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Foto: Eli Pio

Na rotina corrida do dia a dia, nem sempre os pais percebem o aprendizado dos filhos. Na época de férias, tendo um tempinho a mais para se dedicar aos pequenos, é possível perceber como eles têm se desenvolvido enquanto crescem. A orientação dos líderes da Pastoral da Criança é exatamente aproveitar esses momentos para interagir com os filhos, e estimular o desenvolvimento deles, em família. “Estou sempre elogiando pais e mães que aproveitam esses momentos com os filhos, e falando o quanto é importante... Essas horas oportunas não voltam mais”, afirma o líder Carmo de Amorim, da Paróquia São Gonçalo, do município mineiro de Contagem.

Ivani de Souza de Jesus é coordenadora na Paróquia Espírito Santo, em Taubaté, São Paulo, mas no período de férias ela vira avó em tempo integral. Com cinco netos em casa, ela vê as orientações que passa para as famílias virarem realidade. “Como coordenadora tenho que dar exemplo”, brinca. E quando as crianças se juntam, a paciência e o cuidado deve ser redobrado. “É difícil essas crianças todas juntas, mas temos que ter paciência e orientar para brincadeiras sadias”, conta.

Dra. Zilda

“A criança tem direito de brincar, que é fundamental para se desenvolver bem; tem direito de ser bem tratada onde estiver, com o maior respeito pela família e na comunidade”.

Papa Francisco

“A família permanece a unidade basilar da sociedade e a primeira escola onde as crianças aprendem os valores humanos, espirituais e morais que as tornam capazes de ser farois de bondade, integridade e justiça nas nossas comunidades”.

Cuidado e atenção

Assim como Ivani, a coordenadora da Pastoral da Criança na Paróquia São João Batista, de Guiratinga, Mato Grosso, Luciana Pereira da Silva, acredita que esse deve ser um momento propício para um contato maior entre pais e filhos, entretanto ela atenta para um detalhe: “Brincar, dar carinho e ter muito cuidado e atenção com a criança é necessário para que não aconteçam acidentes domésticos, alerta.

A líder Eunice Koga, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté, São Paulo, conta que encontra essa dedicação entre algumas famílias acompanhadas. Um caso, em especial, chama a atenção: em um terreno grande, há várias casas ocupadas por pessoas da mesma família. “Vejo que as crianças deste lugar estão unidas e sempre brincando juntas, com atenção de avó, avô, titias, irmãos ou irmãs mais velhas”, destaca.

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Para as famílias que não têm essa opção, a orientação é aproveitar espaços que propiciem a diversão das crianças, como “parques de comunidade e lugares que ofereçam distração”, afirma. Eunice conta que há casos de pais que trabalham no período de férias das crianças, e por isso não dispõem de todo o tempo que gostariam para ficar com os filhos. Mas o importante é estar junto com a criança, fazendo com que ela se sinta acolhida e cuidada, mesmo que o tempo não seja o maior. “Na maioria [das vezes], dentro de suas possibilidades e limites, [os pais] andam de bicicleta, jogam bolas e passam as horas nestes locais. Os que trabalham se sentem mais cansados, mas não deixam de dar a atenção e o tempo disponível”, diz.