O Brasil é um país tão rico, onde infelizmente ainda vivem milhões de pessoas em estado de grande miséria. Nos grandes bolsões de pobreza, muitas crianças menores de cinco anos morrem por causas que poderiam ser facilmente prevenidas.
A diarreia ainda mata cerca de 3 milhões de crianças nos países em desenvolvimento, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A desidratação pode levar à morte devido a perda de água, sais minerais e potássio. Quando cuidadas adequadamente, a maior parte das crianças com diarreia evolui sem desidratação e, dentre aquelas que desidratam, 95% podem ser reidratadas por via oral. O soro caseiro é a maneira mais rápida de evitar a desidratação em adultos e crianças.
O soro caseiro na Pastoral da Criança
No início da Pastoral da Criança, a desnutrição, a fome e a desidratação eram as principais causas de mortes infantis. Para reverter esse quadro, a Pastoral da Criança adotou o uso do soro caseiro e dos sais de reidratação oral.
Dra. Zilda
“Vamos visitar para partilhar a solidariedade e o conhecimento que todas as líderes têm de como cuidar melhor das gestantes e das crianças para se desenvolverem com saúde”.
Papa Francisco
“Agentes pastorais realizam uma tarefa imensa acompanhando e promovendo os excluídos em todo o mundo, ao lado de cooperativas, dando impulso a empreendimentos, construindo casas, trabalhando abnegadamente nas áreas da saúde, desporto e educação”.
O soro caseiro é feito com água, sal e açúcar. O soro deve ser oferecido para prevenir a desidratação ou nos sintomas iniciais dela. A missão do líder da Pastoral da Criança não é só dar informação para a família acompanhada, é muito importante estar ao lado da mãe até que ela tenha confiança no Soro Caseiro. Além de ensinar os pais a fazer o soro caseiro, é preciso orientá-los a oferecer o soro sempre e em pequenas quantidades, observando os sinais de melhora.
Para evitar erros nas quantidades, a Pastoral da Criança utiliza uma colher-medida para o preparo. As colheres são distribuídas gratuitamente para as famílias, com crianças e gestantes, acompanhadas pela Pastoral da Criança no Brasil e nos demais 11 países em que a Pastoral da Criança atua.
A colher-medida do soro caseiro, adotada pela Pastoral da Criança, é plástica, com as medidas exatas de sal e açúcar, que devem ser adicionadas a um copo de 200ml de água limpa.
O preparo do soro caseiro leva duas medidas de açúcar e uma de sal.
Importante: o soro deve ser oferecido com colher ou no copo, e a quantidade feita deve ser tomada dentro de 24 horas. Se for necessário tomar soro por mais dias, deve ser preparada uma nova receita a cada dia.
2º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável”
A Pastoral da Criança estimula todas as famílias a terem uma alimentação mais natural, com alimentos frescos, orgânicos e bem higienizados. A hidratação constante, principalmente de crianças, com àgua potável, também é reforçada para evitar problemas de saúde, como a desidratação e a diarréia. Uma das medidas tomadas é o treinamento sobre Hortas Caseiras, levado até as famílias pelos líderes que caminham lado a lado na missão de levar vida plena.
Dia 24 de março - Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose
Campanha do Ministério da Saúde que estimula o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença que, no Brasil, registra cerca de 85 mil novos casos por ano.
A campanha veiculada em nível nacional em rádio, televisão e outros meios de comunicação atinge a população em geral e, também, os profissionais de saúde que atuam nas mais diversas áreas, através de materiais específicos.
Como instituição parceira do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (Ministério da Saúde), a Pastoral da Criança divulga informações sobre a doença que tem tratamento e cura. Atua principalmente na motivação dos líderes comunitários a promover ou participar de ações de prevenção da doença em seus municípios.
O principal sintoma da tuberculose é a tosse por mais de 3 semanas, que pode estar acompanhada de um dos seguintes sintomas: falta de apetite, perda de peso, cansaço, dor no peite, febre no fim do dia e suor noturno.
"Porque esse encanto que se tem no coração quando a gente coloca em prática para o bem da família, para o bem da comunidade: esse ano é sempre iluminado com a paz e o amor de Deus. Vamos trabalhar na Pastoral da Criança! Que a Pastoral da Criança é assim: quanto mais a gente se dá, mais Deus dá para a gente. "
Papa Francisco
“O Evangelho convida-nos a ser o ‘próximo’ dos pobres e abandonados, para lhes dar uma esperança concreta”.
A campanha realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, tem como meta vacinar 12,2 milhões de crianças entre 6 meses e menores de 5 anos, o que corresponde a 95% da população-alvo de 12,9 milhões de crianças no país.
Ao lançar a campanha nesta, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o poder de mobilização para a vacina chegar a todas as regiões do país. Cerca de 350 mil pessoas estarão envolvidas na realização da campanha. Serão utilizados 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais.
“Em muitos países, o vírus da paralisia infantil ainda circula, por isso é importante mantermos as nossas crianças protegidas do vírus. A ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), com a ampliação da oferta de vacinas, têm demonstrado a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS) de atingir os grupos alvos dos calendários de vacinação. Isso só reforça o nosso papel de liderar no mundo inteiro a campanha para erradicação da poliomielite”, ressaltou o ministro, lembrando que o PNI completa 40 anos em 2013.
No ano passado, foram vacinadas mais de 14 milhões de crianças, o que representou 99% do público alvo. Desde 2012, o Brasil passou a realizar somente uma etapa exclusiva da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, no mês de junho. No ano passado, todas as crianças até cinco anos incompletos participavam da campanha.
Entenda a campanha
Neste ano, o público alvo a ser vacinado na campanha é a partir dos 6 meses, com a vacina oral (VOP), as chamadas gotinhas. Isso porque as crianças menores de 6 meses já estão sendo vacinadas com a injetável (VIP) nos postos de vacinação. É importante reforçar que os pais não esqueçam de levar a caderneta de vacinação dos filhos para que o profissional de saúde possa avaliar a situação vacinal da criança, considerando o esquema sequencial (quadro abaixo).
Os pais devem levar a caderneta de vacinação dos filhos para que o profissional de saúde possa avaliar a situação vacinal da criança, considerando o esquema sequencial (quadro abaixo). “Além da proteção contra a pólio, a campanha contribui para atualização do calendário de vacinação. Caso esteja faltando alguma vacina, os pais podem programar junto com o posto de saúde a melhor data para a criança tomar as doses que estão faltando”, explicou o ministro.
Calendário básico de vacinação
Esquema sequencial para crianças que iniciam a vacinação contra a poliomielite
A campanha Novembro Azul começou na Austrália e logo se espalhou pelo mundo, com o objetivo de alertar os homens para a importância de cuidar da saúde, especialmente da prevenção do câncer de próstata.
O câncer de próstata é o segundo mais comum e também é a segunda maior causa de morte por câncer entre os homens. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima mais de 70 mil novos casos da doença por ano até 2025.
Como em todos os tipos de câncer, descobrir a doença no início é fundamental para aumentar a chance de sucesso no tratamento. E a maior dificuldade é fazer com que os homens façam os exames necessários, seja por falta de hábito ou por preconceito.
Neste mês de novembro, a Pastoral da Criança reforça suas orientações nas comunidades para incentivar a prevenção da saúde do homem. É a oportunidade de mostrar aos pais e avôs que eles podem ser exemplos a seus filhos e netos também como homens que se cuidam.
Gean Souza Soares, enfermeiro da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.
ENTREVISTA COM: Gean Souza Soares, enfermeiro da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.
O que é o câncer de próstata e quais são os principais sintomas?
GEAN:
O câncer, como o próprio nome já diz, é um tumor que se desenvolve na próstata e os principais sintomas incluem dificuldade para urinar, dificuldade no jato urinário, pouca urina quando você vai urinar, necessidade frequente de urinar, sangue na urina ou no sêmen, quando o homem vai ejacular, dor na região pélvica, perda inexplicada de peso, perda repentina do peso. E quando está em estados avançados, o homem também pode sentir dor óssea, dor nos ossos.
Por que fazer os testes de câncer de próstata e quais são esses testes?
GEAN:
De acordo com o Ministério da Saúde, realizar os testes de câncer de próstata, como o toque retal e o PSA, é essencial para detectar precocemente esse tipo de câncer, aumentando as chances de tratamento eficaz e aumentando também a qualidade de vida dessas pessoas. Hoje em dia, é muito mais fácil identificar o câncer de próstata, porque primeiro que o homem tem esse preconceito por conta da questão do toque retal. Esse é o maior preconceito. Mas hoje em dia a gente tem o exame de PSA, que é um exame feito através do sangue, da coleta de sangue. Somente se der alguma alteração no PSA será necessário o médico fazer um toque retal. Aí sim, se ele identificar alguma alteração no toque retal, é feita a coleta para fazer uma biópsia. A biópsia é o último exame a ser realizado para essa detecção.
Programa de rádio Viva a Vida 1728 - 04/11/2024 - Novembro Azul
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança. Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
Gean, qual é a sua mensagem para a Campanha Novembro Azul?
GEAN:
Então, a minha mensagem para essa campanha neste mês é destacar a importância da prevenção e o cuidado da saúde masculina, especialmente do câncer de próstata. É um momento para conscientizar sobre a realização desses exames de modo regular e sobre os hábitos saudáveis de vida. Incentivamos também a buscar orientação médica e adotar um estilo de vida equilibrado para um futuro saudável. O câncer de próstata, quando identificado precocemente, tem chance de cura é alta.
"Garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades"
3.4 Até 2030, reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar.
Dra. Zilda
“Os serviços de saúde devem favorecer o acesso, ter boa qualidade e atender de forma humanizada, com carinho, respeito e dignidade”.
Papa Francisco
“Não devemos nunca assustar-nos com as dificuldades, somos capazes de as superar todas: só é preciso tempo para a compreender, inteligência para procurar o caminho e coragem para avançar, mas nunca assustar-se”
A Lei Maria da Penha completa 18 anos neste mês de agosto. A lei estabelece medidas para proteger as vítimas, como a criação de juizados especiais de violência doméstica, a concessão de medidas protetivas de urgência e a garantia de assistência às vítimas.
Apesar das garantias da lei, a violência contra a mulher continua aumentando no país. Chama atenção o crescimento dos casos de feminicídio, quando a violência chega ao extremo. Em 2023, 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio e 2.797 sofreram tentativas de feminicídio.
#FeminicídioZero
A campanha Feminicídio Zero surge para que nenhuma violência contra a mulher seja tolerada e para ajudar a perceber uma situação de violência contra a mulher, enfrentá-la e interrompê-la, antes que chegue ao feminicídio.
O líder da Pastoral da Criança, por atuar diretamente em contato com as famílias, pode contribuir com a redução do feminicídio no Brasil. Muitas vezes, as mulheres vítimas de violência deixam de procurar ajuda por vários motivos, como a vergonha ou o medo. O líder pode perceber situações como essa e orientar. Na entrevista a seguir vamos explicar melhor como fazer esse trabalho.
Novo Disque 180
Importante lembrar também que o governo federal lançou recentemente o Novo Disque 180, uma importante forma de Atendimento à Mulher.
Nessa central telefônica, o atendimento é feito exclusivamente por mulheres, a fim de garantir uma assistência humanizada à mulher em situação de violência, que tende a se sentir menos desconfortável ou inibida.
O líder da Pastoral da Criança também pode compartilhar com as famílias os 10 Mandamentos para a Paz Na Família. O documento contém os princípios que regem a mensagem de paz que o líder partilha com as famílias que acompanha. São lições de respeito, união familiar, direitos e deveres.
Violência infantil
A violência contra a mulher não é o único tipo de violência doméstica. Milhares de crianças sofrem agressões dentro de casa no Brasil.
O líder da Pastoral da Criança pode ajudar a identificar sinais de uma criança que está em um ambiente violento. Elas podem apresentar problemas de comportamento, agressividade, mudanças de humor, excessiva tristeza, sentimento de abandono, dificuldade para fazer amigos e baixa autoestima.
Na entrevista a seguir, a advogada e integrante da Equipe Técnica da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança, Lady Anne Cardoso, explica mais sobre a violência doméstica e o papel da Pastoral da Criança, das famílias, da sociedade e do governo para combatê-la.
ENTREVISTA COM: Lady Anne Cardoso, Advogada e Membro da Equipe Técnica da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança. Lady Anne, seja bem-vinda!
Lady Anne, o que é violência doméstica?
A violência doméstica refere-se a qualquer forma de abuso, violência ou maus-tratos que ocorrem no contexto de um relacionamento íntimo ou familiar. Podemos dizer que este tipo de violência acontece entre pais e filhos, entre parceiros e até entre cuidadores e idosos.
A violência doméstica normalmente só costuma ser denunciada quando envolve agressão física, até por ser mais fácil de perceber. Só que a agressão também pode ser psicológica, verbal, emocional, sexual, moral e econômica.
A própria situação de negligência nas necessidades básicas de alimentação, vestuário, saúde e higiene, especialmente quando se trata de crianças, idosos ou pessoas com deficiência, é considerada como um tipo de violência.
Lady Anne Cardoso, Advogada e Membro da Equipe Técnica da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.
Quais são os sinais que ajudam a identificar possíveis casos de violência doméstica?
Há sempre um silêncio em torno da violência doméstica e saber identificar alguns dos principais sinais é fundamental para fornecer ajuda e apoio às vítimas.
Uma criança gerada no aconchego familiar e nas relações de afeto tem melhores condições de desenvolvimento e cuidado, ela sofre menos com o estresse. Por outro lado, aquela que é educada em um clima hostil e de violência familiar pode apresentar várias dificuldades ao longo do seu desenvolvimento.
Elas podem apresentar:
problemas de comportamento
agressividade
mudanças de humor
excessiva tristeza
sentimento de abandono
dificuldade para fazer amigos
baixa autoestima.
Essas vítimas se isolam de grupos e não participam de brincadeiras, apresentam relutância em sair de casa ou em participar de eventos sociais, além de problemas escolares, como queda no desempenho escolar e falta de concentração. Também podem apresentar sinais físicos, lesões inexplicáveis com relatos de supostos acidentes.
As crianças podem ainda apresentar um medo incomum de adultos ou de figuras de autoridade, ansiedade ou até mesmo comportamento muito submisso.
Reconhecer esses sinais pode ser o primeiro passo para ajudar uma pessoa em situação de violência doméstica. E apesar de ter aqui destacado mais em relação às crianças, a maioria se aplica às demais vítimas.
Se você suspeita que alguém está sendo vítima de violência doméstica, é importante abordar a situação com sensibilidade e oferecer apoio, encorajando-a a buscar ajuda profissional.
Programa de rádio Viva a Vida 1716 - 12/08/2024 - Combate à violência doméstica
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança. Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
Os conflitos familiares muitas vezes são inevitáveis. Lady Anne, como é possível lidar de modo saudável com esses conflitos?
A Pastoral da Criança vem fazendo permanentemente a Campanha pela paz nas famílias. Certamente, você já deve ter lido os “Dez Mandamentos para a Paz na Família”. É muito importante você ler estes Mandamentos junto com as famílias nas reuniões da comunidade, no dia da Celebração da Vida, nos encontros e reuniões.
Oriente as famílias que em um lar em que existe amor, respeito e diálogo, as crianças crescem mais saudáveis e felizes. Todos se sentem bem, porque a vida em harmonia reforça os laços de amor e torna a família mais forte e unida.
Está provado também que crianças maltratadas em seus primeiros anos de vida têm uma tendência significativa à violência. Então, é preciso prevenir. E o melhor jeito de prevenir é o amor, o diálogo e o perdão.
“Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis”.”
Dra. Zilda
"A paz começa dentro de cada pessoa e é transmitida aos outros".
Papa Francisco
“Almejo paz a todo o homem, mulher, menino e menina, e rezo para que a imagem e semelhança de Deus em cada pessoa nos permitam reconhecer-nos mutuamente como dons sagrados com uma dignidade imensa. Sobretudo nas situações de conflito, respeitemos esta ‘dignidade mais profunda’ e façamos da não-violência ativa o nosso estilo de vida."