Mais de 170 países se comprometeram a assinar ainda nesta sexta (22 de abril) o acordo sobre o clima, concluído em Paris, em dezembro de 2015. A cerimônia de assinatura aconteceu durante a manhã desta sexta – Dia Internacional da Mãe Terra – em Nova York (EUA), e reuniu mais de 60 chefes de estado, incluindo a presidenta do Brasil, Dilma Rouseff. No discurso, a representante brasileira afirmou que o governo do Brasil "traçou metas ambiciosas e ousadas porque sabe que os efeitos negativos recaem sobre as populações vulneráveis do país e do mundo, quando não tomamos as medidas corretas". O documento deve ficar aberto à assinatura dos demais países pelo período de um ano.

O acordo fica aberto para assinatura e ratificações até o dia 21 de abril de 2017, e passará a valer 30 dias após 55 países, respondendo por 55% das emissões globais de gases de efeito estufa, ratificarem o documento. Nesse acordo, uma das novidades é a revisão, a cada cinco anos, das metas de contribuição de cada país a partir de 2023. Este é o acordo promovido pela ONU que mais recebeu adesões. Até então, o campeão era da Convenção de Direitos sobre o Mar, que conseguiu 119 assinaturas, em 1982, na Jamaica. 

Pauta mundial

A apreensão sobre os efeitos climáticos tem sido pauta de toda a sociedade mundial. Além do trabalho das Nações Unidas para que os governos assumam compromissos com o cuidado ambiental em seus países, a Igreja também vem demonstrando preocupação com a situação do planeta. Vê-se, por exemplo, os recentes discursos do Papa Francisco, destacando o de setembro de 2015, durante a Assembleia Geral da ONU; a encíclica Laudato SI e, no Brasil, a Campanha da Fraternidade Ecumênica “Casa comum, nossa responsabilidade”.

Na encíclica, a primeira da Igreja voltada totalmente ao tema da ecologia, o papa indaga: “Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer?”. Em outro momento, a encíclica lembra que “Bartolomeu chamou a atenção para as raízes éticas e espirituais dos problemas ambientais, que nos convidam a encontrar soluções não só na técnica mas também numa mudança do ser humano; caso contrário, estaríamos a enfrentar apenas os sintomas”.

Dia Internacional da Mãe Terra

Criado em 2009 pela ONU, a data quer lembrar a responsabilidade coletiva para promover a harmonia com a natureza, e a Terra e alcançar um balanço entre economia, sociedade e ambiente.

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