1725 entrevista

Foto: Arquivo/MDS

O Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita é celebrado no terceiro sábado do mês de outubro, que em 2024 será no dia 19. A Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum.

A doença tem registrado aumento de casos nos últimos anos, inclusive da sífilis congênita, que é quando a bactéria é transmitida da gestante para o bebê durante a gravidez (transmissão vertical).

Sífilis congênita | Informações, diagnóstico e tratamento

Em todo o Brasil, a taxa de detecção de sífilis em gestantes saltou de 5,7 a cada mil em 2012 para 32,4 a cada mil em 2022. Já a taxa de incidência de sífilis congênita passou de 4 para cada mil nascidos vivos em 2012 para 10,3 para cada mil nascidos vivos em 2022. Ao longo desses dez anos, observa-se também o aumento do número de casos de aborto (+145,1%) e natimorto (+19,1%) por sífilis.

A sífilis também pode causar outras consequências à criança, como má-formação, problemas neurológicos, anemia e baixo peso.

Prevenção

A prevenção da sífilis congênita é realizada por meio de pré-natal adequado e com qualidade. É fundamental que o teste para sífilis seja feito por todas as gestantes, pelo menos no primeiro e no terceiro trimestre de gestação.

As gestantes com diagnóstico de sífilis devem ser tratadas e acompanhadas adequadamente, assim como seu parceiro sexual, para evitar reinfecção após o tratamento.

Tratamento

O tratamento da Sífilis é feito principalmente com antibiótico injetável, (penicilina), que são eficazes em todos os estágios da doença. Alternativas à penicilina também estão disponíveis para as pessoas alérgicas. O tratamento correto durante a gestação evita a transmissão da bactéria para o bebê.

ENTREVISTA COM: Dra. Angélica Espinosa Miranda, Professora Titular do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Espírito Santo.

O que é a Sífilis Congênita?

DRA. ANGÉLICA:

A Sífilis congênita ocorre quando a infecção é transmitida da mãe para o bebê, durante a gravidez ou o parto. É um grande problema de saúde pública no Brasil, porque é uma doença que pode ser evitada se a gestante tiver o acesso a um diagnóstico precoce e ao tratamento adequado durante a gravidez.

Que consequências a Sífilis traz para o bebê?

DRA. ANGÉLICA:

A Sífilis pode causar graves consequências para o bebê, como os casos de natimorto, em que a criança já nasce morta, ou aborto, que é a perda do bebê durante a gravidez. Mas ela também pode causar má-formação congênita, com problemas ósseos, dentes deformados e outras anomalias físicas, que é o que a gente chama de Sífilis congênita tardia. A sífilis também pode causar problemas neurológicos, como atraso do desenvolvimento, convulsões, cegueira, icterícia, anemia e baixo peso ao nascer. Então, é muito importante que se garanta o diagnóstico precoce e o tratamento adequado durante a gravidez.

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida 1725 - 14/10/2024 - Dia Nacional de combate à Sífilis

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

Dra. Angélica, qual é a importância do pré-natal no controle da Sífilis?

DRA. ANGÉLICA:

Os principais aspectos que destacam a importância do pré-natal no controle da Sífilis são a possibilidade dessa gestante ter acesso a um diagnóstico precoce, pois a identificação da Sífilis pode ser feita no início da gravidez, permitindo um tratamento rápido e evitando a passagem da bactéria para a criança.

 

Leia a entrevista na íntegra

1725 - 14/10/2024 - Dia Nacional de combate à Sífilis (.PDF)

 

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Dra. Zilda

“Além do acompanhamento da gestante, é muito importante que você, líder, converse com os articuladores, o pessoal do Conselho de Saúde, para ver se o atendimento oferecido pelo Sistema de Saúde local está de acordo com as necessidades do pré-natal”.