A temporada 2015 do projeto Medida Certa pelo Brasil acabou no sábado, dia 13 de junho, com atividades na cidade de São Paulo. No total, 858 criaças de 0 a 6 anos tiveram seu Índice de Massa Corpórea (IMC) medido em seis capitais visitadas: Vitória, Goiânia, Porto Alegre, Manaus, Recife, além da capital paulista. As famílias dessas crianças foram orientadas a continuar calculando o IMC através das ferramenta de Acompanhamento Nutricional disponível no site da Pastoral da Criança. A ação foi uma parceria com a Rede Globo e Sesi.
Entre as crianças participantes, quase 85% apresentava IMC padrão, e menos de 1% foi considerada desnutrida. O restante, 14%, está com sobrepeso ou obesos. São Paulo apresentou o melhor índice de crianças com IMC ideal entre as capitais visitadas, 89% dos pequenos estão na categoria padrão. O maior índice de obesos foi registrado em Porto Alegre: 9,4% das crianças que tiveram suas medidas analisadas. Logo em seguida da capital gaúcha ficou Manaus, com pouco mais de 8% de crianças obesas. Vitória também deve ficar de olho no aumento de peso dos pequenos. Apesar dos 4,7 de crianças obesas, a capital capixaba apresentou o maior número de sobrepeso, 14,2%.
Motivação
Para a nutricionista da coordenação da Pastoral da Criança, Paula Pizzatto, o número de crianças obesas surpreendeu, foram 50 em todo o Brasil. Ela afirma que na ação de Acompanhamento Nutricional realizada pela entidade, o número de obesos varia entre 3,5% e 4%. Por isso o estranhamento ao constatar que quase 6% das crianças avaliadas está obesa. “Assim como fazemos no Acompanhamento Nutricional, indicamos às famílias levarem as crianças na unidade de saúde para verificar se esse excesso de peso é apenas por uma alimentação inadequada ou algum problema de saúde, como tireóide”, explica a profissional.
Para Paula, a participação no projeto, além de levar informações para as famílias sobre a saúde nutricional dos meninos e meninas, gera uma maior motivação dos líderes. “Eles ficaram estimulados a trabalhar com o Acompanhamento Nutricional”, conta. Atualmente, pouco mais de mil comunidades pelo Brasil contam com a ação que está em fase de expansão. Apesar disso, Paula afirma que ao ter contato com a ação através do Medida Certa, as líderes ficam ainda mais preparadas para orientar as mães, mesmo que o Acompanhamento Nutricional não aconteça em suas comunidades. “Se elas já têm esse conhecimento, elas podem orientar melhor as mães, e encaminhar para o posto de saúde caso identifiquem situações de desnutrição e obesidade”, ressalta.
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