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Agrotóxicos: quando eles fazem mal?

O tema dos alimentos e agrotóxicos está sempre presente nos Meios de Comunicação gerando, muitas vezes, confusão e dúvida nos consumidores. Se por um lado sabemos que os agrotóxicos fazem mal, por outro sabemos também que deixar de consumir frutas, legumes e verduras por causa dos agrotóxicos pode trazer um mal maior. Então, como resolver esse impasse? A Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – alerta que o problema maior está na falta de controle do uso dos agrotóxicos, ou seja, quando o agricultor usa os produtos em excesso ou quando não existe uma fiscalização para o controle adequado do uso de agrotóxicos. Os produtos orgânicos aparecem como opção, mas infelizmente ainda pouco acessível para a maior parte da população. Ficam as dicas: se possível, faça uma horta caseira ou comunitária; procure comprar frutas, legumes e verduras em um local em que você sabe a procedência dos produtos e sabe que são fiscalizados para ver se há neles excesso de agrotóxicos; dê preferência aos produtos de época, pois neles a quantidade de agrotóxicos utilizada é muito inferior aos produtos fora do tempo de safra.

Todos sabemos da importância de consumir alimentos de qualidade, principalmente: vegetais, verduras, frutas e legumes. Contudo, para ter uma alimentação saudável, não basta comer saladas, frutas e legumes, é preciso saber a procedência desses alimentos. Alimentos contaminados por agrotóxicos são considerados impróprios para o consumo, pois trazem risco a saúde.

Para entender por quê isso acontece, a entrevista desta semana é com Carlos Alexandre Oliveira Gomes, especialista em regulação e vigilância sanitária da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

SAIBA MAIS:
Ação da Pastoral da Criança: Hortas Caseiras

O que é um agrotóxico?

São insumos utilizados pelos agricultores para poder enfrentar os problemas de pragas e doenças que ocorrem no campo.

Em que as pessoas precisam estar atentas em relação aos agrotóxicos nos alimentos?

Resíduos de agrotóxicos nos alimentos são continuamente monitorados pela ANVISA, com o propósito de observar se eles estão sendo utilizados da maneira adequada, dentro das boas práticas agrícolas que são estabelecidas aqui, no momento do seu registro. Por isso, que é importante o consumidor, de uma maneira geral, estar sempre atento aos relatórios da ANVISA e também procurar sempre por produtos que tenham a comprovação de origem, ou seja, de onde ele é produzido, porque geralmente quando o produtor se identifica, ele tem aquele produto produzido com melhor qualidade.

Como podemos saber se os alimentos que consumidos têm agrotóxicos demais?

Existe a ideia, que na verdade é errônea, que produtos muito bonitos possuem agrotóxicos, isso não é correto porque existem, inclusive, muitos produtores orgânicos que têm a capacidade de produzir produtos com a qualidade visual muito bonitas, e o inverso também pode ser errado, você pode ter produtos que estejam com a qualidade visual ruim e terem sido produzidos em um sistema convencional. A questão é: você está atento, realmente, para as informações governamentais, e tem acesso a produtos comercializados nos centros de distribuição, em que valoriza a implementação do sistema de qualidade na sua produção?

O que os alimentos contaminados com agrotóxicos podem causar na saúde?

Se tiver a concentração muito elevada de agrotóxicos, acima do limite máximo permitido, e também, tiver excesso de agrotóxico, não autorizado para aquela cultura, à medida que os anos passam, você pode apresentar um problema de saúde que pode estar vinculado ao consumo em excesso de agrotóxico.

Uma das doenças que os agrotóxicos podem provocar é o câncer. Então a recomendação é evitar os alimentos com agrotóxicos. Mas, se as pessoas não consomem frutas, legumes e verduras, por causa do medo dos agrotóxicos, elas não correm risco de terem ainda mais câncer?

Realmente, o consumo de frutas e hortaliças é essencial, porque com esse tipo de alimento você previne doenças, inclusive o câncer. Falamos em consumir frutas e hortaliças de qualidade, e é por isso que a ANVISA, juntamente com outros órgãos envolvidos com a produção de alimentos, como as secretarias de agricultura e de saúde dos estados, ministério da agricultura e outros órgãos, estão trabalhando para que a qualidade do produto venha cada vez melhorar mais e mais, e o alimento, no caso,  fazer somente o bem para quem o consome.

Spot Anvisa Agrotóxicos:

Recentemente  a imprensa noticiou uma pesquisa da ANVISA, dizendo: “A ANVISA diz que 36% dos alimentos tem nível insatisfatório de agrotóxicos”. Pode nos esclarecer melhor?

Essa pesquisa é importante para a população. Ela tem dois pontos importantes. O ponto ligado a questão legal: uma vez que a ANVISA estabelece níveis máximos que podem apresentar resíduos de agrotóxicos. Uma vez que passe desse nível máximo, ou o agricultor utiliza agrotóxico que não foi registrado para esse fim, o agricultor acaba entrando em uma ilegalidade, ou seja, ele esta usando produtos que não deveriam estar sendo utilizados, porque não tem registro para isso. Outro ponto, é a questão da saúde. Porque uma vez que  nós fazemos o registro do agrotóxico, o produto é registrado. Nós temos uma formula que faz a mapeação de risco, e se for permitido a inclusão da cultura, você tem esse produto liberado no mercado. Por isso, a ANVISA acredita que não é possível a utilização de produtos que não sejam registrados. A adoção das boas práticas agrícolas, por parte do produtor, são muito importantes, de forma que todos os produtos cheguem ao consumidor com segurança.

Como o consumidor deve proceder para não ser vítima dos alimentos com agrotóxicos?

sisorg produto organico brasilUma das principais medidas é o consumidor dar preferência para produtos da época, porque geralmente tem uma utilização menor de insumos para combater pragas e doenças. Optar por alimentos produzidos pelo sistema orgânico,  produtos de origem identificada e alimentos certificados com selos que vêm escrito por exemplo, “produto orgânico” ou “brasil certificado” é uma garantia a mais de que esses produtos são de qualidade. Também, a questão de lavar as frutas e hortaliças sempre é um cuidado a mais.

Descascar e ferver as frutas e legumes também ajuda a eliminar um pouco o agrotóxico?

Algumas frutas pode-se retirar a casca, porque retirando a casca, o local onde fica depositado a maior parte dos agrotóxicos de contato é eliminado. Você esta  removendo uma concentração significativa e melhorando o produto que será ingerindo.

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança. Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

Programa de Rádio 1162 - 06/01/2014 - Agrotóxicos

 Agrotóxicos e alimentos

agrotoxicos-e-os-alimentoEm notícia veículada no final de outubro passado, a mídia nacional apresentou a população dados de um relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária  (ANVISA) sobre a presença de agrotóxicos em frutas, legumes e verduras. O documento apontou que 36% das amostras analisadas em 2011 e 29% das amostras verificadas em 2012 apresentaram resultados considerados insatisfatórios pela agência.

Segundo o estudo, nestes casos os alimentos continham níveis de agrotóxicos superiores ao limite imposto no Brasil ou que nunca foram registrados para uso no país. Os dados fazem parte do estudo que integra o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA).

Estes dados trazem a seguinte dúvida: É possível continuar consumindo frutas, verduras e legumes?

Saiba mais:
Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA)

O consumo de tais alimentos é essencial para uma alimentação saudável e para ter saúde. Há evidências suficientes que ingerir alimentos saudáveis como frutas, verduras e legumes, previne diversas doenças, entre elas, o câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS 2003) recomenda a ingestão de no mínimo, 400 gramas por dia destes alimentos para ajudar na prevenção do câncer. O Guia alimentar para a população brasileira (2006), do Ministério da Saúde, também traz como diretriz a necessidade do aumento do consumo de frutas, verduras e legumes para melhorar a saúde e prevenir doenças crônicas.
O que fazer, então?

Consumir frutas, verduras e legumes orgânicos seria a melhor opção para este dilema. Entretanto, a produção no Brasil ainda é baixa, o preço é alto e o acesso é difícil. Portanto, consumir frutas, verduras e legumes não orgânicos, ou seja, que foram produzidos com uso de agrotóxicos, ainda é a opção para a maioria dos brasileiros. Para amenizar tais informações, algumas pesquisas apontam que diante deste cenário ainda é melhor consumir estes alimentos, mesmo com agrotóxicos, do que não consumi-los.

É importante reforçar que apenas uma pequena parte dos alimentos analisados pela ANVISA é imprópria para o consumo humano. Na imensa maioria dos problemas foi encontrado “traço de produtos” que não deveriam ter sido utilizados naquela cultura. “Traço” significa quantidades ínfimas em que se percebe que há no produto, mas a escala é tão pequena que o arredondamento é zero. Por exemplo: o vizinho pulverizou o tomate em dia de vento e este trouxe gotículas de agrotóxico para a alface da plantação vizinha. A alface é absolutamente própria para consumo, mas contém traços de elemento não permitido para esta cultura. O consumo da alface previne câncer. E o vizinho só terá câncer pelo agrotóxico se sistematicamente não utilizar equipamento de proteção para aplicá-lo.

Caldas & Jardim (2012), em revisão sobre produtos químicos tóxicos em alimentos, apontam que apesar da presença de agrotóxicos e do possível risco associado, o consumo traz mais benefícios ao ser humano, do que o não consumo. Deixar de consumir frutas, verduras e legumes, pela presença de agrotóxico, é pior do que consumi-los com agrotóxicos.

Reiss e col. (2012) analisaram o risco de desenvolvimento e a chance de prevenção de câncer pelo consumo de frutas, verduras e legumes com agrotóxicos nos EUA. Apesar das incertezas que cercam tais resultados, os pesquisadores apontaram que aproximadamente 20 mil casos de câncer seriam prevenidos, por ano, pelo aumento de uma porção por dia desses alimentos, e apenas 10 casos de câncer seriam causados pelo consumo dos mesmos com agrotóxicos.

Em contrapartida, pesquisas apontam que os maiores prejudicados pelo uso de agrotóxicos são os trabalhadores das lavouras. Os indivíduos que aplicam, ou manuseiam o agrotóxico, ficam expostos diretamente aos produtos químicos e a contaminação dos mesmos, que pode ocorrer pelo contato com a pele ou por via respiratória, principalmente quando não usam os equipamentos de proteção. As consequências são graves e os casos de câncer são comuns nesta população. Foram encontradas associações positivas entre trabalhar com agrotóxico e alguns tipos de câncer, como de bexiga, mieloma, no cérebro, de esôfago e entre outros.

Neste contexto, a Pastoral da Criança trabalha na promoção da alimentação saudável, incentivando o consumo de frutas, verduras e legumes frescos, da época e da região, cultivados organicamente. A ação Alimentação e Hortas Caseiras promove encontros com as mães acompanhadas com o intuito de compartilhar conhecimento, trocar receitas saudáveis e preparar pequenas hortas nos quintais ou em pequenos espaços (caixotes, potes, latas, caixinhas de leite, floreiras, etc).

Plantar seus próprios alimentos, consumi-los junto com sua família, fazer trocas com os vizinhos, é uma boa maneira de continuar consumindo frutas, verduras e legumes e prevenir as doenças crônicas.

Veja também: DOSSIÊ ABRASCO - Um alerta sobre os impactos dos Agrotóxicos na Saúde.WHO – Diet, Nutrition and Prevention Chronic Diseases.

Perguntas frequentes

tomates verduras1- Lavar os alimentos retira os agrotóxicos?

Não completamente. O processo de lavagem dos alimentos contribui para a retirada de parte dos agrotóxicos. Os agrotóxicos podem ser divididos quanto ao modo de ação entre sistêmicos e de contato. Os sistêmicos são aqueles que, quando aplicados nas plantas, circulam através da seiva por todos os tecidos vegetais, de forma  a se distribuir uniformemente e ampliar o seu tempo de ação. Os de contato são aqueles que agem externamente no vegetal, tendo que necessariamente, entrar em contato com o alvo biológico, e mesmo estes são, também, em boa parte, absorvidos pela planta, penetrando em seu interior através de suas porosidades.

Uma lavagem dos alimentos, em água corrente, só poderia remover parte dos resíduos de agrotóxicos presentes na superfície dos mesmos.

2- Água sanitária (cloro) remove agrotóxicos dos alimentos?

Até o momento, não existem evidências científicas que comprovem a eficácia da água sanitária ou do cloro na remoção ou eliminação de resíduos de agrotóxicos nos alimentos. Soluções de hipoclorito de sódio (água sanitária) devem ser usadas para a higienização dos alimentos na proporção de uma colher de sopa para um litro de água com o objetivo apenas de matar agentes microbiológicos que possam estar presentes nos alimentos.

3- O que é o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA)?

O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) , iniciado em 2001 pela Anvisa, tem o objetivo de avaliar continuamente os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos de origem vegetal que chegam à mesa do consumidor. O PARA é coordenado pela Anvisa, que atua em conjunto com as Vigilâncias Sanitárias (VISA) e com os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen).



4- Os resultados insatisfatórios do PARA representam risco à saúde dos consumidores?

A última avaliação do risco relativo à exposição crônica aos resíduos de agrotóxicos foi conduzida pela Anvisa utilizando dados do PARA referentes ao período entre 2009 a 2011. Na ocasião, não houve a extrapolação da Ingestão Diária Aceitável (IDA) para os agrotóxicos monitorados, ou seja, o risco à saúde para os consumidores foi considerado aceitável.  Apesar disso, não é possível descartar totalmente o risco à saúde.

Saiba mais:
Ação da Pastoral da Criança: Hortas Caseiras

5- O que é IDA?

É um parâmetro de segurança definido como a quantidade máxima de agrotóxico que podemos ingerir por dia, durante toda a nossa vida, sem que soframos danos à saúde por esta ingestão. Esta quantidade máxima de ingestão permitida é calculada para cada agrotóxico, expressa no valor que  chamamos de IDA (Ingestão Diária Aceitável), medida em miligramas de agrotóxico por quilo de peso corpóreo da pessoa que o ingere (mg/kg).

6- O que é LMR?

O limite máximo de resíduos (LMR) é a quantidade máxima de resíduo de agrotóxico ou afim, oficialmente permitida no alimento, em decorrência da aplicação em uma cultura agrícola, expresso em miligramas do agrotóxico por quilo do alimento (mg/Kg)

Como a Pastoral da Criança faz

hortas-caseirasPapa Francisco

“Sempre que o Senhor vem na nossa vida, quando passa no nosso coração, diz-nos uma palavra, uma palavra e também uma promessa: Vai em frente... coragem, não tenhas medo, porque tu vás fazer isto! É um convite à missão, um convite a segui-lo...”

 

Capacitações de Hortas Caseiras acontecem em todo o país

Incentivar a alimentação saudável de crianças e famílias é uma das ações prioritárias da Pastoral da Criança. Em todo o país os líderes e capacitadores incentivam as famílias a criarem suas “hortas caseiras”, com o cultivo, em pequenos espaços, de temperos, verduras, legumes e frutas.

No setor de Caxias do Sul (RS) a ação começou a ser implanta em agosto de 2012, com a capacitação da primeira turma. O grupo aprendeu a plantar em garrafas pets e galões, além de dicas para preparar a terra e formas de adubação. “É gratificante perceber o quanto as pessoas que voluntariamente realizam a missão na Pastoral da Criança, bem como as famílias que são acompanhadas, podem ser beneficiadas com a ação, tendo maior consciência da necessidade de ter uma vida mais saudável”, destaca Rosane Formolo da Silva, capacitadora da Pastoral da Criança.

 

Em Ibiraci (MG) os resultados já começam a aparecer. Após capacitações na área de alimentação saudável e hortas caseiras, as famílias já estão colhendo as verduras em suas hortas. Nas capacitações, os participantes aprendem, além das dicas para o cultivo, receitas e dicas para aproveitar melhor os alimentos. Pedro Alexandre Neto, capacitador da ação no Setor de de Guaxupé (MG), explica que durante a capacitação, o grupo também vai para a cozinha e prepara alguns dos alimentos que serão consumidos no encontro, “o grupo fez um bolo de fubá para ser consumido no lanche da tarde e na manhã do dia seguinte, preparou o almoço utilizando as sobras do jantar da noite anterior”, destaca Neto.

Pastoral da Criança participa de feira sobre Segurança Alimentar e Nutricional em Japaratuba (SE)

Para comemorar o Dia Mundial da Alimentação de 2013, a Pastoral da Criança participou, com outras entidades, de uma feira alimentar. Durante os dias de evento a Pastoral da Criança montou um "stand" onde os líderes puderam explicar a importância de uma alimentação saudável e a ação hortas caseiras.

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Relatório da ONU aponta redução da fome mundial

Segundo a técnica da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), em Japaratuba, Josenildes Meneses, a participação governamental e da sociedade civil organizada no debate sobre o combate à fome é de grande importância. "Temos aqui representações de secretarias municipais de Agricultura, Saúde, Educação, Ação Social e Meio Ambiente, bem como a OCS e a Pastoral da Criança, além de representações de agricultores familiares e assentados da reforma agrária e de crédito fundiário, Catadoras de Mangaba e Câmara de Vereadores, ou seja, entidades que estão envolvidas no debate sobre a fome no mundo", comentou ela.

Após a encerramento da feira, as entidades se reuniram para criar, no ano de 2014, o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, do qual a Pastoral da Criança irá fazer parte.

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Famílias acompanhadas pela Pastoral da Criança de Guarujá (SP) participam de feira do peixe

As famílias acompanhadas pela Pastoral da Criança, em Guarujá (SP), são incentivadas pelos líderes comunitários a optarem por uma alimentação mais saudável. Durante o ano de 2013, a sede da Pastoral da Criança, do bairro Santo Antônio, foi o local escolhido para receber o “caminhão da feira do peixe”. Essa iniciativa é importante porque o peixe é oferecido fresco e diretamente do produtor, o que reduz os custos e garante mais qualidade para as famílias.

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