rede cegonhaIncentivar o parto normal humanizado e intensificar a assistência integral à saúde das mulheres e crianças na rede de saúde pública. Essa é a ideia da Rede Cegonha, lançada em 2011 pelo governo federal. O acompanhamento acontece durante o pré-parto, parto e pós-parto. Esse olhar humanizado em relação à gestação e ao parto tem como objetivo reduzir, cada vez mais, a taxa de mortalidade materna e neonatal e as ocorrências de cesarianas desnecessárias, por meio das instituições que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2012, estima-se uma queda de 21% de mortes maternas.

Mas, infelizmente, o cenário de mudança no olhar dedicado à gestação, ao parto e pós-parto não se efetivou em todo o país. Atualmente, a Rede Cegonha está em 5.488 municípios que desenvolvem a ação a partir do item pré-natal. Ações como a implantação de Centros de Parto Normal (CPN), onde a mulher é acompanhada por uma enfermeira obstetra ou obstetriz, em um ambiente preparado para que possa exercer as suas escolhas, como se movimentar livremente e ter acesso a métodos não farmacológicos de alívio da dor, são uma realidade em poucos municípios e hospitais públicos do Brasil.

Práticas de atenção ao parto e nascimento

A Rede Cegonha prevê ainda outras práticas de atenção ao parto e nascimento, a partir dos referenciais da Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Política Nacional de Humanização:

1) Presença de acompanhante de livre escolha da mulher durante toda a internação;
2) Acolhimento e classificação de risco na organização dos fluxos de atendimento;
3) Uso de métodos não farmacológicos de controle da dor;
4) Parto em posição não supina;
5) Oferta de líquidos durante o trabalho de parto;
6) Contato imediato, pele a pele, entre mãe e bebê;
7) Amamentação na primeira hora de vida;
8) Clampeamento de cordão umbilical em tempo oportuno (de 1 a 3 minutos).

Além de ações práticas de atendimento, a Rede Cegonha prevê ainda a formação e a capacitação dos profissionais que atendem essas mulheres, como enfermeiras obstétricas, consideradas profissionais estratégicas para a mudança no modelo de atenção obstétrico e neonatal.

Assista aos vídeos e conheça mais sobre a proposta.

*Com informações da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde.