O dia 14 de novembro é conhecido como o Dia Mundial do Diabetes. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, pelo menos 170 milhões de pessoas sofrem da doença atualmente. Em 2025, este número deverá atingir 300 milhões de pessoas. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas têm diabetes e metade delas desconhece sua condição. Para reverter esse quadro, o Dia Mundial do Diabetes tem o objetivo de alertar a população quanto aos cuidados e formas de prevenção da doença que atinge adultos e crianças.

 

Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta . A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.

A principal causa da doença é genética, mas há outros fatores que podem desencadear a doença como o sedentarismo, a obesidade e uma alimentação rica em açúcar, gorduras e álcool.


Mensagem Positiva

A International Diabetes Federation (IDF) lançou um círculo azul contendo sua missão, visão e propostas de trabalho. O objetivo é incentivar as pessoas com diabetes e a população em geral a lutar em prol da causa e levar uma mensagem positiva pela internet e pelas campanhas do Dia Mundial do Diabetes.

 

Diabetes Gestacional

Durante a gravidez, os hormônios da gestante podem impedir que a insulina cumpra a sua função, fazendo com que haja um aumento dos níveis de glicose no sangue, o que é perigoso para a mãe e para o bebê. O diabetes gestacional geralmente começa na metade da gestação, e na maioria das vezes, desaparece após o nascimento do bebê.

Os principais sintomas que a gestante pode apresentar são o ganho de peso excessivo, inchaço, aumento exagerado do apetite, vômitos incontroláveis, visão turva, muita sede e fadiga. Para identificar a doença, é necessário que a gestante faça o teste oral de tolerância à glicose entre a 24ª e a 28ª semana de gestação. As gestantes que possuem fatores de risco para a doença devem fazer o teste antes do período.

Fatores de risco para o diabetes gestacional:

- idade superior a 25 anos;

- obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez;

- história família de diabetes

- crescimento fetal excessivo

- hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez

 

Crianças com diabetes 

As crianças também podem desenvolver o diabetes, sendo mais comum o Tipo 1, que é uma doença autoimune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos.

Veja abaixo algumas orientações sobre crianças com diabetes:

- Para descobrir se seu filho tem diabetes é importante saber como identificar os sintomas. Alguns deles são caracterizados pelo excesso de sede e de urina, e pela perda de peso. Por exemplo, algumas crianças voltam a urinar na cama ou acordam com frequência para beber água no decorrer da madrugada. Ao perceber estas ocorrências, é fundamental consultar um endocrinologista pediatra de imediato.

- O tratamento para o diabetes pode ser ou não efetuado através da aplicação de insulinas, sendo primordial uma avaliação com um endocrinologia pediátrico.

- A dedicação e o carinho por parte da família é fundamental para crianças com diabetes, principalmente por parte dos pais. São eles que devem sempre ficar atentos em manter uma frequência nas consultas médicas para saber se a criança está com uma velocidade adequada do aumento de peso e altura e também para ajustes na terapia insulínica, que varia de acordo com as fases do desenvolvimento.

- É importante a ajuda dos pais na inclusão da automonitorização no dia a dia do paciente, realizada de forma natural e sempre envolvendo seu filho nas decisões tomadas.  Aos poucos, a criança irá perceber a importância desse controle para sua própria saúde.

- Nem sempre a criança entende ou aceita bem a doença. Por conta disso, o acompanhamento de um psicólogo deve ser feito, se necessário.

- Realizar a integração dos pacientes com outras crianças que também possuem diabetes, através de encontros, associações e acampamentos é um ótimo meio de, além de ajudar seu filho a lidar com a questão, ensiná-lo e educá-lo mais sobre o assunto.

- É fundamental que os pais evitem a superproteção e a discriminação no processo de aceitação.

- Após a infância e adolescência, os cuidados devem continuar os mesmos, mas o paciente deve ser encaminhado para um ambulatório de transição, onde o endocrinologista pediátrico e o endocrinologista adulto atendam simultaneamente a criança. Geralmente entre 15 e 19 anos acontece essa mudança, mas isso varia de acordo com o caso.

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia