENTREVISTA COM: Larissa Novais da Silva Lopes, estudante do último ano de nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Larissa Novais da Silva Lopes
Na sua opinião, o que move as pessoas a serem voluntárias?
Acredito que a consciência de que nós vivemos num país desigual onde poucas pessoas concentram muitos recursos e muitas pessoas não têm oportunidade de gozarem nem mesmo dos recursos básicos, como moradia, alimentação, educação e saúde. Eu penso que essa consciência leva as pessoas voluntárias a agirem com o pensamento de que sozinhas não é possível resolver todos os problemas, mas que se cada uma fizer um pouco, talvez essa realidade se transforme.
Que benefícios o trabalho voluntário pode trazer para a pessoa e para a comunidade?
Eu acredito que todos nós precisamos de um sentido na vida. E a pessoa que faz o voluntariado encontra nesse serviço um sentido em estar vivo, em estar nesse mundo compartilhando de todas as coisas que ele proporciona, além da sensação de ser útil. Para a comunidade, eu acredito que traga os benefícios mais burocráticos de acesso aos direitos que lhe são negados, mas também traz a sensação de serem vistos como cidadãos, como pessoas que existem e têm o direito de usufruir dessa existência de uma forma digna.
ENTREVISTA COM: Maria José Martiniano, Coordenadora Estadual da Pastoral da Criança do Estado de Alagoas.
A Pastoral da Criança é uma grande rede de solidariedade constituída por milhares de voluntários. Maria José, o que faz, concretamente, os voluntários da Pastoral da Criança?
Os voluntários da Pastoral da Criança têm a missão de promover o desenvolvimento das crianças, do ventre materno aos seis anos de idade, por meio de orientações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, fundamentadas na mística cristã que une fé e vida, contribuindo para que suas comunidades realizem sua própria transformação. A missão é toda baseada no tripé de ações que é formado pelas Visitas Domiciliares, Celebração da Vida e Reunião de Reflexão e Avaliação. Além disso, o voluntariado tem uma atuação constante e ativa no controle social das políticas públicas em todos os níveis da federação e promove campanhas de mobilização, de realização própria e em parcerias. Os nossos voluntários são a grande força que move a Pastoral da Criança.
Programa de rádio Viva a Vida 1628 - 05/12/2022 - Dia Nacional da Pastoral da Criança/ Dia Internacional do Voluntariado
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
ENTREVISTA COM: Irmã Dília Esther Velásquez Rodríguez da Congregação Irmãs Missionárias da Fé, Líder e Coordenadora da Pastoral da Criança da Diocese de Penedo, Alagoas.
Os voluntários são persistentes e não desistem diante do primeiro obstáculo. Para isso eles devem ter uma motivação muito forte. Irmã Dília, o que motiva uma pessoa a se tornar voluntária da Pastoral da Criança?
Quando a pessoa conhece o bem que pode fazer para uma criança numa comunidade, numa família, através de uma ação muito simples como a visita domiciliar, onde se cria laços de confiança, de amizade e de afeto recíproco, onde se leva informação e orientação, como também, se aprende, o voluntário desenvolve um papel ativo de transformação e encontra uma causa pela qual se doar fazendo o bem, vivendo uma experiência única que muda a vida de muitas pessoas e uma chance de expandir o horizonte trazendo um impacto positivo para a sociedade.
Blenda Moura Araújo Costa
ENTREVISTA COM: Blenda Moura Araújo Costa, Líder da Pastoral da Criança da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Diocese de Imperatriz, Maranhão.
Blenda, qual é a sua motivação para ser voluntária da Pastoral da Criança?
A vontade de ajudar no desenvolvimento das crianças da minha comunidade. Muitos pais que conheço têm boa vontade, mas não têm acesso às informações necessárias para o bem-viver de suas crianças. Com o trabalho da Pastoral eu posso ajudá-los a adquirir conhecimento e habilidades para apoiá-los no desenvolvimento dos seus filhos.
ENTREVISTA COM: Irmã Irma Rodrigues da Silva, Coordenadora Estadual da Pastoral da Criança na Paraíba.
A senhora já é voluntária há mais de 30 anos. O que motivou a senhora a se tornar voluntária da Pastoral da Criança?
O que me motivou nessa alegria da missão da Pastoral da Criança é o que nos diz o Evangelho de Jesus Cristo “Lançai as redes em águas mais profundas”. Nós temos a missão de caminhar juntos no projeto de Jesus Cristo, evangelizando crianças e famílias na missão de ser igreja. E esta motivação que nós precisamos trazer sempre é a motivação que nos anima e fortalece na missão da Pastoral da Criança.
Rosário de Fátima da Silva
ENTREVISTA COM: Rosário de Fátima da Silva, voluntária da Cáritas, da Arquidiocese de Maceió, Alagoas.
O que move você a ser voluntária?
É a expressão do compromisso que recebi no meu Batismo e que foi confirmado com o sacramento da Crisma. E assumo com muita fidelidade a proposta libertadora de Jesus Cristo em favor dos menos favorecidos e, principalmente, daqueles que vivem em situações de vulnerabilidade. Ser voluntária é desapegar-se de si mesmo para doar-se aos outros.
ENTREVISTA COM: Núria Chaim, gerente da Prato Cheio.
Núria Chaim
Outro exemplo de voluntariado que está mudando a vida de muitas pessoas é a Associação Prato Cheio, que desenvolve sua ação na cidade de São Paulo. O que fazem os voluntários da Associação Prato Cheio?
O trabalho da Prato Cheio envolve muitas instituições, envolve muitas pessoas, envolve muitos voluntários. São pessoas que querem participar e mudar a realidade do entorno em que vivem. E elas se identificam com a causa da Prato Cheio, que é basicamente a redução do desperdício de alimentos e a promoção da alimentação saudável. A gente leva aqueles alimentos saudáveis, alimentos naturais, frutas, legumes, verduras que não têm mais como serem vendidos no mercado, no supermercado e doa para as pessoas. Então, você vê nesse trabalho um resultado imediato, um benefício imediato. E as pessoas que querem se envolver, elas querem um trabalho que tenha esse impacto imediato, essa melhora de vida, de qualidade de vida nas pessoas. Então, é por isso que muita gente se envolve nesse trabalho. É um trabalho de rede que alcança milhares de pessoas na cidade de São Paulo e na região e tem esse alcance graças a todo mundo que está envolvido, que sente satisfação em trabalhar, em ajudar o próximo e melhorar o ambiente onde vive.
Leia a entrevista na íntegra: 1628 - 05/12/2022 - Dia Nacional da Pastoral da Criança/ Dia Internacional do Voluntariado (.PDF)
16º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Paz, justiça e instituições eficazes: promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.”
A participação do voluntariado tem sido muito importante para ajudar a buscar soluções, sendo agentes de transformação na vida das famílias que mais precisam. Parabéns a todos(as) os(as) líderes voluntários que lutam para melhorar e salvar a vida de tantas crianças, gestantes e famílias.
Dra. Zilda
“Esse é o melhor e mais abençoado dos trabalhos, porque é feito com puro amor, dedicação total, fé em Deus, procurando sempre aprender mais para ensinar mais, nessa rede de solidariedade humana”.
Papa Francisco
“A cultura da solidariedade e da gratuidade qualifica o voluntariado e contribui concretamente para a construção de uma sociedade fraterna, em cujo centro está a pessoa humana. Na terra de vocês tal cultura haure abundantemente das robustas raízes cristãs, ou seja, do amor a Deus e amor ao próximo.”