A Pastoral da Criança promove a campanha “Antibiótico: primeira dose imediata” desde 2011. O objetivo é orientar os gestores municipais e, principalmente, a sociedade sobre a necessidade e a importância de se ministrar a primeira dose do remédio ainda na Unidade de Saúde, logo após a indicação do médico. Em especial, nos casos de crianças com suspeita de pneumonia – infecção respiratória grave, conforme as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A criança com suspeita de pneumonia e com a indicação médica do antibiótico, deve receber a primeira dose do remédio na própria Unidade Básica de Saúde (UBS), de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.
ENTREVISTA COM: Regina Reinaldin, enfermeira da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.
Por que receber a primeira dose do antibiótico é um direito da criança?
A Portaria nº 1.820, de 13 de agosto de 2009, descreve os direitos e deveres dos usuários da saúde e orienta para o tratamento no tempo certo. No caso do antibiótico para criança com suspeita de pneumonia o tempo certo é logo depois do diagnóstico médico, na própria Unidade Básica de Saúde.
Regina Reinaldin, enfermeira da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança
Quando não tem antibiótico no posto de saúde, o que devemos fazer?
Quando isso acontece, você precisa tomar uma atitude urgente: primeiro, procure se informar na própria unidade de saúde sobre o motivo da falta de antibiótico e se há previsão de volta. Segundo, se não houver previsão de volta, procure na comunidade o articulador de saúde da Pastoral da Criança, para que ele possa buscar a instância responsável e cobrar que a situação seja resolvida. Se não houver articulador, os próprios líderes e coordenadores podem se organizar e procurar o Conselho de Saúde do município ou a Ouvidoria Municipal. Caso o problema não seja resolvido, o próximo passo é procurar a Secretaria Municipal de Saúde. E se as instâncias locais não conseguirem resolver o problema, comunique, através do aplicativo da Pastoral da Criança, à Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.
Mesmo que a criança que está tomando o antibiótico se sinta melhor, por que não se deve interromper o tratamento?
EPorque quando se inicia o uso de um antibiótico a criança ou adulto geralmente apresenta sintomas como dor e febre. Com a tomada das primeiras doses as bactérias mais frágeis começam a ser eliminadas e os sintomas melhoram. Se a família suspende o uso neste momento, as bactérias mais fortes que continuam vivas começam a se multiplicar novamente e os sintomas vão reaparecer. E é bem provável que o mesmo medicamento não cure mais esta infecção, pois as novas bactérias são ainda mais resistentes.
Programa de rádio Viva a Vida 1648 - 24/04/2023 - Campanha 1ª dose imediata
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
Com que instrumentos a Pastoral da Criança continua divulgando a Campanha Antibiótico: primeira dose imediata?
Ela continua divulgando essa campanha através do Aplicativo Pastoral da Criança + Gestante, pelo programa de rádio Viva a Vida, site, folhetos, cartazes, redes sociais e redes de apoio. Em visitas às famílias, os líderes devem orientar os responsáveis pelas crianças sobre esse assunto.
Leia a entrevista na íntegra
1648 - 24/04/2023 - Campanha 1ª dose imediata (.PDF)
3º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”.
Com o objetivo de assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar, os líderes e voluntários da Pastoral da Criança orientam e levam informações para as famílias, entre elas: o direito das crianças de receber o antibiótico no tempo certo, sempre que o médico receitar.
Dra. Zilda
“O líder da Pastoral da Criança acompanha, ora, vigia, como o Bom Samaritano que busca o bem e a saúde de quem precisa”.
Papa Francisco
“Precisamos ver cada criança como um presente a ser saudado, acarinhado e protegido”.