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Foto: Acervo da Pastoral da Criança

O lema da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021, “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2,14a), é mais um convite ao diálogo, à paz e à fraternidade com nossos irmãos. A campanha “quer ser um convite para viver um jejum que agrada a Deus e que conduz à superação de todas as formas de intolerância, racismo, violências e preconceito… que nosso arrependimento contribua para assumirmos outras posturas em relação a cada pessoa que encontrarmos ao longo do caminho e que, ao longo dos 40 dias da Quaresma, nos perguntemos se nossa prática cristã promove a paz ou potencializa o ódio.” (texto-base nº 14)

Será, portanto, uma caminhada de reflexão, de inquietudes, mas principalmente de gestos concretos e compromissos com uma sociedade mais amorosa e justa. A motivação será seguir os passos dos caminhantes de Emaús (Lc 24,13-35), que nos ensinam a perceber que o diálogo com Jesus faz o coração arder e nos colocarmos em missão. Essa caminhada é composta de quatro paradas: na primeira, somos convidados a VER e conversar sobre os acontecimentos que marcam nossa história; na segunda, a partir da iluminação bíblica, o JULGAR, perceber as luzes que são apresentadas como possibilidades de abrir nossas mentes e corações, como aconteceu com os discípulos de Emaús. Na terceira parada, o AGIR, vamos contar com experiências que se constituem como boas práticas e conseguiram derrubar os muros das divisões, da intolerância e do preconceito. E como quarta parada, chega o momento de CELEBRAR, de afirmar que não se pode perceber apenas parte negativa na diversidade da criação, ao contrário, é a revelação de Deus com sua imensa e irrestrita amorosidade.

Todo essa caminhada quaresmal precisa ser construída por todos os cristãos e cristãs, por isso a Campanha da Fraternidade Ecumênica tem como objetivo geral, convidar “as comunidades de fé e pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem caminhos para superar as polarizações e violências através do diálogo amoroso, testemunhando a unidade na diversidade” (texto-base nº 3).