Foto: Viviane Stonoga
Quando se fala em mandar as crianças para a creche, principalmente bebês que ainda não completaram seis meses de vida, é preciso considerar muitas coisas: se o bebê mama no peito; se o ambiente é adequado para cuidar dele o dia todo; se os profissionais são qualificados e se é possível manter uma boa relação de diálogo entre os gestores da creche e a família. Infelizmente, ainda hoje esbarramos na falta de vagas nas creches. É preciso aumentar a consciência de que uma educação de qualidade não é favor, é direito. Portanto, podemos dizer que a creche é um direito da criança e da família.
Para os pais que se angustiam em ter que deixar seus filhos tão pequenos em uma creche, é preciso orientar que a participação da família e da comunidade no dia a dia das creches melhora a qualidade do atendimento e amplia o compromisso e a responsabilidade de todos em garantir excelentes cuidados e atenção ao desenvolvimento infantil.
A seguir, confira mais dicas da Ir. Veroni Medeiros, educadora e assistente técnica da coordenação nacional da Pastoral da Criança.
Foto: Marcello Caldin
Irmã Veroni Medeiros
Na legislação brasileira, como está estruturado o atendimento com relação à creche e à educação infantil?
No Brasil, cada município é responsável pela educação infantil e apresenta diversidade de normas próprias. A creche atende os bebês de quatro meses a três anos de idade; a pré-escola atende crianças de quatro anos a seis anos de idade. A base curricular dessa faixa etária está centrada nas relações afetivas, na interação familiar e na importância de brincar para o desenvolvimento infantil.
Como fazer quando a família precisa e não tem vaga na creche?
A legislação da educação nacional, no artigo 11 da Lei de Diretrizes e Bases (LBD), define que a educação infantil é atribuição do município e que a ele compete autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino. No caso de não ter vaga, as famílias devem procurar os conselhos municipais e reinvindicar os seus direitos. Lembrando, sempre, que o diálogo é a melhor forma.
E quando, no município, só há uma creche com um serviço não muito satisfatório, como as famílias devem proceder para melhorar a qualidade do ambiente e do atendimento prestados às crianças?
Um jeito de melhorar e qualificar a creche é a participação nos eventos que a instituição promove. A participação ativa dos pais ajuda e promove educação de qualidade. Nos encontros e reuniões, as famílias devem apresentar sugestões de melhorias e colaborar com os educadores para que aconteçam mudanças no ambiente escolar.
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Leia a entrevista na íntegra: 1256 - Entrevista com Ir. Veroni Medeiros - A hora de ir para o berçário ou creche (.PDF)
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
1256 - 26/10/2015 - A hora de ir para o berçário ou creche
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