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Foto: Arquivo da Pastoral da Criança

Durante muitos anos, quando uma criança com diferença no funcionamento de seu organismo nascia, muitas famílias se viam assustadas com a situação e se questionavam sobre como dariam conta de responder às necessidades daquela criança. Hoje, sabemos que amor e cuidado são essenciais nesse caso, e não diferenciar, mas integrar essas crianças, pode ser um dos caminhos para promover a inclusão. Em Itabuna, ao sul do estado da Bahia, uma criança com diferença no funcionamento de seu organismo é acompanhada pela Pastoral da Criança desde que nasceu, participa de todas as Celebrações da Vida e interage com os demais normalmente. “Ela brinca junto com as crianças. Elas não a diferenciam”, conta José Carlos de Souza, líder que acompanhou a criança e atualmente auxilia na coordenação estadual da Bahia (Núcleo 6).

O Guia do Líder, quando trata do assunto, lembra que essas crianças necessitam das mesmas coisas que as demais: amor, brincar, aprender e que se comuniquem com elas. O líder da Pastoral da Criança deve apoiar a família a aceitar e amar o bebê da forma como ele é, além de incentivá-la a criar condições e oportunidades adequadas à criança. Segundo José Carlos, foi o que aconteceu no município baiano. “Antes da visita havia uma preparação dos líderes, fazíamos leituras sobre essa diferença que a criança apresentava, orientávamos a mãe sobre como ela deveria agir, encaminhávamos a situação dela para órgãos competentes. Era especial a visita para ela”, conta.

Dra. Zilda

“A mística cristã é essa intimidade com Deus, essa força interior. Somos ungidos por Deus para construir a Paz, que é a conquista da cidadania, isto é, quando a pessoa cumpre suas obrigações e tem acesso aos seus direitos”.

Papa Francisco

“No final, todos nós seremos julgados com a mesma medida com a qual julgamos: a misericórdia que tivemos para com os outros também será usada conosco. Peçamos à Maria, nossa mãe, que nos ajude a crescer na paciência, na esperança e na misericórdia para com todos os irmãos”.

Oportunidades para o desenvolvimento

Para a psicóloga especialista em Educação Especial, Paola Borges, atividades fora do ambiente escolar, como a participação durante a Celebração da Vida, favorecem a vivência das regras sociais e o treino das habilidades diárias. “A convivência com outros ambientes favorece a flexibilidade cognitiva e a interação com o outro”, exemplifica.

Atualmente, a criança acompanhada em Itabuna está prestes a completar seis anos. Para o líder, o desenvolvimento dela até agora é satisfatório. “Ela não fala e anda com dificuldade, mas se desenvolveu bastante: interage com as pessoas, ri, age de forma normal para a situação dela”, relata o líder.

Segundo o Censo de 2010, 23,9% da população possui algum tipo de deficiência. Destes, 8,3% têm algum tipo de deficiência severa. Em Curitiba, o Museu da Vida tem procurado responder às necessidades de diferentes públicos, inclusive as pessoas com diferença no funcionamento de seu organismo. Já passaram pelo espaço pessoas que utilizam cadeiras de roda, com deficiências intelectuais, entre outras. Para a coordenadora do Museu, Ir. Veroni Medeiros, receber públicos com diferentes necessidades é uma via de mão dupla. “Ao mesmo tempo que contribuímos com eles, nós também aprendemos”, afirma.