O pequeno percurso que leva ao túmulo da Dra. Zilda Arns no Cemitério Água Verde em Curitiba-PR é trilhado pelos participantes do I Encontro Regional sediado na capital paranaense. Emoção. Comoção. Memórias. Recordações. A convivência com a fundadora da Pastoral da Criança rompera o silêncio do local onde jaz o corpo daquela que soubera doar a própria vida em defesas dos pequeninos. Vítima do terremoto no Haiti ano passado.

 

Oração. Prece. Louvor. Vozes a ecoar em tom fúnebre. Recordara momentos de conversas e convivência com Dra. Zilda. “Morrera de pé com seu ardor missionário!”, expressara uma coordenadora.

Pedido de um bispo. Trouxera do MT. Rezar uma Ave Maria por intercessão da Dra. Zilda Arns. Olhar a realidade sofrida do povo do Xingu-MT. Todos em oração. Preservar os povos da floresta e ribeirinhos ameaçados.

A “mulher do sorriso de Deus”! Outra voz. “Mãe da Pastoral da Criança, roga por nós e para a Pastoral criar raízes profundas que jamais os anos haverão de apagar!”.

Carinho, atenção e alegria. Gestos característicos da Dra. Zilda. Recordados pela sobrinha e coordenadora de um dos Núcleos da Pastoral da Criança no estado catarinense Marly Terezinha Arns.

Ousadia e paixão. Soubera enfrentar situações adversas. Lembrara a coordenadora nacional da Pastoral da Criança Ir. Vera Lúcia Altoé. Indicar uma medida de sal. Duas de açúcar em um copo com água. Receitara Zilda Arns. Milhares de vidas da desnutrição foram salvas. “Muitos riram de mim”, recordara uma visitante ao túmulo a fala da médica no início da Pastoral da Criança. Falta de credibilidade de alguns. Não acreditar no soro caseiro. Mas continua a ser pequenos gestos a salvar crianças. Assim o foi!

É memória histórica. É seguimento a Jesus de Nazaré. “Em primeiro lugar as líderes”, assim Dra. Zilda se expressava. Referência a importância das líderes voluntárias. Primeiras na concretização das Ações Básicas de Saúde junto às famílias pobres.

A súplica! Firmeza para as líderes e comunidades. “É semente que se planta. São frutos que se colhe”. Canção do líder cearense Romildes. Premissa verdadeira. A Pastoral da Criança hoje é presente em quase 43 mil comunidades do Brasil e em 22 países do mundo.

Motivados de esperança os coordenadores da Pastoral da Criança deixaram o túmulo da Dra. Zilda Arns que, junto, jaz o marido, dois filhos e uma neta. A pedra cobre o corpo daquela que intuíra e testemunhara o Evangelho. Seguidora fiel. Digna do letreiro no seu sepulcro: “felizes os que promovem a paz”.

Colaboração: Ir. Núbia Maria da Silva (IMC) / Ação Comunicação Popular