Imagem: Marcelo Camargo/Agência BrasilO diabetes gestacional é uma condição que ocorre temporariamente durante a gravidez, quando as taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal, mas ainda abaixo dos valores do diabetes tipo 2. Segundo o Ministério da Saúde, toda gestante deve realizar o exame regularmente durante o pré-natal, já que a doença aumenta o risco de complicações na gravidez e no parto. Esse tipo de diabetes afeta entre 2% e 4% das gestantes e pode elevar as chances de a mãe e o bebê desenvolverem diabetes tipo 2 no futuro.
Mas afinal, o que causa o diabetes gestacional? Como ele afeta a mãe e o bebê? E será que quem tem essa condição na gravidez continuará com diabetes depois do parto? Essas e outras dúvidas são explicadas pela enfermeira Mariana Khater, entrevistada pelo Programa Viva a Vida da Pastoral da Criança. Ela fala sobre sintomas, fatores de risco, tratamento e cuidados no pré-natal, além de reforçar a importância da informação e do acompanhamento médico.
Leia a entrevista completa no site ou ouça o episódio no YouTube.
Mariana Khater, Enfermeira, Mestre em Tecnologia em Saúde e Especialista em Enfermagem Neonatal, que trabalha em Curitiba, Paraná.
Mariana Khater, Enfermeira, Mestre em Tecnologia em Saúde e Especialista em Enfermagem Neonatal, que trabalha em Curitiba, Paraná.
Quais são os sinais mais comuns de diabetes gestacional?
O diabetes gestacional, na maioria das vezes, não apresenta sintomas perceptíveis. Por isso, o diagnóstico é feito por meio dos exames de rotina do pré-natal. Algumas gestantes podem notar um pouco mais de sede, mais fome, aumento da frequência urinária, cansaço excessivo, visão turva ou embaçada e até mesmo enjoo e náuseas. Mas é importante saber que, durante a gestação, alguns desses sintomas — como cansaço e urinar com mais frequência — também fazem parte do próprio processo gestacional. Por isso, é necessário o acompanhamento e a realização dos exames para que o diagnóstico seja feito corretamente.
Programa de rádio Viva a Vida – 1781 – 10/11/2025 - Dia Mundial do Biabetes
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
Qual é a importância do acompanhamento pré-natal para a gestante com diabetes?
O pré-natal é fundamental para o controle e acompanhamento da gestante com diabetes. Ele possibilita o diagnóstico precoce por meio dos exames de rotina, que identificam o problema ainda no início.
O controle da glicemia, o acompanhamento médico e de enfermagem para manter níveis seguros de açúcar no sangue, os exames de imagem e de sangue, e o acompanhamento do crescimento e bem-estar do bebê são essenciais. Também é importante monitorar a pressão arterial da gestante.
Além disso, a equipe de saúde oferece suporte para que a mulher compreenda o tratamento, participe do plano terapêutico e siga corretamente as orientações. Todo o apoio necessário será oferecido durante o pré-natal.
A grande preocupação da gestante com diabetes gestacional é que seu filho ou filha nasça com diabetes. Isso pode acontecer, Mariana?
Apesar de ser uma preocupação comum, o bebê não nasce com diabetes por causa do diabetes gestacional da mãe.
O que pode acontecer é essa criança ter maior risco de desenvolver obesidade futuramente e, em alguns casos, diabetes tipo 2 ao longo da vida — especialmente se não mantiver hábitos saudáveis.
O melhor que a gestante pode fazer é controlar o diabetes durante a gravidez e, após o nascimento, manter uma rotina saudável para toda a família.
Leia a entrevista na íntegra
1781 - 10/11/2025 - Dia Mundial do Diabetes
3º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”
Reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 por 100 mil nascidos vivos.
Acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos.
Reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis (como o diabetes).
Dra. Zilda
“No acompanhamento da gestante mês a mês, através da visita domiciliar, você está melhorando o mundo, pelo benefício que leva à gestante e à criança, na partilha do saber e do amor fraterno”.
“Na vida há momentos de decepção e desânimo, e também a experiência da morte… Aprendamos com aquela mulher, com aquele pai: vamos a Jesus — Ele pode nos curar, Ele pode nos reviver. Jesus é a nossa esperança!”.
