A Pastoral da Criança, representada pelo Dr. Nelson Arns Neumann, Coordenador Internacional da Pastoral da Criança, se reuniu na última sexta, 25 de março, com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, para tratar de agenda comum em prol da criança, gestantes e famílias pobres.

O tema principal da reunião foi debater formas de atuação conjunta entre diversas áreas e organizações em prol de um mesmo fim, com base no conceito de Impacto Coletivo. Por isso, participou também da reunião a Sra Márcia Kalvon Woods, Assessora da Fundação José Luiz Egydio Setúbal; o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra; a secretária de Direitos Humanos em exercício, Juliana Armede; o executivo de Projetos Estratégicos, Alexis Vargas; além de outros membros das equipes.

A reunião é uma ação do projeto do novo modelo de atuação da Pastoral da Criança. Como se sabe, a inspiração bíblica da missão da Pastoral da Criança é também uma frase que a Dra. Zilda sempre repetia: “eu vim para que todas as crianças tenham vida e vida em abundância”, Jo 10, 10. Quem teve a feliz oportunidade de conviver com ela ouviu muitas vezes também sobre a importância da linda missão pela promoção e o desenvolvimento das crianças, gestantes e suas famílias.

Dom Elio Rama, Bispo de Pinheiro e Presidente da Pastoral da Criança, ao final da 27ª Assembléia Geral da Pastoral da Criança, realizada nos dias 18 e 19 de janeiro de 2021, reforçou que o foco da missão em 2022 deve ser e citou o “retorno e o reforço ao carisma fundacional da Dra. Zilda e a inovação”.

 

Como referência inicial para desenvolver esse novo modelo de atuação da Pastoral da Criança, lembramos então da estratégia do Impacto Coletivo (Collective Impact) descrito pela Stanford University (em anexo): a proposta é congregar os mais diversos setores [Universidades, Governos, ONGs, Sociedades Acadêmicas (pediatria, gineco-obstetrícia...), Igrejas, Meios de Comunicação etc.] para desenvolver uma agenda comum, local.

Ao contrário do convencional, o Impacto Coletivo não envolve obter amplo acordo desde o início sobre quais soluções predeterminadas implementar.
"De fato, desenvolver uma agenda comum não significa criar soluções, mas alcançar um entendimento comum do problema, concordar com metas conjuntas para lidar com o problema e chegar a indicadores comuns aos quais o conjunto coletivo de atores envolvidos se responsabilizará por fazer progresso. É o processo que vem após o desenvolvimento da agenda comum em que soluções e recursos são descobertos, acordados e assumidos coletivamente. Essas soluções e recursos muitas vezes não são conhecidos com antecedência. Eles são tipicamente emergentes, surgindo ao longo do tempo por meio de vigilância coletiva, aprendizado e ação que resultam da estruturação cuidadosa do esforço. Se as etapas específicas da estrutura que discutimos aqui forem cuidadosamente implementadas, acreditamos que há uma grande probabilidade de que surjam soluções eficazes, embora o momento e a natureza exatos não possam ser previstos com algum grau de certeza."

No entanto, esta estratégia requer 5 condições:
1. agenda comum;
2. compartilhamento de dados/indicadores;
3. reforço mútuo das atividades;
4. comunicação contínua;
5. estrutura de suporte.

Como referência, buscamos os relatos da Stanford, em que cada local tem sua equipe de suporte diversificada, ligada à estratégia e à metodologia principal, mas independente em seus processos e métodos. Com base neste formato, visualizamos que parte da construção de indicadores, motivação etc. poderia ser centralizada, mas, estrategicamente, equipes locais teriam que ser formadas e capacitadas, pois as soluções certamente terão importantes abordagens locais diferenciadas.

 

Para testar a nova metodologia na prática, nossa sugestão é concentrar esforços em São Paulo e, de forma paralela, aplicar os aprendizados nos outros locais mapeados antes mesmo da formação de estrutura de suporte em cada um dos locais.

Um exemplo desse Mutirão pela Vida irá acontecer em uma ação promovida pela Pastoral da Criança, em parceria com faculdade de nutrição, com a disponibilidade de local pela prefeitura CEU-PAZ (se aprovado), na Comunidade Brasilândia, em São Paulo, em prol da nutrição das crianças.