
Outubro é mundialmente conhecido pela cor rosa, que simboliza a luta contra o câncer de mama. No Brasil, os números são preocupantes: segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2025, cerca de 74 mil novos casos devem ser diagnosticados, o que faz desse o tipo mais comum entre as mulheres — responsável por aproximadamente 1 em cada 3 casos de câncer registrados no país.
Os avanços no tratamento são importantes, mas a chave está na prevenção e no diagnóstico precoce. “Quando o câncer é descoberto nos seus estágios iniciais, a cura em alguns deles pode chegar a 100%”, explica Maria Celestina Bonzanini Graziotin, enfermeira entrevistada pelo Programa Viva a Vida da Pastoral da Criança. Ela reforça que procurar o médico regularmente e realizar os exames de rastreamento são atitudes que podem salvar vidas.
Para marcar este Outubro Rosa, convidamos você a ler ou ouvir a entrevista completa com a profissional de saúde, que também fala sobre o câncer de colo de útero, outra doença grave que tem altas chances de cura se diagnosticada cedo.
Maria Celestina Bonzanini Graziotin, enfermeira, especialista em saúde materno-infantil e professora da Universidade Tuiuti, em Curitiba, Paraná..
ENTREVISTA COM: Maria Celestina Bonzanini Graziotin, enfermeira, especialista em saúde materno-infantil e professora da Universidade Tuiuti, em Curitiba, Paraná.
O que é o câncer de mama e como ele se desenvolve no corpo da mulher?
CELESTINA: O câncer de mama é uma doença causada pelo crescimento desordenado de células anormais na glândula mamária, que formam tumores ou nódulos. É importante esclarecer às mulheres que nem todo nódulo é maligno — existem também os benignos. Por isso, quando houver dúvida, é fundamental procurar um especialista ou profissional de saúde para examinar, orientar e tirar essas incertezas.
Programa de rádio Viva a Vida – 1775 – 29/09/2025 - Outubro Rosa
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
Quais sinais e sintomas devem acender o alerta nas mulheres e motivar uma ida ao médico?
CELESTINA: No câncer de mama, os sinais de alerta geralmente são visíveis ao espelho ou percebidos no toque. Podem incluir retração em alguma parte da mama, alteração no formato, mamilo retraído, secreção anormal (aquosa, avermelhada ou esverdeada), áreas avermelhadas na mama, surgimento de nódulos não só na mama, mas também na axila ou até no pescoço.
Em relação ao câncer de colo do útero, os sinais mais comuns são sangramento vaginal fora do período menstrual ou após relações sexuais, além de secreções vaginais incomuns. Esses sintomas exigem avaliação médica.
De que forma a informação e a conscientização podem ajudar na prevenção e no enfrentamento do câncer de mama e do colo do útero?
CELESTINA: Os profissionais de saúde têm papel fundamental na divulgação de orientações que toda a população precisa conhecer para evitar o câncer. Tanto o câncer de mama quanto o de colo do útero estão associados também ao estilo de vida. Alimentação saudável, não fumar, evitar o consumo de álcool, praticar atividade física regularmente e manter o peso sob controle são medidas essenciais.
Quando orientadas a adotar esses cuidados, as mulheres reduzem significativamente as chances de desenvolver não apenas esses dois tipos, mas também outros tipos de câncer.
TESTEMUNHO: Josemeri do Rocio Malucelli Pulsídes, coordenadora da Pastoral da Criança da Área Marumbi, Paróquia Nossa Senhora do Porto, Morretes, Paraná.
JOSEMERI: Os líderes da Pastoral da Criança orientam as mães a realizarem os exames preventivos para o câncer de mama e de colo do útero, pois são exames e rastreamentos essenciais para garantir a saúde da mulher, sempre disponíveis no Sistema Único de Saúde.
A Pastoral da Criança oferece apoio e solidariedade às mulheres que enfrentam a doença. Também incentivamos a vacinação contra o HPV, incluída pelo Ministério da Saúde no calendário vacinal para meninas e meninos.
Além disso, nossos líderes orientam sobre a adoção de hábitos saudáveis, a prática de exercícios físicos, a boa alimentação e a importância de evitar o consumo de álcool e cigarro.
Leia a entrevista na íntegra
1775 - 29/09/2025 - Outubro Rosa (.PDF)
Dra. Zilda
“Os serviços de saúde devem favorecer o acesso, ter boa qualidade e atender de forma humanizada, com carinho, respeito e dignidade”.