De acordo com a psicóloga Dra. Amanda Kulik, é bem comum de se ver em boa parte das crianças pequenas algum medo em relação a uma mudança de casa, escola, de rotina ou algo específico. Por exemplo, lá pelos dois anos e meio até mais ou menos os quatro anos é bem comum medo de escuro, medo de monstro, medo de inseto, de aranha.

Quando a criança vai crescendo, esses medos vão se modificando: medo de agressão, medo de morrer, morte de alguém próximo da família ou até uma ansiedade quando precisam apresentar algum trabalho na escola.

As crianças também têm ansiedade. E existem crianças que têm muita ansiedade, por exemplo, que roem as unhas, chupam o dedo, tem insônia, pesadelos, tem falta ou excesso de apetite, se isolam, enrolam os cabelos e rangem os dentes de forma frequente. Essas são manifestações de ansiedade da criança e que se não forem tratadas poderão continuar na vida adulta.

A causa disso, muitas vezes, vem desde a gestação: uma gestante ansiosa, estressada, uma família que passa por momentos difíceis, pais que brigam, que são autoritários, perfeccionistas e que cobram responsabilidades das crianças que elas não conseguem dar. Tudo isso faz com que as crianças cresçam inseguras, indecisas, com medo de errar.

Durante o encerramento do Ano Especial do quinto aniversário da encíclica Laudato si*’ do Papa Francisco, em maio de 2021, o Santo Padre reforçou um pedido que vem fazendo desde o início de seu pontificado: o de que todos se unam para cuidar do planeta, da nossa “Casa Comum”. “Há esperança. Todos podemos colaborar, cada um com a própria cultura e experiência, cada um com as próprias iniciativas e capacidades, para que a nossa mãe Terra retorne à sua beleza original e a criação volte a brilhar novamente segundo o plano de Deus, disse ele.”

“Precisamos, portanto, de uma nova abordagem ecológica”, insiste Francisco na mensagem em vídeo, que seja direcionada à ecologia humana integral para envolver tanto questões ambientais como o homem na sua totalidade. Essa é a nossa grande responsabilidade diante das futuras gerações, conclui o Papa.

A ansiedade é considerada normal em todas as fases da vida e se manifesta quando surgem situações que podem nos desencadear emoções e sintomas para entrarmos em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário, impedindo reações e gerando prejuízos.

No caso de crianças, é importante que pais, cuidadores e educadores fiquem atentos aos sinais de ansiedade infantil em níveis além do normal, ou seja, quando pode se tornar prejudicial ao desenvolvimento mental e físico delas.