Foto: Acervo da Pastoral da Criança
É comum ouvirmos falar a palavra “anemia” por muitas mães e gestantes, como se fosse algo normal de ocorrer. Na verdade, é preciso tomar consciência de que é necessário diagnóstico correto e tratamento médico para combater a anemia, pois ela pode trazer diversas consequências para o desenvolvimento do bebê no útero materno e para o crescimento infantil.
Na gestação a anemia é mais perigosa para a mãe e para o bebê e por isso deve ser tratada o quanto antes para evitar riscos como o baixo peso do bebê ao nascer.
O que é a anemia na gravidez?
Segundo Carolina Ambrogini, professora obstetra da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a anemia se caracteriza pela diminuição de células sanguíneas – hemácias – responsáveis pelo transporte do oxigênio da mãe para o bebê. “É muito comum após 20 semanas de gravidez, já que o sangue da gestante tende a diluir. Também na amamentação, já que parte do ferro da mãe passa para o bebê através do leite materno”, explica Carolina Ambrogini.
Riscos da anemia na gestação
Durante a gestação, a grávida necessita de mais ferro do que o habitual, para poder suprir as suas necessidades e as necessidades do bebê. Como existe um aumento na quantidade de sangue, para a formação de tecidos e órgão do feto, existe também uma maior necessidade de ferro.
A presença de anemia na gravidez gera riscos tanto para a mulher como para o bebê, que pode não se desenvolver corretamente. A gestante pode sentir-se muito cansada e ter muito sono. Caso ela perca muito sangue no parto, sua anemia pode se agravar e dificultar os cuidados com o bebê recém-nascido.
Se não tratada a tempo, a anemia na gestante pode afetar o desenvolvimento da placenta, gerando problemas durante a gestação, partos prematuros, aborto, baixo peso no bebê e dificuldade de crescimento.
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Como prevenir a anemia na gravidez?
A boa notícia é que a anemia pode ser prevenida. Uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes e verduras, ajuda a suprir a necessidade de ferro do organismo. Alimentos ricos em ferro como lentilha, espinafre, salsa e carnes em geral. Para potencializar a absorção do ferro presente nos legumes e na carne, após as refeições é recomendado tomar um copo de suco de fruta cítrica como laranja ou limão.
Também é recomendado não comer chocolate e nem beber café logo após as refeições, pois estes atrapalham a absorção do ferro.
Foto: Marcello Caldin
Anemia
A anemia por falta de ferro no organismo causa diminuição na capacidade de aproveitar o oxigênio do ar que respiramos. Por isso os principais sintomas são cansaço, falta de vontade de fazer as coisas e pouco apetite.
A anemia é causada por uma alimentação inadequada e pobre em ferro. A gestante precisa comer alimentos ricos nesse nutriente porque está gerando um bebê. Filhos de gestantes com anemia têm maior risco de nascer com baixo peso e de morrer nos primeiros dias de vida.
Gestante com palidez da pele, fraqueza, desânimo e dificuldade de ganhar peso pode estar com anemia. É importante que ela conte para o médico o que está sentindo. O Ministério da Saúde recomenda que toda gestante receba suplemento de ferro desde o início do pré-natal, independente da idade gestacional, e tomar até o 3º mês após o parto, mesmo que não esteja anêmica.
Estas orientações foram retiradas do Guia do Líder (.PDF)