Foto: Marcello Caldin
Celebrado anualmente no dia 20 de novembro, o Dia Mundial de Oração e Ação pela Criança é uma iniciativa inter-religiosa que tem como objetivo promover o bem-estar das crianças por meio da reflexão, da celebração da vida e da definição de estratégias para superar os desafios e para a proteção dos direitos das crianças.
Sirley Maria Gonçalves Moreira, coordenadora da Diocese de Aparecida (SP), relata: “Eu estava há pouco tempo na Pastoral da Criança, em Guaratinguetá (SP), e queria envolver o município nesta ação de Oração e Ação pela Criança. Então, contatei o presidente da Câmara Municipal, para ir junto com as líderes e as famílias, em uma sessão da Câmara fazer a oração, divulgar o nosso trabalho pelas crianças e mostrar um pouco das nossas angústias e da realidade que vivenciamos, por estarmos mais próximos dos bairros e mais atentos a essas situações”. E complementa: “Nesse dia, falamos sobre as necessidades do município e das crianças. Já que elas serão o futuro da nossa cidade e por isso, precisamos prestar mais atenção nas condições que elas têm para se desenvolver. Nós queríamos que a oração não ficasse apenas na celebração, nas casas ou até mesmo no papel. Queríamos mostrar ali, na Câmara, que a Pastoral da Criança desenvolve ações concretas pelas crianças, por meio do nosso trabalho e que essa é uma responsabilidade de todos”.
Leia também:
Oração e Ação pela Criança: reflexão e compromissos
Mais do que uma data a ser comemorada, a Oração e Ação pela Criança é uma iniciativa que promove a união entre as organizações, para trabalharem em conjunto por um mundo onde todas as crianças possam aprender, crescer e se desenvolverem com dignidade e segurança.
“O Dia de Oração e Ação pela Criança, assim como a Celebração da Vida, devem ser vividos todos os dias. A data nos permite, como comunidade e como sociedade, pararmos para refletir sobre essa questão e rezarmos por nossas crianças. Porque a criança é um sinal de Deus na humanidade, ela traz para nós a confiança, a esperança e a vida. Esse também é o motivo pelo qual eu vejo que todas as religiões devem aderir e trazer essa causa. As crianças vão além da religião, elas são a vida”, conclui Sirley.
Dra. Zilda
“Espero que seu coração sinta o quanto é importante o seu trabalho na construção de um mundo mais justo e fraterno”.
Papa Francisco
“Se não rezarmos, nunca conheceremos a coisa mais importante de todas: a vontade de Deus a nosso respeito”.
Ações interculturais e inter-religiosas
Assim como a Oração e Ação pela Criança, a Pastoral da Criança, em parceria com a Rede Global de Religiões pela Criança (GNRC), iniciada pela fundação Arigatou Internacional, promovem o programa intercultural e inter-religioso para educação ética e convivência pacífica: “Aprender a Viver Juntos”, que contribui para a promoção de respeito, empatia, responsabilidade e reconciliação.
Entre os dias 29 de outubro e 1º de novembro, foi realizado no Mosteiro Morro da Vargem, em Ibiraçu (ES), a oficina de capacitação de Educação Ética do manual “Aprender a Viver Juntos”, com tema: “Construindo uma cultura de paz, na família, na escola e na comunidade”.
O evento contou com a presença de 24 participantes e 5 capacitadores, de diversas organizações e correntes religiosas, incluindo: Confissão Luterana em Vila Velha, Pastoral da Educação da Diocese de Colatina, Congregação Israelita Capixaba, Pastoral da Criança/CNBB, Federação Espírita do Estado do Espírito Santo, Colégio Confessional Católico de tradição Marista, Mosteiro Zen Morro da Vargem, Rotary Club Aracruz, Budismo Tibetano, Evangélica Metodista e Igreja Luterana.
3º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”.
A iniciativa inter-religiosa de Ação e Oração pela Criança, a reflexão e o acompanhamento realizados pelos líderes da Pastoral da Criança contribuem para os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU e que deverão ser atingidos pelos países membros nos próximos anos. Ao realizar essa atividade, rever as atitudes tomadas no ano passado e planejar aquelas que deverão ser feitas nos anos seguintes, levamos vida plena as crianças, promovendo seu bem-estar e zelando por seus direitos.