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Foto: Acervo da Pastoral da Criança

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o câncer infantojuvenil representa de 1 a 4% de todos os novos diagnósticos da doença a cada ano, e corresponde à segunda principal causa de óbito, depois dos acidentes. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) estima que, no mundo, 215 mil casos novos de câncer ao ano são diagnosticados em crianças menores de 15 anos; e cerca de 85 mil em adolescentes entre 15 e 19 anos. A SBP recomenda que o pediatra oriente as famílias a incorporarem ações de prevenção primária para evitar ou reduzir o desenvolvimento de câncer na vida adulta, com ênfase nos fatores associados ao modo de vida em todas as idades e com intervenções de combate a agentes ambientais e ocupacionais cancerígenos. Além disso, a entidade reforça que a amamentação materna contribui para reduzir as chances de desenvolver futuramente câncer de mama, de ovário e de útero, além de prevenir na criança o sobrepeso e a obesidade. Nós podemos fazer a diferença na prevenção do câncer. Saiba mais sobre o assunto na entrevista com o Dr. Hugo Martins de Oliveira, Médico Oncologista Pediátrico, que trabalha no Onco Center do Hospital Dona Helena de Joinville, Santa Catarina.

joareis fernandes de azevedo

Dr. Hugo Martins de Oliveira, Médico Oncologista Pediátrico, que trabalha no Onco Center do Hospital Dona Helena de Joinville, Santa Catarina.

ENTREVISTA COM: Dr. Hugo Martins de Oliveira, Médico Oncologista Pediátrico, que trabalha no Onco Center do Hospital Dona Helena de Joinville, Santa Catarina. O Dr. Hugo, quando criança, também teve câncer. Depois de vencer essa doença, ele decidiu se tornar médico para ajudar a curar o câncer de outras crianças.

Quais são os principais tipos de câncer infantil?

Primeiro, a leucemia que é a predominante; seguido dos tumores do sistema nervoso central que são os tumores que acometem a cabeça ou, então, a parte da coluna também; após, vêm os linfomas, popularmente chamados de ínguas e os outros dois, que são o neuroblastoma e também o nefroblastoma, que acontecem a cavidade abdominal, acometendo o rim ou a glândula próxima ao rim.

Quais são os principais sinais e sintomas a que os pais devem ficar atentos que podem sugerir a presença de um câncer infantil?

Os sinais e sintomas do câncer infantil são diversos. São eles: a febre persistente; a perda de peso inexplicada; dores de cabeça que geralmente desperta a criança do seu sono; as dores ósseas; vômitos persistentes; sangramentos não associados a traumas; alterações do comportamento, ou então neurológicos; infecções de repetição, as populares ínguas ou linfonodos; e o aumento do volume abdominal. Então, atenção, pais e cuidadores, se vocês identificarem alguns desses sinais e sintomas, levem seu filho ao especialista para que dessa forma possamos avaliar e chegar ao diagnóstico específico e cuidar do seu filho da forma adequada.

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida 1586 - 14/02/2022 - Câncer infantil - apoio às famílias

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

Qual é o papel da família no apoio ao tratamento do câncer infantil?

O papel da família é extremamente essencial e importante em todo o processo do tratamento do câncer, podendo acolher os seus próprios sentimentos frente à doença e ao adoecimento da criança em todos os níveis, seja ele no nível espiritual, no nível familiar, ou então, no nível profissional e também, principalmente, atingindo a criança. Tratando os seus medos, as suas angústias, os seus sentimentos e acolhendo da melhor forma para que, assim, nós possamos crescer e desenvolver a criança de forma saudável, além de sustentar a família de maneira saudável durante todo esse tratamento.

Qual é a importância das redes de apoio para as famílias que têm crianças com câncer?

É essencial. A gente trata a criança e o seu núcleo familiar, buscando fazer com que a família tenha saúde de forma integral e acolher o sentimento dessa família e desconstruir as crenças limitantes ou, então, as crenças que são inadequadas frente à morte, ao medo, ao tratamento, e trazer a forma da esperança, da crença positiva e da realidade, no enfrentamento real daquilo que é individual da criança e dessa família. Essa é a melhor forma de apoiar e acolher essa família.

Na sua opinião, que orientações os líderes da Pastoral da Criança podem dar quando visitam uma família que tem uma criança com câncer?

A principal ferramenta é o poder da escuta, o poder do ombro amigo, familiar e profissional para que possa estruturar essa caminhada, após compreender e ter discernimento, entregar aquilo que eles precisam, que é acima de tudo, a esperança.

Leia a entrevista na íntegra: 1586 - 14/02/2022 - Câncer infantil - apoio às famílias

 

 

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“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.”

A Pastoral da Criança contribui com ações efetivas para a sobrevivência e desenvolvimento integral da criança, por meio da participação ativa da própria família e a mobilização da comunidade. Saúde e bem-estar são fatores fundamentais para a qualidade de vida.

Dra. Zilda

“Que Deus abençoe a cada um que se dedica a garantir a qualidade de vida para todos”

Papa Francisco

‘“Que o Senhor inspire cada um de nós a estar próximo de quem sofre, sobretudo das crianças, e a colocar os frágeis em primeiro lugar”