Tema: Segurança Alimentar
Foto: Marcelo Caldin
Segurança alimentar é quando existe o acesso e o consumo de alimentos saudáveis, nutritivos e de qualidade. Para uma criança, ter uma alimentação segura e de qualidade significa um bom crescimento, bom estado nutricional e desenvolvimento adequado. Quando ela não tem essa qualidade na sua alimentação, pode acabar desenvolvendo problemas de saúde e desnutrição. Para falar sobre isso, convidamos a Paula Piazzato, Nutricionista da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.
Paula, você poderia explicar o que significa segurança alimentar?
Segurança alimentar existe quando todas as pessoas, de maneira permanente, tem acesso físico e econômico a uma alimentação nutritiva, com qualidade e quantidade suficiente para garantir uma vida saudável.
Paula, o que a insegurança alimentar pode provocar para as crianças?
Programa de rádio Viva a Vida
1415 - Segurança Alimentar - 12/11/2018
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
As crianças são as mais prejudicadas no caso da insegurança alimentar. Por exemplo, quando a criança está com baixo rendimento, se distrai facilmente, se ausenta muito da escola, dorme durante as aulas, mostra pouco interesse sobre o que está sendo discutido, são alguns sinais de falta de vitaminas, minerais, que vem de uma alimentação saudável. O baixo peso também é uma das consequências, elas não evoluem na estatura, tem uma situação de desnutrição, se essa situação de alimentação inadequada com falta de qualidade e nutrientes é contínua, a criança provavelmente desenvolve uma desnutrição crônica, então nós precisamos lutar para que as crianças tenham uma alimentação adequada e possam se desenvolver com saúde. A má nutrição compromete o desenvolvimento integral das crianças.
Paula Pizzatto - Nutricionista da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança
Paula, você teria alguma outra orientação sobre esse tema tão importante?
Vencer a insegurança alimentar vai além de mudar as políticas públicas, é preciso somar esforços também com a família e com a comunidade. A família deve ser orientada sobre a importância de cultivar uma horta caseira, se unirem no plantio e na compra de alimentos mais saudáveis, alimentos de época e que são de baixo custo. As comunidades podem formar cooperativas que compram alimentos direto do Produtor, a um custo mais acessível, e colaborando assim para superar as dificuldades de acesso aos alimentos pelas famílias. As escolas também podem se beneficiar do plantio de hortas comunitárias e de alternativas que ajudem a garantir uma boa alimentação das crianças.
Leia a entrevista na íntegra: 1415 - Segurança Alimentar (.PDF)