Acervo da Pastoral da Criança
A variedade na alimentação é um dos componentes essenciais para garantir o consumo dos nutrientes necessários para nossa saúde. Na infância, é preciso assegurar a formação de hábitos alimentares saudáveis, para que a criança, desde bebê, já se acostume com a diversidade de sabor dos alimentos.
Mesmo assim, algumas crianças podem desenvolver a chamada “seletividade alimentar” e é preciso ficar atento às causas e como tratar.
ENTREVISTA COM: Márcia Moscatelli de Almeida Rodrigues, nutricionista, da cidade de Balsa Nova, estado do Paraná.
O que é a seletividade alimentar?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a seletividade alimentar é um tipo de dificuldade alimentar. Esse termo, dificuldade alimentar, engloba qualquer quadro que afete negativamente a alimentação ou a nutrição da criança. Inclui o apetite limitado, o desinteresse pela comida, a fobia alimentar, que é o medo de comer ou a seletividade alimentar. A seletividade alimentar em si se caracteriza pela recusa ou predileção de alimentos por: cores, cheiros, sabores, texturas e consistências ou formas de preparo específicas e, consequentemente, uma ingestão de um número limitado de alimentos.
Márcia Moscatelli de Almeida Rodrigues, nutricionista, da cidade de Balsa Nova, estado do Paraná.
Quais são as características de uma criança que apresenta seletividade alimentar?
As crianças que apresentam seletividade alimentar leve são também conhecidas como crianças exigentes para comer. Elas comem uma menor variedade de alimentos que a média das crianças e não aumentam a variedade com exposição frequente. Já nos casos da ingestão altamente seletiva, também conhecida como aversão sensorial aos alimentos, existe uma dificuldade marcada pela recusa consistente de alimentos específicos que tenham sabor, textura, cheiro ou aparência particulares. Nesses casos, o comportamento vai além do medo de experimentar novos alimentos. É uma resistência mais intensa. Uma criança com seletividade alimentar pode comer só alimentos brancos, por exemplo, como arroz, macarrão, pão, leite. Ou só aceitar alimentos que sejam crocantes como as frituras. Em alguns casos, a criança pode até selecionar uma determinada marca de alimento.
Programa de rádio Viva a Vida 1688 - 29/01/2024 - Seletividade alimentar
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
Como tratar a criança que apresenta seletividade alimentar?
Muitas vezes é preciso que o tratamento seja conduzido por uma equipe multiprofissional, formada por terapêuta ocupacional, psicólogo, fonoaudiólogo e nutricionista. Comer é um ato aprendido, que envolve todos os sentidos. Antes de comer, a criança precisa primeiro tolerar a presença do alimento, interagir, cheirar, tocar e, então, provar. Em casos de seletividade alimentar severa, muitas vezes, a criança tem medo ou nojo do alimento. Então, antes de oferecer o alimento para a criança comer, é preciso ressignificar o alimento rejeitado, realizando brincadeiras e experiências com os alimentos. É possível fazer um colar com macarrão argolinha, carimbo de beterraba e cortar os alimentos em formatos divertidos. Tudo isso ajuda a despertar a curiosidade e criar experiências positivas.
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1688 - 29/01/2024 - Seletividade alimentar
3º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
A saúde compreende o completo bem-estar físico, mental e social. Ou seja, promover a saúde depende de cada um, do coletivo e das políticas públicas. A Pastoral da Criança conscientiza e trabalha em ações preventivas de saúde e nutrição para melhorar a saúde infantil no Brasil.
Dra. Zilda
“Como você já sabe, quando as crianças têm a feliz oportunidade de serem amamentadas só no peito até os seis meses e depois continuar até os dois anos ou mais, complementando suas necessidades com outros alimentos nutritivos, elas têm mais saúde e capacidade de amar, de perdoar e sentir-se felizes fazendo o bem.”
Papa Francisco
“As crianças são o futuro da família humana: cabe a todos nós promover o seu crescimento, saúde e serenidade”.