Atuação da Pastoral da Criança no bairro de Alpes do Guaçu em São Roque (SP), a partir de 2002, melhora as condições de saúde das crianças e mobiliza a comunidade para reivindicar serviços públicos
A inspiração bíblica da missão da Pastoral da Criança é também uma frase que a Dra. Zilda sempre repetia: “eu vim para que todas as crianças tenham vida e vida em abundância”, Jo 10, 10. Quem teve a feliz oportunidade de conviver com ela ouviu muitas vezes também sobre a importância da linda missão pela promoção e o desenvolvimento das crianças, gestantes e suas famílias.
Segundo o estatuto, nossa missão é promover o desenvolvimento das crianças, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, do ventre materno aos seis anos, por meio de orientações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, fundamentadas na mística cristã que une fé e vida, contribuindo para que suas famílias e comunidades realizem sua própria transformação.
É por este motivo que a Pastoral da Criança atua em todo o Brasil, acompanhando mais 360 mil crianças, mais de 18 mil gestantes e suas famílias, zelando pelo cuidado desde o nascimento e durante toda a primeira infância. Para que isso aconteça, mais de 42 mil voluntários estão mobilizados, sendo 33 mil líderes. Juntos, eles levam a missão Pastoral da Criança para mais de 2.600 municípios ,em mais de 16 mil comunidades.*
Além disso, está presente em outros 11 países da América Latina, África e Ásia: Guiné-Bissau, Haiti, Peru, Filipinas, Moçambique, Bolívia, República Dominicana, Guatemala, Benin, Colômbia e Venezuela.
Nossa missão, desde 1983, é continuar sendo a presença do amor solidário de Deus neste mundo. Cada um de nós deve continuar o caminho de solidariedade, da partilha fraterna, da missão que nasce da fé em favor da vida, e que tem se multiplicado de comunidade em comunidade.
A presença dos líderes na casa e na vida das famílias mais pobres é a manifestação viva do amor de Deus para com os mais frágeis, para com aqueles que mais necessitam da bondade e do carinho de Deus. Por isso, eles são a grande força que move a Pastoral da Criança.
Juntos, os líderes e voluntários realizam muito mais do que as importantes ações básicas e complementares. São, na prática, o exercício diário da solidariedade, da amizade e do amor ao próximo. Na convivência com a comunidade, além da partilha de conhecimento sobre saúde, nutrição, educação e cidadania, há doação de tempo, de escuta e a compreensão dos saberes dos outros, das diferenças e particularidades de cada local. Por vezes, os líderes e voluntários da Pastoral da Criança são os únicos que entram em casas de difícil acesso e constroem com as famílias uma relação de confiança que é levada para a vida toda. Em outros casos, chamam atenção das autoridades e fazem valer, junto com seus vizinhos, os direitos das crianças e gestantes daquela comunidade, ou para resolver uma situação de dificuldade.
Para melhorar ainda mais este trabalho, a Pastoral da Criança desenvolveu o aplicativo Visita Domiciliar e Nutrição, que, além de auxiliar nosso voluntariado no acompanhamento às famílias, também possui um módulo de comunicação entre os voluntários, as famílias acompanhadas, coordenadores e multiplicadores. Com isso, são mais pessoas recebendo a melhor e mais relevante informação possível e com celeridade.
Temos certeza que a dedicação dos voluntários da Pastoral da Criança ajuda a produzir no Brasil uma mudança de mentalidade sobre os cuidados com a criança. As comunidades descobriram a sua força transformadora. Milhares de pessoas se sentem valorizadas onde vivem, sabem dialogar, assumem compromissos para melhorar a realidade em que vivem, fazem história e contribuem para a continuidade da história e a construção de uma sociedade de paz e solidariedade.
* Sistema de Informação da Pastoral da Criança, 3º trimestre de 2021.
Disponível em -- http://www.pastoraldacrianca.org.br – [ 2021 out 20 ]
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A missão da Pastoral da Criança é promover o desenvolvimento das crianças, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, do ventre materno aos seis anos, por meio de orientações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, fundamentadas na mística cristã que une fé e vida, contribuindo para que suas famílias e comunidades realizem sua própria transformação.
Atuação da Pastoral da Criança no bairro de Alpes do Guaçu em São Roque (SP), a partir de 2002, melhora as condições de saúde das crianças e mobiliza a comunidade para reivindicar serviços públicos
Nas comunidades com Pastoral da Criança, acontece todo mês o Dia da Celebração da Vida e é muito bom que existam pessoas para organizar um espaço para as brincadeiras, enquanto os líderes pesam as crianças e conversam com suas famílias. Já temos os brinquedistas que atuam nesse dia, mas eles são poucos. Estamos querendo que a maioria das comunidades com Pastoral da Criança tenha um brincador.
Pai santo, vosso Filho Jesus,
Conduzido pelo Espírito
E obediente à vossa vontade
Aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
Tornai-nos missionários
A serviço da juventude.
O Brasil está entre os cinco países que mais diminuíram a mortalidade infantil nos últimos vinte anos. Igualmente, reduziu pela metade a taxa de mortalidade materna. O trabalho da Pastoral da Criança, por meio de seus milhares de voluntários, contribuiu significativamente para estes resultados, assim como as ações de atenção básica do Sistema Único de Saúde, o SUS. O apoio integral às gestantes - orientação e supervisão nutricional das futuras mães, encaminhamento para as consultas de pré-natal e preparação para o aleitamento materno – é fator decisivo para o país atingir as metas de redução de mortes materno-infantis.
Esses tempos, estudando o evangelho de João com um grupo, novamente me deparei com a fantástica imagem da irmandade como modelo de vida com Jesus e Deus. “Não vos chamo mais de servos, mas de amigos”. Penso que vale muito a pena ler toda semana da Quaresma o capítulo 15 do Evangelho de João.
Essa é uma intuição desde o movimento de Jesus. Somos irmãs e irmãos entre nós. Não temos um dono e não somos servos de ninguém. Deus é nosso Pai e não dono ou patrão. Essa espiritualidade expressa pela organização da vida cotidiana deve ser um critério de avaliação quando nos preparamos para a grande festa do Aleluia – a Ressurreição de Jesus. A festa do Corpo de Cristo, vivo e cheio de movimento a favor da vida e da libertação. É isso que Deus quer: libertação, vida, felicidade, plenitude, mesa suficiente, direitos garantidos.