A Arquidiocese de São Paulo celebrou missa de um ano de falecimento da Dra. Zilda Arns, na Catedral da Sé, no dia 12 de janeiro. “Como Igreja em São Paulo queremos dar nosso apoio à Pastoral da Criança e à Pastoral da Pessoa Idosa para que sejam acolhidas e apoiadas em todas as nossas paróquias e comunidades. São medidas simples que podem ser aprendidas pelas mães e famílias. O ideal de Dra. Zilda, inspirado pela fé, fez com que colocasse sua formação profissional a serviço do próximo, formando uma rede de voluntariado. A fé é capaz de transformar a vida das pessoas”, afirmou o Cardeal Dom Odilo Scherer.

A celebração contou com a presença das coordenadoras da Pastoral da Criança dos setores da Arquidiocese, da liderança, de padres ligados às Pastorais Sociais, do senador Eduardo Suplicy e do deputado estadual Adriano Diogo. No final da missa, Dom Odilo pediu apoio aos parlamentares presentes ao trabalho da Pastoral da Criança, da Pastoral da Pessoa Idosa e de outras Pastorais Sociais, como a Pastoral do Menor.

“Dona Zilda, ao longo de sua vida, foi um exemplo extraordinário de dedicação para desenvolver oportunidades às crianças de viverem com dignidade. O trabalho da Pastoral da Criança é fundamental ao chamar atenção de que toda criança do nosso Brasil tem direito à vida, à dignidade, à moradia, à educação e que, sobretudo, possa se desenvolver com saúde. O apelo de Dom Odilo Scherer para que continuemos a seguir o exemplo de Dona Zilda e a prática da Pastoral da Criança é muito importante”, disse Suplicy.

Solidariedade

Para o senador, Dra. Zilda nos traz a lembrança de que podemos nos solidarizar com o Haiti. Ele acredita que o apoio do governo brasileiro ao país é importante. Já a Arquidiocese de São Paulo enviou cinco missionários para o Haiti. A coleta da missa foi revertida para a ação, que também conta com doações por meio da Caritas Arquidiocesana (Banco Itaú, Agência 0057, Conta corrente 17.627-3).

Dom Odilo Scherer estimulou a solidariedade durante a missa e incentivou ações humanitárias e de voluntariado em socorro à infância e aos idosos, especialmente, das atingidas por catástrofes como ocorreu no Haiti e pelas chuvas que assolam atualmente o Brasil.

O cardeal ainda sugeriu que o dia 12 de janeiro seja escolhido como uma data comemorativa da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, em que se possa celebrar a vida que continua em todas as comunidades e o exemplo encorajador de Zilda Arns.

Continuidade dos trabalhos

As coordenadoras e líderes presentes na missa têm se empenhado para dar continuidade aos trabalhos em São Paulo. “Mais do que nunca temos que valorizar o aprendizado que Dra. Zilda deixou para todos nós e provar a cada dia que nosso trabalho não vai morrer. A Pastoral da Criança é muito bem estruturada e está enraizada dentro da gente”, acredita a coordenadora da Pastoral da Criança no Setor Ipiranga, Cecília Valverde.

Já para a coordenadora da Pastoral da Criança no Setor Santana, Cristina Bonfanti, o trabalho continua da mesma forma que foi ensinado pela fundadora, “com carinho e humildade”. “Dra. Zilda nos dá força. O trabalho dela não acabou”, completa Cristina. Nos momentos de dificuldades, a coordenadora do Setor Sé, Maria Helena Carvalho Pina, procura se espelhar em Dra. Zilda e dar continuidade ao trabalho. “Temos que nos unir”, aconselha.

“Em todas as comunidades sempre nos lembramos de Dra. Zilda. Perdemos uma mãe, mas as reuniões se fortaleceram. Nos abalamos pela perda, mas o trabalho floresceu”, conclui a coordenadora da Pastoral da Criança no Setor Belém, Cida Raffanini.

 

Texto: Cristiane Reimberg