Acervo da Pastoral da Criança
Esse é o tema que a Rede Global de Religiões pela Criança (GNRC) está abordando para celebrar o Dia de Oração e Ação pela Criança deste ano. A ideia é falar do presente a fim de um futuro melhor para todas as crianças.
É extremamente importante para as crianças viverem, experiências que marquem suas memórias, e nós somos responsáveis por isso. O tempo lúdico, são nestes momentos que consolidamos os laços e fortalecemos as relações de uma forma saudável. Além disso, toda criança precisa ter os seus direitos garantidos.
"A criança não nasce preconceituosa, ela aprende a ser. O exemplo das pessoas a sua volta ajuda a ser uma pessoa ética, justa e acolhedora”, diz Evelyne Regina.
ENTREVISTA COM: Evelyne Regina Goebel, pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e coordenadora do Comitê Brasil da Rede Global de Religiões pela Criança (GNRC).
Evelyne Regina Goebel, pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e coordenadora do Comitê Brasil da Rede Global de Religiões pela Criança (GNRC)
Na semana do dia 20 de novembro celebra-se no mundo inteiro o dia de Oração e Ação pela Criança. Como essa data pode contribuir para uma mudança de comportamento na sociedade e na família, em relação à proteção e à promoção das crianças?
O dia de Oração e Ação pela Criança quer nos chamar a colocar a criança no centro de nossa reflexão, mostrando a importância de seu protagonismo no mundo presente e também no futuro. Lembrando também o nosso papel no cuidado com as crianças, no cuidado com o seu crescimento saudável, onde tenha educação, saúde e alimentação saudável. Esse dia nos convida a olhar para a criança como um ser amado e cuidado por Deus e que é um presente para este mundo. Que este dia também nos motive e nos chame à responsabilidade para a busca do bem-estar de todas as crianças.
O desenvolvimento da espiritualidade nas crianças, cultivando valores nobres, como a compaixão e a empatia, faz com que as crianças cresçam mais confiantes, seguras e felizes. Como podemos estimular isso?
O estímulo começa em casa, no núcleo familiar. Criança não nasce preconceituosa, ela aprende a ser. O exemplo das pessoas a sua volta ajuda ela a ser uma pessoa ética, justa e acolhedora. Nisso, o papel da família é fundamental. E o contrário também faz parte: se a família é preconceituosa, violenta, tem ações injustas, a criança vai aprender a ser também preconceituosa, injusta e violenta.
Programa de rádio Viva a Vida 1625 - 14/11/2022 - Oração e Ação pela Criança
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
Qual a importância de se ter uma estrutura familiar baseada na cultura da paz e que incentive nas crianças valores de solidariedade, fraternidade e cidadania?
É fundamental. A família é a base para a nossa formação. A criança observa as atitudes das pessoas da sua casa e se espelha nelas e também reproduz essas atitudes. Ao ter um lar amoroso, respeitoso, onde o diálogo é a base, a criança reproduz isso na vida toda. E o contrário também se faz presente.
A Rede Global das Religiões pela Criança (GNRC) quer construir um mundo melhor para as crianças e erradicar as várias formas de violência contra elas. Que ações práticas devem ser realizadas para que isso aconteça?
Começa pela formação: como lidamos com as relações de poder dentro da família, onde, por vezes, reproduzimos o padrão onde as pessoas adultas mandam e as crianças obedecem. Quando aprendemos a ouvir e a dialogar de igual para igual, ponderando as opiniões e respeitando as ideias, haverá espaço para a harmonia, acolhimento e respeito. Num lar onde é proporcionado esse tipo de relacionamento de poderes, não existe violência. E isso é um desafio constante e que é possível. É possível de ser alcançado e, com certeza, valerá a pena buscar esse tipo de relacionamento na família.
Leia a entrevista na íntegra: 1625 - 14/11/2022 - Oração e Ação pela Criança (.PDF)
16º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Paz, justiça e instituições eficazes: promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.”
A Pastoral da Criança trabalha com a missão de promover um espaço aberto para a ação e diálogo inter-religioso pelas crianças.
Dra. Zilda
“As crianças são prioridade absoluta, como garante o Estatuto da Criança e do Adolescente, e merecem carinho, atenção e respeito”.
Papa Francisco
“A família é um elemento essencial para todo e qualquer progresso humano e social sustentável”.