Tema: Aborto espontâneo 

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Foto: Designed by rawpixel.com / Freepik

A gestação é um período marcante na vida da mulher. É um momento que ocorrem muitas mudanças, tanto na questão corporal como em aspectos emocionais e psicológicos. A alegria em conceber uma vida, a insegurança pelo momento desconhecido, a preocupação com a saúde do bebê. Todos estes aspectos são vivenciados pela mulher durante a gestação. Entretanto, há mulheres que vivenciam um momento ainda mais delicado, o aborto espontâneo. Este momento afeta muito o lado psicológico e emocional da mulher, envolvendo sentimentos de perda e culpa pela impossibilidade de levar a gestação a termo. Também pode trazer complicações para o sistema reprodutivo, requerendo atenção técnica adequada, segura e humanizada. Dar apoio emocional e cuidar dessa mulher que passou por um aborto é responsabilidade de todos: companheiro, famílias, governantes e comunidade. Pastoral da Criança também tem um papel importante neste momento. Para falar sobre o assunto, convidamos a Dra. Maria Sara de Lima Dias, Psicóloga e Professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Que impacto psicológico o aborto espontâneo provoca?

O aborto espontâneo é mais comum do que a gente imagina, mas muitas vezes, é necessário um suporte psicológico para que a mulher consiga superar essa sensação de perda, que é física e também é psicológica.

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida
1502 - Aborto espontâneo - 06/07/2020


Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

       

Quais são as principais causas do aborto espontâneo?

A maioria dos abortos acontecem porque o bebê não está se desenvolvendo. Ainda como embrião, tem alguns problemas, parou de se desenvolver. Aquilo que a gente chama de gravidez ectópica, por exemplo, tubária. Às vezes, pode ser problemas em cromossomos. Uma massa de cistos muito grande. Enfim, as condições de saúde da mulher também interferem: diabetes, tireoide, problema com o útero, infecções não tratadas. Às vezes, as próprias atividades cotidianas da mulher. Muito estresse, acidentes em casa, uma queda, também são prejudiciais.

O que fazer para tentar prevenir o aborto espontâneo?

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Foto: Dra. Maria Sara de Lima Dias

Para prevenir o aborto é preciso ter uma alimentação saudável, acompanhamento médico, evitar o uso de qualquer tipo de droga, manter uma atividade física mais tranquila. A mãe que se cuida, e que tem a sua gestação bem acompanhada por uma equipe médica, ela tende a estar mais preparada para receber esse bebê.

Que impacto o aborto espontâneo pode causar na família, no companheiro e demais familiares, que tinham grande expectativa com essa gestação?

Muitas vezes, o companheiro e demais familiares não entendem. A família tem uma grande expectativa em relação à gestação. Então, a gente orienta que os familiares baixem a expectativa, principalmente nas seis primeiras semanas e que apoiem a mulher que tenha sofrido um aborto.

Muitas mulheres sofrem sozinhas. Onde podem buscar ajuda?

Em grupos de ajuda, grupos de mulheres, grupos de apoio, o próprio grupo das universidades, os grupos terapêuticos, a comunidade. Também é importante procurar acompanhamento médico e tentar acompanhar o bebê se engravidar novamente, acompanhar a gestação durante todo o processo.

Leia a entrevista na íntegra: 1502 - Aborto espontâneo: impacto físico e psicológico (.PDF)

 

E SDG Icons NoText 033º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

““Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades””

Em defesa da vida plena para todos, os líderes da Pastoral da Criança orientam e levam informações para as mães e os familiares durante toda a gestação, com o objetivo de assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar, conforme o 3º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovido pela ONU.

 

Dra. Zilda

“Leve à gestante a Palavra de Deus, a certeza de que Deus a ama e de que a vida que ela carrega em seu ventre é abençoada, é graça, dom de Deus.”

Papa Francisco

“É Deus que dá a vida. Respeitemos e amemos a vida humana, especialmente a vida indefesa no ventre de sua mãe.”