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Você já parou para pensar o que são doenças negligenciadas? Elas são causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas, isto é, afetam com mais frequências, as regiões mais pobres, devido a falta de informações e recursos, como o saneamento básico.
Algumas delas são mais comuns e nós reconhecemos pelo nome, outras nem tanto e quase não ouvimos falar. Mas, é a falta de pesquisa para desenvolver medicamentos, vacinas e até mesmo campanhas de conscientização para população, que tornam essas doenças tão perigosas quanto as mais conhecidas e permite que elas continuem afetando a vida de milhares de famílias ao redor do mundo.
“Eu fiquei muito mal, com febre, dor nos olhos e enjoo. Até mesmo a água ficou com um gosto horrível e eu achei que não ia melhorar”, relata Neuza José Rodrigues, voluntária da Pastoral da Criança há 15 anos, em Sarandi (PR) e que teve Dengue.
Dra. Zilda
“O trabalho social precisa de mobilização das forças. Cada um colabora com aquilo que sabe fazer ou com o que tem para oferecer. Deste modo, fortalece-se o tecido que sustenta a ação e cada um sente que é uma célula de transformação do país”
Papa Francisco
“Um objetivo de todos os dias: transmitir um pouco da ternura de Cristo a quem mais precisa”.
Sonia Garcia, voluntária da Pastoral da Criança há 10 anos e Articuladora de Saúde no Guarujá (SP), conta sobre a importância de ter informações sobre as doenças que existem na comunidade: “Tivemos no Guarujá (SP) um caso muito triste. Uma família, que não era acompanhada pela Pastoral da Criança, precisou internar dois filhos no hospital, às pressas. Os médicos não sabiam o diagnóstico e suspeitaram de várias doenças, mas a primeira criança, de 3 anos, veio a óbito antes de terem uma certeza. Nos dias seguintes o filho mais novo, de um ano e meio, começou a apresentar os mesmo sintomas e teve de ser levado para São Paulo. Os exames confirmaram que era Leishmaniose. Infelizmente, ele também acabou falecendo”.
“A comunidade foi alertada sobre a presença do mosquito palha, um dos transmissores da doença. Diante dos fatos, a Vigilância Sanitária de São Paulo e do Guarujá começaram a desenvolver um trabalho junto a comunidade e examinaram as demais crianças da família”, comenta Sonia. “Atualmente, estamos acompanhando a comunidade, alertando as líderes da Pastoral da Criança para conversarem e orientarem as famílias, ainda mais por não existir uma vacina para humanos”, conclui.
“Nós achamos que nunca vai acontecer conosco, mas não é verdade. Devemos sempre nos preocupar e tomar os cuidados necessários. “Hoje eu estou sempre alerta. O cuidado com as famílias, com as gestantes e com as crianças é muito maior quando passamos na pele o que é ter uma doença dessas”, comenta Neuza Rodrigues. É isso mesmo, precisamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para prevenir as doenças e principalmente, para erradicá-las, acabando com os transmissores!
3º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”.
Para que todos tenham vida em abundância, os líderes da Pastoral da Criança orientam e levam informações para as famílias, com o objetivo de assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar, conforme o 3º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovido pela ONU.