A sífilis congênita é uma doença transmitida pela mãe com sífilis não tratada para a criança durante a gestação. Esse tipo de transmissão é conhecido como transmissão vertical.

A quantidade de casos de sífilis congênita e de mortes de crianças por causa da doença têm aumentado na última década, o que reforça o alerta para os cuidados.

Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita

Mortalidade por sífilis congênita

De acordo com o novo Boletim Epidemiológico da Sífilis, entre 1998 e 2023 foram registradas 3.554 mortes por sífilis congênita em crianças menores de 1 ano de idade.

Em dez anos, de 2013 a 2023, o coeficiente de mortalidade infantil por sífilis congênita aumentou 39,4%, passando de 5,5 para 7,7 mortes por 100.000 nascidos vivos.

Coeficiente de mortalidade infantil por sífilis congênita por 100.000 nascidos vivos segundo região de residência, entre 2013 e 2023

Casos de sífilis congênita

Entre 1999 e 30 de junho de 2024, foram confirmados 344.978 casos de sífilis congênita em menores de 1 ano de idade no Brasil.

O número de casos, que vinha apresentando aumento ano a ano, passou a exibir sinais de estabilidade a partir de 2021 e, em 2023, mostrou uma discreta redução.

Taxa de incidência de sífilis congênita em menores de 1 ano de idade por 100.000 nascidos vivos segundo a região de residência, entre 2013 e 2023Taxa de incidência de sífilis congênita em menores de 1 ano de idade por 100.000 nascidos vivos segundo a região de residência, entre 2013 e 2023

Prevenção

A prevenção da sífilis congênita é realizada por meio de pré-natal adequado e com qualidade. É fundamental que o teste para sífilis seja feito por todas as gestantes, pelo menos no primeiro e no terceiro trimestre de gestação.

As gestantes com diagnóstico de sífilis devem ser tratadas e acompanhadas adequadamente, assim como seu parceiro sexual, para evitar reinfecção após o tratamento.

Tratamento

O tratamento da Sífilis é feito principalmente com antibiótico injetável, (penicilina), que são eficazes em todos os estágios da doença. Alternativas à penicilina também estão disponíveis para as pessoas alérgicas. O tratamento correto durante a gestação evita a transmissão da bactéria para o bebê.

Sinais e sintomas

A maior parte dos bebês com sífilis congênita não apresenta sintomas ao nascimento. No entanto, as manifestações podem surgir nos meses seguintes. São complicações da doença: aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação, surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer.

Tema da semana
A prevenção à sífilis congênita é o tema desta semana da Pastoral da Criança. Clique aqui para ler a entrevista com a Dra. Angélica Espinosa Miranda, Professora do Departamento de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo.

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