Promover o debate sobre os problemas ambientais provocados pelo aquecimento global e seus impactos sobre as condições da vida no planeta. Esse é o objetivo da Campanha da Fraternidade 2011 lançada na Quarta-feira de Cinzas (9 de março) pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Com o tema “Fraternidade e a Vida no Planeta”, a CNBB reafirma nesta edição sua preocupação com a ecologia. A campanha mais antiga em torno do meio ambiente aconteceu em 1979, com o lema “Preserve o que é de todos”. “Há 32 anos já tínhamos essa preocupação com temas ecológicos”, lembrou d. Dimas Lara Barbosa, secretário geral da CNBB, no lançamento da campanha.
De acordo com a CNBB, o desenvolvimento da campanha seguirá uma estratégia com três passos. O primeiro passo é a mobilização das pessoas, comunidades, igrejas e sociedade para assumirem o protagonismo na construção de alternativas para a superação dos problemas socioambientais. Na sequência propor atitudes, comportamentos e práticas fundamentados em valores que tenham a vida como referência na relação com o meio mabiente. Por fim, denunciar situações e apontar responsabilidades no que diz respeito aos problemas decorrentes do aquecimento global.
Pastoral da Criança incentiva práticas de sustentabilidade
“Muito oportuna a proposta da Campanha da Fraternidade”, afirmou o gestor de relações institucionais da Pastoral da Criança, Clóvis Boufleur. “É preciso avançar no debate sobre a construção das condições para a sociedade conviver com o meio ambiente, sem estragar ou destruir”, disse ele, ao destacar as ações e o compromisso da instituição com as práticas de sustentabilidade.
Dentre as iniciativas desenvolvidas pela Pastoral da Criança está a educação das mães e demais familiares para a valorização da riqueza que o meio ambiente pode oferecer. Destaque especial para a valorização das plantas e às práticas complementares e seguras de saúde, naturais e caseiras, utilizadas tradicionalmente pelas avós.
Também em parceria com instituições como o Instituto Trata Brasil, a Pastoral da Criança divulga informações permanentes sobre os efeitos da falta de saneamento na vida das pessoas e sobre como prevenir as doenças com os habitos de higiene, como lavar as mãos.
O objetivo é motivar as comunidades para os hábitos saudáveis e fazer o controle social das obras de saneamento e dos serviços já existentes. Muitas vezes, as obras são mal feitas, o esgoto não é tratado e isso acaba poluindo córregos, rios ou fontes de água da comunidade.
A Pastoral da Criança está focada em seus objetivos e metodologia, acompanhando crianças e gestantes, observa Clóvis, “mas usa os meios de comunicação de que dispõe para difundir informações relacionadas ao saneamento”.