
Foto: Michael Morse
“Ele ressuscitou verdadeiramente e caminha conosco.”
A inspiração bíblica da missão da Pastoral da Criança é também uma frase que a Dra. Zilda sempre repetia: “eu vim para que todas as crianças tenham vida e vida em abundância”, Jo 10, 10. Quem teve a feliz oportunidade de conviver com ela ouviu muitas vezes também sobre a importância da linda missão pela promoção e o desenvolvimento das crianças, gestantes e suas famílias.
Segundo o estatuto, nossa missão é promover o desenvolvimento das crianças, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, do ventre materno aos seis anos, por meio de orientações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, fundamentadas na mística cristã que une fé e vida, contribuindo para que suas famílias e comunidades realizem sua própria transformação.
É por este motivo que a Pastoral da Criança atua em todo o Brasil, acompanhando mais 360 mil crianças, mais de 18 mil gestantes e suas famílias, zelando pelo cuidado desde o nascimento e durante toda a primeira infância. Para que isso aconteça, mais de 42 mil voluntários estão mobilizados, sendo 33 mil líderes. Juntos, eles levam a missão Pastoral da Criança para mais de 2.600 municípios ,em mais de 16 mil comunidades.*
Além disso, está presente em outros 11 países da América Latina, África e Ásia: Guiné-Bissau, Haiti, Peru, Filipinas, Moçambique, Bolívia, República Dominicana, Guatemala, Benin, Colômbia e Venezuela.
Nossa missão, desde 1983, é continuar sendo a presença do amor solidário de Deus neste mundo. Cada um de nós deve continuar o caminho de solidariedade, da partilha fraterna, da missão que nasce da fé em favor da vida, e que tem se multiplicado de comunidade em comunidade.
A presença dos líderes na casa e na vida das famílias mais pobres é a manifestação viva do amor de Deus para com os mais frágeis, para com aqueles que mais necessitam da bondade e do carinho de Deus. Por isso, eles são a grande força que move a Pastoral da Criança.
Juntos, os líderes e voluntários realizam muito mais do que as importantes ações básicas e complementares. São, na prática, o exercício diário da solidariedade, da amizade e do amor ao próximo. Na convivência com a comunidade, além da partilha de conhecimento sobre saúde, nutrição, educação e cidadania, há doação de tempo, de escuta e a compreensão dos saberes dos outros, das diferenças e particularidades de cada local. Por vezes, os líderes e voluntários da Pastoral da Criança são os únicos que entram em casas de difícil acesso e constroem com as famílias uma relação de confiança que é levada para a vida toda. Em outros casos, chamam atenção das autoridades e fazem valer, junto com seus vizinhos, os direitos das crianças e gestantes daquela comunidade, ou para resolver uma situação de dificuldade.
Para melhorar ainda mais este trabalho, a Pastoral da Criança desenvolveu o aplicativo Visita Domiciliar e Nutrição, que, além de auxiliar nosso voluntariado no acompanhamento às famílias, também possui um módulo de comunicação entre os voluntários, as famílias acompanhadas, coordenadores e multiplicadores. Com isso, são mais pessoas recebendo a melhor e mais relevante informação possível e com celeridade.
Temos certeza que a dedicação dos voluntários da Pastoral da Criança ajuda a produzir no Brasil uma mudança de mentalidade sobre os cuidados com a criança. As comunidades descobriram a sua força transformadora. Milhares de pessoas se sentem valorizadas onde vivem, sabem dialogar, assumem compromissos para melhorar a realidade em que vivem, fazem história e contribuem para a continuidade da história e a construção de uma sociedade de paz e solidariedade.
* Sistema de Informação da Pastoral da Criança, 3º trimestre de 2021.
Disponível em -- http://www.pastoraldacrianca.org.br – [ 2021 out 20 ]
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A missão da Pastoral da Criança é promover o desenvolvimento das crianças, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, do ventre materno aos seis anos, por meio de orientações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, fundamentadas na mística cristã que une fé e vida, contribuindo para que suas famílias e comunidades realizem sua própria transformação.
Foto: Michael Morse
“Ele ressuscitou verdadeiramente e caminha conosco.”
Tema: Celebração da Vida
Foto: Acervo da Pastoral da Criança
A solidariedade e a caridade fazem parte da missão da Pastoral da Criança, que busca levar vida em abundância para todas as crianças. E nessa missão, todos podemos ajudar por meio de ações concretas na comunidade. A realização de parcerias locais contribui muito para a continuidade das ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. A criação de uma rede de apoio fortalece a comunidade. A Pastoral da Criança está aberta para que todos possam conhecer melhor as ações e experiências desenvolvidas por ela. Você sabe como colaborar? São diversas as formas que as pessoas podem colaborar com a Pastoral, veja algumas delas:
- Oferecer ingredientes para um lanche nutritivo e saudável para o dia da Celebração da Vida;
- Brincar, cantar ou contar histórias para as crianças;
- Fazer palestras sobre temas diversos para as famílias;
- Auxiliar os líderes em questões que envolvem tecnologia. Muitos jovens têm ajudado muitos líderes mais velhos a usarem o App Visita!
Enfim, basta querer. Cada um ajuda como pode. É o poder do "dar e eceber", ou seja, quanto mais amor compartilhado, mais amor recebido. Saiba mais na entrevista com Regina Reinaldin, Enfermeira da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
Sim. é possível buscar sempre parcerias com faculdades e universidades, pois os alunos precisam cumprir horas de estágio voluntário. Por exemplo, alunos de educação física, de pedagogia, que podem auxiliar com brincadeiras na Celebração da Vida e outras. Alunos de enfermagem, nutrição e medicina que podem ajudar na hora de pesar, medir e orientar as famílias sobre o estado nutricional.
Foto: Acervo da Pastoral da Criança
Os profissionais de saúde, no Dia da Celebração da Vida, dão palestras e orientam as famílias sobre temas diversos de saúde, higiene e prevenção de doenças. Dentistas examinam e tratam os dentes das crianças; psicólogos orientam os pais sobre desenvolvimento infantil; advogados falam sobre os direitos das crianças, sobre o conselho tutelar e sobre cidadania; os enfermeiros e nutricionistas também podem ajudar os líderes no processo da mensuração da altura e do peso da criança, na orientação das mães ou responsáveis e também articular o encaminhamento da criança que apresenta dificuldade de crescimento para a unidade de saúde.
Sim, nesse dia os brincadores e brinquedistas animam e divertem a criançada com suas brincadeiras e criatividade. Os jovens que estão terminando a catequese são uma boa opção para convidar para serem os brincadores.
Regina Reinaldin
Para as pessoas que estão nos ouvindo agora e querem colaborar com a Pastoral da Criança, basta procurar a paróquia mais próxima de sua casa ou algum líder da Pastoral da Criança e se informar como pode colaborar. Você também pode baixar agora o Aplicativo Visita Domiciliar da Pastoral da Criança e acessar, com perfil particular, para conhecer nosso material do e-Capacitação. Com certeza, tem lugar para todos.
Leia a entrevista na íntegra: 1541 - A importância das parcerias na Celebração da Vida (.PDF)
17º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável”
A Pastoral da Criança é uma grande rede. Líderes, capacitadores, multiplicadores, coordenadores, profissionais e outros voluntários de todos os estados do Brasil, e também de outros países, unem-se pela mesma causa: a vontade de que todas as crianças tenham vida plena. Somam-se a esta rede também outras instituições que defendem os direitos das crianças e seu desenvolvimento pleno. A partir de parcerias e discussões em comum, é possível dar força a determinadas questões e incluí-las na agenda de políticas públicas, para que cada vez mais crianças e famílias tenham seus direitos assegurados.
Dra. Zilda
“Sendo um trabalho de Igreja, deveria ter um verdadeiro espírito missionário, de amor ardente que não espera, mas que vai ao encontro e dá a mão àqueles que mais precisam, como nos ensina a parábola do Bom Pastor.”
Papa Francisco
"A família é a comunidade de amor em que cada pessoa aprende a se relacionar com os outros e com o mundo."
Tema: Acompanhamento Nutricional
Foto: Freepik
São diversos os motivos que levam as pessoas a quererem saber o que está contido nos alimentos que vão consumir. Desde o simples cuidado com a própria saúde e a de seus entes queridos, desejando optar pelo que é mais saudável, até por algo mais sério, como alergias alimentares ou doenças - diabetes, hipertensão, doença celíaca, quando não se deve consumir determinados componentes.
É direito do consumidor ter acesso a toda a informação sobre o produto - do que é feito, quais os ingredientes, quantas calorias, quantidades de açúcares, sal, proteínas, gorduras, aditivos, se o alimento é orgânico ou não, dentre outras. E todas essas informações devem estar presentes nos rótulos.
Mas, entender o que aquelas letras pequenas, tabelas nutricionais, siglas e nomes tão estranhos significam, pode não ser uma tarefa fácil. Ainda por cima, na hora das compras, o senso crítico deve estar aguçado para que não nos deixemos influenciar pelas embalagens bonitas e coloridas ou ser pegos pelo apelo das propagandas enganosas.
Felizmente, as normas da rotulagem estão sendo atualizadas e melhoradas pela ANVISA para facilitar a interpretação do conteúdo dos alimentos industrializados e ultraprocessados pela população em geral. Alertas frontais, em forma de lupa, em preto e branco, alertarão para produtos com açúcar adicionado, sal e gordura saturada. O prazo para adequação é de pelo menos 2 anos para que todos os fabricantes se adaptem às mudanças, mas o que importa é que elas contribuirão para a saúde de todos.
O objetivo dessa matéria é auxiliar você a desvendar os rótulos dos alimentos com a entrevista de Paula Pizzatto, Nutricionista da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
É bem importante as pessoas criarem o hábito de ler os rótulos dos alimentos, principalmente hoje, que a gente está exposta a uma quantidade tão grande de alimentos industrializados ou ultraprocessados, e ficamos até perdidos no meio do mercado com tantas embalagens.
Primeiramente, eu sugiro a gente olhar direto a lista de ingredientes. O primeiro item da lista, o que está em maior quantidade. Por exemplo, se a gente está diante de uma geleia ou de um suco; o ingrediente que a gente quer ver por primeiro é uma fruta, uma polpa de fruta. Se a gente identificar o açúcar como primeiro ingrediente, a gente sabe que naquele suco e naquela geleia tem muita quantidade de açúcar. A gente pode ir atrás de uma opção em que o açúcar não seja nem o primeiro, nem o segundo ingrediente. É assim que a gente vê a qualidade do produto. A tabela nutricional também pode ser consultada para fazer comparação entre dois ou mais produtos. Vocês podem comparar entre os produtos a quantidade do percentual VD, percentual de valor diário. A que tiver maior quantidade de açúcar, maior quantidade de sal, de gordura trans, por exemplo, é o que a gente não vai querer. A gente quer pouca quantidade desses nutrientes, desses componentes que não são benéficos para a saúde. Também é muito importante a gente olhar a data de fabricação para ver se é um produto mais fresco, ou a data de validade para ver se não é um produto que está vencendo logo.
Paula Pizzatto - Nutricionista da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança
A publicidade direcionada ao público infantil é extremamente abusiva. Frequentemente, alimentos como bebidas adoçadas, sucos achocolatados, biscoitos são associados a personagens de desenho animado, a super-heróis. Muitas vezes são chamativos dizendo que são ricos em vitaminas e nutrientes, mas, enfim, são alimentos ultraprocessados. Vale a atenção dos pais em ler os rótulos para saber o que tem menos açúcar, menos conservantes e corantes e um pouco mais de fibra, um pouco menos de sódio. Lembrando que o consumo desses produtos industrializados e, especialmente, os ultraprocessados, que é exatamente o suco de pacotinho, o suquinho que a gente está falando, deve ser evitado ao máximo, O consumo desses alimentos deve ser esporádico e a alimentação infantil deve ter uma base mais “in natura”, com alimentos mais saudáveis.
Leia a entrevista na íntegra: 1536 - Desvendando os rótulos dos alimentos (.PDF)
3º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”
Por meio das visitas domiciliares e encontros com as famílias, os líderes voluntários da Pastoral da Criança orientam as mães e os pais, sobre saúde, nutrição, alimentação e hortas caseiras, aspectos essenciais para que as crianças se desenvolvam plenamente.
Dra. Zilda
“Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los.”
Papa Francisco
"Ninguém vence sozinho, nem no campo, nem na vida!"
Tema: Dia Internacional da Mulher
Foto: Acervo da Pastoral da Criança
O Dia Internacional da Mulher, além de ser um dia para celebrar todas as conquistas e avanços das mulheres na sociedade, é um convite para recordar e refletir sobre as histórias de luta por melhores condições de vida e de trabalho. É um dia para chamar a atenção do mundo sobre a necessidade urgente do respeito à mulher por sua condição. É um dia também para lembrar que a luta das mulheres por equidade de gênero, por suas liberdades e por dignidade continua, pois ainda há muito o que conquistar. A mulher é um símbolo de força, sabedoria, paciência, cuidado e proteção. É sujeito importante na construção de uma sociedade mais igualitária. Na Pastoral da Criança, de modo especial, a mulher é o centro da missão, estando ela como receptora do cuidado ou cuidadora. A mulher é fonte de luz, de paz, é protagonista onde quer que esteja, seja no lar, na vida profissional, na igreja e/ou na comunidade. O movimento de luta das mulheres é universal e todos têm o dever de contribuir com empenho, perseverança e empatia para as conquistas dos direitos em todos os âmbitos. A mulher tem que ser valorizada por sua singularidade. Não podemos naturalizar nenhuma das formas de violências que atingem as mulheres diariamente. O alicerce para combater a perpetuação da violência de gênero é a educação e a igualdade de oportunidade e o dever começa em casa. Todos devem dar testemunho da valorização da mulher. Assim, há mudança de visão e também de ação, onde as crianças na convivência vão aprendendo a partir do exemplo. Sobre a importância de defender as mulheres contra todos os tipos de violência, o Papa Francisco afirma que: “muito frequentement, as mulheres são ofendidas, maltratadas, violentadas, induzidas a se prostituir… Se quisermos um mundo melhor, que seja casa de paz e não pátio de guerra, devemos todos fazer muito mais pela dignidade de cada mulher” (ANSA- Agência Italiana de Notícias). O Papa usou o Twitter para dizer isso no dia 25 de novembro de 2020, por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher. Saiba mais sobre a importância do Dia Internacional da Mulher na entrevista com Lady Anne dos Santos Cardoso, advogada e assessora da Pastoral da Criança.
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
Dentre tantos desafios que nós mulheres precisamos vencer atualmente, destaco: a violência sexual e doméstica, desigualdade racial, equiparação salarial com os homens. Outro desafio válido a destacar é o equilíbrio para conciliar múltiplas jornadas; a mulher precisa buscar o autoconhecimento, cuidar de si mesma, respeitar seus limites, pois tem direito ao descanso físico e emocional.
A transformação da mentalidade, e por consequência, ações desfavoráveis, ocorre a partir da educação. É necessário cortar as raízes do patriarcado e construir um mundo sem desigualdades, preconceitos, cuja base seja o respeito, empatia e a tolerância. Enfim, a transformação só será possível quando a violência contra a mulher deixar de ser aceita pela sociedade como algo natural, como coisas que fazem parte de nosso dia a dia. E a responsabilidade por essas mudanças é de cada um de nós, devendo iniciar em nossas casas, pois não podemos esquecer que as crianças aprendem e reproduzem os exemplos que vivem.
Lady Anne dos Santos Cardoso, advogada e assessora da Pastoral da Criança.
A primeira iniciativa é a união e a construção de uma rede de cuidado e suporte a quem precisa. As mulheres unidas são mais fortes para enfrentar diversas situações que sozinhas se sentiriam muito frágeis e indefesas. Há muitos casos que precisam até de denúncia para preservar a vida e o bem-estar da mulher. Essa rede de proteção faz com que as mulheres se sintam mais fortes e corajosas para saírem de situações tóxicas e opressoras. Outra iniciativa importante é a mobilização de outros atores da sociedade, como organizações e mesmo os governos. A defesa da vida e da dignidade das mulheres é tarefa de todas e todos, incluindo os homens.
Devemos nos lembrar que o renascimento da humanidade começou pela mulher e, portanto, a mulher é fonte de vida; e que atualmente vivemos em um mundo doente, que precisa da união e da força das mulheres para se curar. As mulheres merecem viver em uma sociedade que respeite sua presença e importância. O Papa Francisco disse que “a mulher é a harmonia, é a poesia, é a beleza. Sem ela, o mundo não seria assim tão belo. Não seria harmônico”. Essa é uma bela mensagem para destacar. Devemos praticar a sororidade, exigir que o V de violência seja banido dando lugar ao V de valorização. Aproveito este momento para agradecer a todas as mulheres que lutam diariamente pela humanidade, especialmente as que se dedicam na missão da Pastoral da Criança, acolhendo tantas famílias como sua. Com certeza, vocês estão construindo um mundo melhor, mais terno, justo e igualitário.
Leia a entrevista na íntegra: 1537 - Dia da Mulher (.PDF)
5º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas".
O trabalho realizado pela Pastoral da Criança – e, principalmente, por meio de mais de 150 mil voluntárias em todo o país – tem como um de seus objetivos empoderar todas as mulheres e meninas, buscando acabar com todas as formas de discriminação, violência e práticas nocivas. Também busca reconhecer e garantir a participação plena das mulheres na sociedade, por meio de políticas públicas e de direitos que assegurem a igualdade de gênero, colaborando com o 5º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) promovido pela ONU.
Dra. Zilda
“Reconhecendo e desenvolvendo a sua capacidade de amor e, portanto, de transformação, a Pastoral da Criança deposita na mulher a confiança da mudança e que ela seja a grande agente de sua promoção e da sua família”.
Papa Francisco
"Ainda é preciso ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja. Porque o gênio feminino é necessário em todas as expressões da vida social; por isso deve ser garantida a presença das mulheres também no âmbito do trabalho, e nos vários lugares onde se tomam as decisões importantes, tanto na Igreja como nas estruturas sociais".
Tema: Campanha da Fraternidade
Foto: Acervo da Pastoral da Criança
A Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021, com o tema: “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef. 2.14a), vem trazer um importante recado para cada um de nós e para as nossas comunidades: a importância do diálogo. Isso é necessário em um mundo que, às vezes, se mostra muito dividido, agressivo e crítico com as pessoas. Propor o diálogo é seguir os ensinamentos de Jesus, é construir pontes de fraternidade e cooperação, mesmo com quem pensa diferente de nós. Essa é a quinta campanha a ser trabalhada na dimensão ecumênica, onde cristãos de várias denominações religiosas são chamados a viver e promover a dimensão do diálogo como método de derrubar as barreiras da divisão, fortalecendo a unidade. Para tanto, além das igrejas membros do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), participam da organização da Campanha deste ano, a Igreja Betesda, que é pentecostal, e o Centro Ecumênico de Serviço à Evangelização e Educação Popular (CESEEP). É com esse espírito que se constrói essa campanha, na convivência e no diálogo. Afinal, conforme reforçou Papa Francisco, “como afirmava Pio XII na sua memorável Radiomensagem do Natal de 1944, «exprimir a própria opinião sobre os deveres e os sacrifícios que lhe são impostos e não ser obrigado a obedecer sem ter sido ouvido: eis dois direitos do cidadão, que encontram na democracia – como o próprio nome indica – a sua expressão».[7] A democracia baseia-se no respeito mútuo, na possibilidade de todos concorrerem para o bem da sociedade e na consideração de que as opiniões diferentes não só não prejudicam o poder e a segurança dos Estados, mas, num confronto honesto, enriquecem-se mutuamente e permitem encontrar soluções mais adequadas para os problemas que se devem enfrentar. O processo democrático requer que se persiga um caminho de diálogo inclusivo, pacífico, construtivo e respeitoso entre todas as componentes da sociedade civil em cada cidade e nação”. Saiba mais na entrevista com o Padre Patriky Samuel Batista, Secretário Executivo para Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Pastora Romi Márcia Bencke, secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC).
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
O principal objetivo da Campanha da Fraternidade de 2021, que será a 5ª Campanha da Fraternidade Ecumênica, é convidar as comunidades de fé e as pessoas de boa vontade a pensar, avaliar e identificar caminhos para superar as polarizações e violências através do diálogo amoroso, testemunhando a unidade na diversidade.
É nos ajudar a recuperar essa capacidade de dialogar e até mesmo de compreender o que seja o diálogo. O diálogo é muito mais que uma conversa, muito mais do que um debate. O diálogo toca o aspecto existencial, ou seja, ele visa a compreensão do outro. Aí entra a narrativa dos discípulos de Emaús, que nos mostra como é o passo a passo para que nós possamos dialogar. O que precisa fazer para dialogar? O caminho é assim como Jesus fez com os discípulos. Primeiro teve iniciativa, se aproximar, caminhar junto, escutar. A capacidade de escuta é imprescindível, sem escuta não há verdadeiro diálogo. Jesus, então, começa o diálogo a partir de uma conversa. Ele vai aprofundando, falando a sua identidade e utilizando as Escrituras Sagradas, mas compreendendo também o processo daqueles dois discípulos. E também faz parte do diálogo, esse aspecto bonito que é adentrar a casa do outro, como os discípulos fizeram com Jesus. Fica conosco, Senhor. E em casa, à mesa, acontece um gesto dialogal, revelando a todos nós que o diálogo não se dá simplesmente por palavras, mas também os gestos são diálogo, como quando Jesus parte o pão, eles o reconhecem como o Senhor ressuscitado. Jesus desaparece e aqueles discípulos fazem o caminho de volta para dialogar com a comunidade.
Padre Patriky Samuel Batista
As dificuldades para o diálogo são inúmeras, mas talvez a gente possa destacar alguns aspectos que fazem parte da própria história do Brasil. Um deles é o racismo, que se manifesta também na forma do racismo religioso, que é a criminalização das tradições de fé afro-brasileiras e também indígenas. Outro aspecto é a dificuldade da gente se libertar do nosso exclusivismo religioso, pensando sempre que somente dentro da nossa Igreja existe salvação, quando, na verdade, nós não somos detentores da salvação. Quem define e decide sobre a salvação é o próprio Deus e a nossa coerência com o seguimento e o comprometimento com o Evangelho.
Pastora Romi Márcia Bencke
Eu destaco como a principal boa prática, que também é a nossa mais antiga, a Semana de Oração pela Unidade Cristã. Também destaco os documentos históricos do CONIC como reconhecimento mútuo do Batismo de nós, como cristãos e cristãs, reconhecermos o Batismo das Igrejas que integram o CONIC. Destaco as missões ecumênicas, que não são atividades só do CONIC, e que foi visitar e acompanhar e dialogar em territórios, em grupos vulnerabilizados, principalmente grupos indígenas.
Leia a entrevista na íntegra: 1534 - Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021 (.PDF)
Edições cnbb disponibiliza videoaulas para ajudar comunidades na preparação da cfe 2021
Referências católicas que não te contaram sobre a campanha da fraternidade ecumênica 2021
Presidência da cnbb divulga nota sobre a campanha da fraternidade ecumênica 2021
15º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
O 15º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovido pela ONU, tem como objetivo “Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.” Os voluntários da Pastoral da Criança, por meio das ações de conscientização, levam informações para toda a comunidade e contribuem para a preservação da Criação.
Dra. Zilda
“Cada um colabora com aquilo que sabe fazer ou com o que tem para oferecer. Deste modo, fortalece-se o tecido que sustenta a ação e cada um sente que é uma célula de transformação do país”
Papa Francisco
"A partir destas sementes de esperança semeadas pacientemente nas periferias esquecidas do planeta, destes rebentos de ternura que lutam por subsistir na escuridão da exclusão, crescerão grandes árvores, surgirão bosques densos de esperança para oxigenar este mundo."