Foto: Acervo da Pastoral da Criança
A pandemia do Novo Coronavírus trouxe novas formas de convivência em família. Homens, mulheres, mães, pais, avós, crianças, viram suas rotinas mudadas de uma hora para outra, com muito mais atividades e permanência em casa, devido ao isolamento social. O serviço doméstico, os cuidados com as crianças e o apoio na aprendizagem escolar dos filhos precisaram ser divididos entre mães e pais, mais do que antes, para se tornarem mais leves. Manter a harmonia na convivência, cuidados com a saúde, alimentação saudável, os estudos em dia, o tempo de qualidade, pode ser um desafio. Mas também é possível vermos o lado positivo disto tudo. Momentos das refeições juntos, em família, podem ser oportunidades únicas para brincar e conversar com os filhos, de fortalecimento e união familiar. Nesta semana de dia dos pais, acompanhe vários depoimentos emocionantes sobre como é ser pai em tempos de pandemia.
ENTREVISTA COM: Anderson Santos, da Pastoral da Criança de Rio Formoso, Pernambuco.
Quais são as alegrias e os desafios que o pai está vivendo neste tempo de pandemia?
Nesta pandemia não vivemos tempos de alegria. Até porque perdemos pessoas muito próximas para a Covid-19. Os desafios, esses, sim, se tornaram constantes em nossas vidas. Todo dia é uma batalha para se proteger e proteger nossas famílias. E aí vem as dificuldades financeiras. Alimentação muito cara. Por isso, precisamos nos “virar nos trinta” todos os dias. Mas, graças a Deus, estamos todos com saúde e, com fé em Deus e em Nossa Senhora, vamos passar por esses tempos difíceis.
ENTREVISTA COM: Nilton Cezar dos Santos, da Pastoral da Criança de Maringá, Paraná.
Programa de rádio Viva a Vida
1558 - 02/08/2021 - Dia dos Pais
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
Nilton, como é ser pai neste tempo de Coronavírus?
Ser pai nestes tempos de Coronavírus, para mim, é desafiador. Mas eu tenho passado com muito amor, carinho, muita orientação espiritual de meu pároco, da minha matriz. Minha filha é uma jovem de 19 anos, então é mais desafiador ainda. Ela tem um filho, meu neto. Então, sou pai-avô, o que é uma graça muito grande e, sendo um agente de pastoral, tanto eu quanto minha esposa, nós fazemos tudo o que sabemos e podemos para que o nosso neto passe por esse tempo da melhor forma possível. Usamos bastante as cartilhas, aquelas brincadeiras, aprendemos muito com ele. Mas Deus tem nos dado muita paciência para passar por esse momento.
ENTREVISTA COM: Waldeny Tavares, líder da Pastoral da Criança, do município de Mazagão, Estado do Amapá.
A pandemia tem reforçado a importância da divisão de tarefas e responsabilidades no cuidado com as filhas e filhos de maneira mais igualitária. Waldeny, como você está fazendo isso?
Viver a paternidade no tempo de pandemia aumenta a responsabilidade e a preocupação com a família, pois com a pandemia houve a necessidade de estarmos confinados em família e convivermos bem mais próximo do que de costume. Isso serviu para percebermos como é árduo o serviço doméstico, o qual perpassa desde o cuidado com os filhos e filhas e, também, as atividades diárias do lar. Daí a necessidade da divisão das tarefas, não como uma obrigação, mas como uma prática do dia a dia. Eu, particularmente, faço isso com toda a tranquilidade, pois tenho a consciência de que a família precisa dividir as atividades da vida cotidiana, para que nenhum seja pesado para um ou outro.
ENTREVISTA COM: Elias Júnior Pereira, da Pastoral da Criança de Caratinga, Minas Gerais.
Elias Júnior, qual é a importância de ser um pai presente e atuante na Pastoral da Criança?
Eu vejo a Pastoral da Criança como uma Pastoral que ajuda muito, mas muito mesmo, as crianças no seu desenvolvimento. É uma forma também de demonstrar o meu papel como pai de família no desenvolvimento da minha filha, transmitindo segurança, os valores cristãos. Então, com a participação na Pastoral da Criança tenho a possibilidade de ver a realidade que várias famílias estão passando, principalmente as famílias mais carentes. A gente vê nesse momento a importância ainda maior da Pastoral da Criança na ajuda dessas crianças.
Foto: Acervo da Pastoral da Criança
ENTREVISTA COM: Abel Galdino da Silva, da Pastoral da Criança da Comunidade de Três Barras, Município de Simonésia, Minas Gerais.
Abel, quais são os valores que o pai deve transmitir para os filhos, hoje?
Nesse tempo de pandemia, eu busco sempre agregar para o meu filho. Eu tenho um filho de 10 meses e procuro educar ele na fé, mostrar o que é ser família, o respeito para com o próximo e para com a sociedade. Esses são os valores que eu busco sempre agregar ao meu filho. E eu, como pai, vejo que a minha missão é fundamental na vida do meu filho. Quando a gente fala de valores, busca lá no início quando a gente era criança, quando a gente recebeu de nossos pais a educação, os ensinamentos de respeito e é exatamente isso que a gente busca passar para o filho da gente. Ser pai é um desafio enorme, mas é muito bom.
ENTREVISTA COM: Ezequiel Moura de Souza, da Pastoral da Criança de Caruaru, Pernambuco.
Ezequiel, como a pandemia mudou sua relação com os filhos e com o ambiente dentro de casa?
Essa situação nos trouxe coisas boas e coisas não tão agradáveis. Uma das coisas boas foi o contato maior com os nossos filhos. Ficamos mais tempo dentro de casa, muitas vezes sem poder trabalhar e, através desse não trabalhar, foram surgindo também as dificuldades. Mas o lado bom foi de estarmos juntos dentro de casa com nossos filhos, com nossa família. E que isso nos traga cada vez mais o aprendizado de que devemos estar sempre mais perto de nossos filhos, mais perto da nossa família, pelo menos isso a pandemia nos trouxe no tempo de hoje, a gente se unir cada vez mais.
ENTREVISTA COM: Milton Dantas, Coordenador Estadual da Pastoral da Criança do Rio Grande do Norte.
Milton, na sua opinião, como podemos comemorar o Dia dos Pais durante a pandemia?
Nós sabemos que comemorar o Dia dos Pais nos vem à tona o pensamento de dar um presente. O maior presente que podemos dar seria estar juntos. Você que tem pai, chega mais perto de seu pai nesse dia na própria família. Que tal aproveitar esse dia para ver melhor tudo o que se passa dentro de casa, ouvir mais os nossos filhos, os nossos filhos ouvirem mais as nossas palavras, estarmos num dia de festa. E em casa, a gente sabe, a gente pode abraçar neste dia, não é? Porque estamos na própria casa.
Comemoremos, então, esse Dia dos Pais com coisas nossas, com o presente da presença.
Leia a entrevista na íntegra: 1558 - Dia dos Pais (.PDF)
3º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”
Ao conversar com as famílias e orientá-las sobre os mais diversos temas, os voluntários da Pastoral da Criança contribuem para o bem-estar e garantem vida saudável e desenvolvimento pleno para todos, como proposto pelo 3º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Dra. Zilda
“O pai também exerce papel importante para que a criança seja criada num ambiente de amor e fraternidade; precisamos escutá-lo e motivá-lo a abraçar essa sua missão.”
Papa Francisco
"Quando experimentamos o amor misericordioso do Pai, nos tornamos mais capazes de dividir esta alegria com os outros.”