Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 2 milhões de casos de aborto espontâneo, gestações que terminam naturalmente antes da 22º semana, são registrados no Brasil, por ano. A maioria dos casos (80%) é precoce, ou seja, ocorre antes da 12ª semana, depois disso, é considerado tardio. Vale destacar que, em 65% das vezes, a interrupção da gravidez ocorre antes mesmo da mulher descobrir ou ter a confirmação de que estava grávida.
As causas mais comuns são: a má formação do feto, que impede o desenvolvimento do bebê; e gravidez ectópica, quando o embrião se desenvolve fora do útero.
Mas, as chances de aborto espontâneo aumentam quando: a mulher tem mais de 40 anos (nessa faixa etária, os riscos praticamente dobram em relação à faixa dos 20 anos), o homem tem mais de 55 anos, existe histórico (dois ou mais consecutivos) de abortos e de problemas congênitos e genéticos na família, presença de infecções, como sífilis e HIV, e doenças autoimunes, hábito de fumar, beber ou usar drogas e a utilização de certos medicamentos, entre eles: anti-inflamatórios não esteróides, entre outros.
Depois de um aborto espontâneo, é bom que o casal e a família procurem, junto com o médico, descobrir quais são as possíveis causas do aborto e como se preparar, se for o caso, para ter outro filho.
Nesse tema semanal você poderá ler e ouvir uma entrevista com a Dra. Maria Sara de Lima Dias, Psicóloga e Professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Boa leitura!