Foto: Acervo da Pastoral da Criança
A inspiração bíblica da missão da Pastoral da Criança é também uma frase que a Dra. Zilda sempre repetia: “eu vim para que todas as crianças tenham vida e vida em abundância”, Jo 10, 10. Quem teve a feliz oportunidade de conviver com ela ouviu muitas vezes também sobre a importância da linda missão pela promoção e o desenvolvimento das crianças, gestantes e suas famílias.
Desde o início de 2022, o foco da entidade está totalmente voltado para fortalecer a missão, buscando o retorno e o reforço ao carisma fundacional da Dra. Zilda, com inovação”.
Tendo em vista que a busca pela equidade, dando a cada um conforme sua necessidade, é um dos princípios norteadores de nossa missão e que a criança é responsabilidade de todos, sabemos que é necessário uma atuação convergente e em parceria com todos os setores da sociedade para superar as mazelas associadas à pobreza, à desigualdade social e demais vulnerabilidades, o que torna imprescindível a aplicação do Impacto Coletivo como estratégia de intervenção.
Como referência inicial para desenvolver esse novo modelo de atuação da Pastoral da Criança, lembramos então da estratégia do Impacto Coletivo (Collective Impact) descrito pela Stanford University: a proposta é congregar os mais diversos setores [Universidades, Governos, ONGs, Sociedades Acadêmicas (pediatria, gineco-obstetrícia...), Igrejas, Meios de Comunicação etc.] para desenvolver uma agenda comum, local.
Ao contrário do convencional, o Impacto Coletivo não envolve obter amplo acordo desde o início sobre quais soluções predeterminadas implementar.
"De fato, desenvolver uma agenda comum não significa criar soluções, mas alcançar um entendimento comum do problema, concordar com metas conjuntas para lidar com o problema e chegar a indicadores comuns aos quais o conjunto coletivo de atores envolvidos se responsabilizará por fazer progresso. É o processo que vem após o desenvolvimento da agenda comum em que soluções e recursos são descobertos, acordados e assumidos coletivamente. Essas soluções e recursos muitas vezes não são conhecidos com antecedência. Eles são tipicamente emergentes, surgindo ao longo do tempo por meio de vigilância coletiva, aprendizado e ação que resultam da estruturação cuidadosa do esforço. Se as etapas específicas da estrutura que discutimos aqui forem cuidadosamente implementadas, acreditamos que há uma grande probabilidade de que surjam soluções eficazes, embora o momento e a natureza exatos não possam ser previstos com algum grau de certeza."
No entanto, esta estratégia requer 5 condições:
1. agenda comum;
2. compartilhamento de dados/indicadores;
3. reforço mútuo das atividades;
4. comunicação contínua;
5. estrutura de suporte.
Como método, buscamos os relatos da Stanford, em que cada local tem sua equipe de suporte diversificada, ligada à estratégia e à metodologia principal, mas independente em seus processos e métodos. Com base neste formato, visualizamos que parte da construção de indicadores, motivação etc. poderia ser centralizada, mas, estrategicamente, equipes locais teriam que ser formadas e capacitadas, pois as soluções certamente terão importantes abordagens locais diferenciadas.