Tema: Dia Mundial de Oração e Ação pela Criança
A Rede Global de Religiões pela Criança (GNRC), é uma iniciativa da Arigatou Internacional, que tem a missão de promover um espaço aberto para a ação e diálogo inter-religioso pelas crianças, com a convicção e um forte senso de responsabilidade de proteger direitos e a dignidade de todas as crianças, bem como a promoção da paz mundial e justiça para todos. (https://arigatouinternational.org/es). A GNRC foca seu trabalho em três iniciativas.
1. educação ética para as crianças, estratégia para promover a ética e a educação baseada em valores em diversos contextos educacionais e nos lares. Com a publicação do manual “Aprender a Viver Juntos, um programa intercultural e inter-religioso” de educação ética, que reúne um conjunto de ferramentas para educadores e líderes juvenis;
2. oração e ação, dia para realizar momentos de oração que venham a completar com alguma ação concreta em favor da sobrevivência, desenvolvimento e proteção das crianças;
3. acabar com a pobreza infantil a partir da promoção de ações para diminuir a pobreza que afeta as crianças.
O Dia Mundial de Oração e Ação pela Criança é celebrado em 20 de novembro, por ser o Dia Internacional da Infância e também o aniversário da assinatura da Convenção sobre os Direitos da Criança. Saiba mais na entrevista com Rabino Pablo Berman,Líder da Comunidade Judaica do Paraná e Coordenador da Rede Global de Religiões pela Criança (GNRC) para o Brasil; e outros líderes religiosos que falam sobre esse dia e como os vínculos familiares são importantes no cuidado com a criança.
Que atividades a Rede Global de Religiões pela Criança (GNRC) desenvolve no Brasil?
Programa de rádio Viva a Vida
1521 - Oração e Ação pela Criança - 16/11/2020
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
A GNRC, essa Rede Global, tem muitos objetivos. E estamos trabalhando, principalmente, no Dia Mundial de Oração e Ação, e também nas Oficinas de Educação Ética. A GNRC criou um manual de educação ética de amor e de respeito entre os seres humanos, entre as crianças, especialmente. É isso que se trabalha muito, é esse o tema das Oficinas de Educação Ética.
Como vocês lidam com a questão do fortalecimento da família para a proteção e o cuidado com a criança?
Está dentro dos objetivos e dos desafios que temos e de como fortalecer as famílias. Este será um dos objetivos que vamos procurar também transmitir às diferentes comunidades e trabalhar com isso.
Quais são as atividades previstas para a Semana Global de Fé em Ação pela Infância?
Rabino Pablo Berman
A respeito de quais são as atividades previstas para a Semana Global de Fé em Ação pela Infância, não seria só um dia, como sempre organizamos, um dia de Fé e Ação pela Criança, mas será uma semana com diferentes atividades. É claro que não podemos nos encontrar e reunir como outros anos, que organizamos coisas com muitos grupos e muitas pessoas; mas não vamos deixar passar essas datas sem fazermos parte também do que vai acontecer no mundo todo promovido pela Rede Global da GNRC e pela Arigatou a respeito das crianças e a respeito desta semana, que vai terminar com a celebração do Dia Mundial de Oração e Ação pela Infância, que marca também o Dia Universal da Criança. Essa Semana Global vai reunir no mundo meninos e meninas, jovens de diversas origens religiosas e culturais, as lideranças religiosas, representantes da sociedade civil, organizações inspiradas na fé e governos para dialogar e refletir juntos e poder garantir os direitos das crianças, inclusive nesses tempos de crise, nesses tempos difíceis.
Que iniciativas a Rede Global de Religiões pela Criança está desenvolvendo no Brasil e no mundo nesse tempo de pandemia da Covid-19?
Fizemos algumas reuniões das tradições religiosas que formam parte da Rede Global e conversamos muito sobre a situação de cada um, de cada comunidade, de como estamos levando em frente as coisas, preocupando-nos pelos outros e o que acontecia com eles. Organizamos lives através de diferentes plataformas para poder conversar sobre o que estava acontecendo. Na sequência, nós organizamos uma live com jovens e encerramos com um vídeo muito bonito de crianças, falando sobre expectativas e esperança para o futuro, diante da pandemia.
A gente sabe que os vínculos são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento integral da criança. Pastoral Romi, como fortalecer os vínculos na família?
Penso que para a criança é muito importante ela se sentir em um ambiente de confiança. Se uma criança vive com medo, ela vai ter dificuldade para estabelecer vínculos, seja com o pai, seja com a mãe, seja com os irmãos. Desenvolver com uma criança uma relação de confiança, de que ela sabe que um adulto pode dar para ela a segurança emocional que ela precisa, isso é uma forma de fortalecimento de vínculos. Ter a família ampliada, o papel presente dos avós, dos tios, primos, isso tudo é muito importante para que a criança tenha a compreensão de que ela é aceita e bem-vinda.
Leia a entrevista na íntegra: 1521 - Oração e Ação pela criança (.PDF)
16º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
"Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis"
Os líderes da Pastoral da Criança, ao conversarem com as famílias acompanhadas sobre temas como: educação das crianças, violência, saúde e cidadania e também, lerem sobre os 10 Mandamentos para a Paz na Família, organizarem Rodas de Conversa, a Celebração da Vida, Ruas do Brincar e demais ações que envolvam a comunidade e a levem a refletir sobre a infância, estão construindo um mundo mais justo e fraterno para as nossas crianças e contribuindo para o 16º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável, proposto pela ONU.
Dra. Zilda
“Nós queremos congregar as diferentes religiões num apelo global para que a criança seja respeitada, protegida e amada.”.
Papa Francisco
“É certo que esse diálogo fará ressaltar como são diferentes as nossas crenças, tradições e práticas. Mas, se formos honestos ao apresentar as nossas convicções, seremos capazes de ver mais claramente aquilo que temos em comum e abrir-se-ão novos caminhos para a mútua estima e cooperação e, seguramente, para a amizade.”