1339 antibiotico cpf

Foto: Acervo da Pastoral da Criança

 “Na época, eu era articuladora de saúde na minha cidade e, investigando as mortes das crianças com menos de um ano, me deparei com uma situação que poderia ter tido um final diferente. Uma mãe, que morava em uma região bem afastada da cidade, no bairro de Botujuru, em Jundiaí (SP), contou que seu filho teve bronquiolite e, em seguida, o quadro evoluiu para pneumonia. Com muita falta de ar, ela levou a criança para a unidade de saúde. Após o diagnóstico, recebeu a receita para o antibiótico. Como era um final de semana prolongado, a farmácia da prefeitura estava fechada. Sem o medicamento, ela conseguiu carregar a criança até a casa de uma vizinha mais próxima, que chegava do trabalho no final da tarde. Já com o bebê totalmente sem ar, elas correram de volta para o hospital. Infelizmente, era tarde demais, a criança veio a falecer na mesma noite. Um anjo partiu cedo demais” – lembra Sonia Maria Noguero, coordenadora da Pastoral da Criança na Diocese de Jundiaí (SP).

O caso relatado reflete a importância de levar informações às famílias. A mãe não era acompanhada e segundo a coordenadora, só veio a descobrir a gravidade da doença depois do falecimento de seu filho. “A informação precisa chegar até as pessoas. Nós, como líderes da Pastoral da Criança, temos essa função: orientar, compartilhar conhecimento e falar sobre os direitos de cada um. A partir do momento em que a mãe e o pai são bem informados, eles também vão nos ajudar a fazer acontecer”, comenta Sonia.

Dra. Zilda

“O líder da Pastoral da Criança acompanha, ora, vigia, como o Bom Samaritano que busca o bem e a saúde de quem precisa”.

Papa Francisco

“Precisamos ver cada criança como um presente a ser saudado, acarinhado e protegido”.

O caso já aconteceu há alguns anos, mas ainda é uma lembrança forte naquela região. Infelizmente, esse tipo de história ainda se repete pelo Brasil afora e serve de exemplo para que muitos voluntários continuem a trabalhar pela prevenção de doenças e a divulgar uma das campanhas da Pastoral da Criança, chamada “Antibiótico: primeira dose imediata”.

Desde 2011, a Pastoral da Criança promove esta campanha, em parceria com o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O objetivo é orientar os gestores municipais e, principalmente, a sociedade sobre a necessidade e a importância de se ministrar a primeira dose do remédio ainda na Unidade de Saúde, logo após a indicação do médico. Em especial, nos casos de crianças com suspeita de pneumonia – infecção respiratória grave, conforme as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

E SDG Icons NoText 033º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”.

Com o objetivo de assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar, conforme o 3º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, e promover vida em abundância, os líderes da Pastoral da Criança orientam e levam informações para as famílias, entre elas: o direito das crianças de receber o antibiótico no tempo certo, sempre que o médico receitar.