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A prevenção é a melhor maneira de evitar algumas doenças que podem ocorrer durante a gravidez. Como algumas delas podem não apresentar nenhum sinal ou sintoma, é importante se prevenir.

Em algumas situações durante a gestação, a vacina ajuda a proteger a mãe e também o bebê, que ainda não possui um sistema de defesa tão forte. As células de defesa da mãe passam através da placenta e do leite materno.

Entre as doenças que podem ser prevenidas, estão: tétano/difteria, gripe, hepatite B, raiva e rubéola.

Tétano neonatal

O tétano neonatal é uma doença infecciosa aguda, grave, que acomete o recém-nascido nos primeiros 28 dias de vida, tendo como manifestação clínica inicial a dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. Não é uma doença contagiosa, portanto, não existe transmissão de pessoa a pessoa.

A contaminação pode ser durante o parto, pela manipulação do cordão umbilical com instrumentos inadequados e contaminados, ou após o parto, pelo uso de substâncias contaminadas no coto umbilical – o que pode ser evitado com a vacina.

As doses que a gestante vai receber dependem de sua situação vacinal. Se nunca foi vacinada contra tétano, deve receber três doses com intervalo de 60 dias, sendo que a última deve ser aplicada 20 dias antes do parto. Se já recebeu uma ou duas doses, será preciso completar a vacinação, lembrando de deixar a terceira dose próxima à data do parto. Se as três doses foram recebidas há mais de cinco anos, é necessário um reforço.

Gripe

Causada pelo vírus influenza (que pode se manifestar de diferentes maneiras), a gripe é uma infecção do sistema respiratório que gera febre, dores no corpo, tosse, coriza e cansaço. A gripe H1N1 é uma variação mais intensa, que vem da combinação dos vírus que atingem humanos e das gripes aviária e suína.

A transmissão ocorre pelas vias respiratórias ou contato com pessoas afetadas pelo vírus.

Quando estiverem em campanha, as gestantes também podem tomar a vacina da gripe e a da gripe H1N1, sem riscos para ela nem para o bebê. Se a grávida é devidamente vacinada, seus anticorpos passam para o neném através do colostro e do leite materno, transmitindo a proteção para ele também.

Hepatite B

Transmitida pelo vírus HBV, a hepatite B é uma doença infecciosa e inflamatória que afeta as células do fígado. Provoca vômitos e icterícia (gerando um aspecto amarelado na pele, membranas mucosas e olhos).

A transmissão pode acontecer pelo contado direto com uma pessoa infectada (sangue, saliva, sémem, secreções vaginais e leite materno). Por isso, é preciso atenção para evitar a contaminação perinatal (durante o parto), que é uma das mais comuns.

Durante o pré-natal será pedido um exame de sangue para saber se a gestante possui células de defesa contra a Hepatite B. Caso ela não tenha estas células, será orientada a tomar a vacina.

Raiva

A raiva é uma doença viral que atinge o sistema nervoso central, levando ao inchaço ou inflamação do cérebro. Causa febre, dor de cabeça e mal estar. O desenvolvimento da doença também pode gerar agitação, insônia, ansiedade, paralisia, alucinação, sentimento de confusão, salivação em excesso, dificuldade de engolir e medo da água.

É transmitida principalmente pelo contato com a saliva de um animal contaminado, por mordidas ou pontos de pele rachada.

A vacina contra raiva é indicada para gestantes que trabalham com animais (zoológico, canil, laboratório, entre outros).

Vale lembrar que, após o nascimento, todas as crianças devem ser devidamente vacinadas, de acordo com sua faixa etária. E estudos demonstram que as crianças que são amamentadas possuem um sistema imunológico melhor, sendo menos atingidas por doenças do que as que não mamam no peito.

Saiba mais: Manual de vacinas para as gestantes