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Foto: Acervo

Ficou para trás o tempo em que pai era aquele que colocava dinheiro em casa, mas não afeto. Hoje, na grande maioria das famílias brasileiras, pais e mães precisam trabalhar duro para lutar pelo sustento dos filhos. Dentro de casa, a responsabilidade pelo cuidado, pela educação e pelo amor também é dividida.
A participação ativa do pai (ou do substituto dele) é essencial para o desenvolvimento cognitivo e socioemocional da criança. Por outro lado, a falta da figura paterna pode gerar insegurança, agressividade e refletir negativamente na concentração e no desempenho escolar.

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E como começar a ser um pai ativo?

Dica 1: brincar! Isso mesmo. Estudos mostram que durante as brincadeiras a criança aprende, exerce a criatividade, melhora o seu desenvolvimento motor e seu cérebro libera hormônios que diminuem o estresse e melhoram o humor. E ninguém melhor que o pai e a mãe para brincar junto, não é verdade?

Dica 2: O pai que trabalha no regime CLT tem o direito de se ausentar do trabalho para acompanhar seis consultas de pré-natal durante a gestação. Então, que tal começar a criar esse vínculo bem cedo?

Os líderes da Pastoral da Criança incentivam a participação do pai em todas as atividades da família. Nas tarefas de casa, nas brincadeiras e, principalmente, no afeto. “A orientação que a gente dá ao pai é estar mais presente e saber que pode contar com a gente, com toda a Pastoral da Criança”, conta o líder Elvis Trindade, de Macapá, Amapá.

 

ENTREVISTA COM: Éverson Ribeiro de Lima, Enfermeiro e Coordenador da Rede Mãe Curitibana, da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Paraná.

Éverson, na sua opinião, o que é ser um pai presente e participativo?

Ser pai presente e participativo é atuar em todo o ciclo de vida. Esse ciclo de vida começa antes mesmo do nascimento, passa por toda a infância, adolescência e se estende até a fase da velhice. Isso é ser um pai participativo.

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Foto: Acervo

Éverson, como o pai pode colaborar nos primeiros dias de vida do bebê?

Os primeiros dias de vida do bebê são uma transformação para toda a família. Essa família que recebe esse novo ser vai ser transformada. E o bom pai, o pai ativo, além da questão financeira, também participa dos afazeres do dia a dia, como o cuidado, o apoio emocional da mãe durante a amamentação, a troca de fraldas, acordar à noite e muito mais. Então, esse pai deve ser membro atuante da família.

Quais são os direitos do pai em relação ao filho?

A licença paternidade é de cinco dias estabelecida. No caso das empresas que participam do programa Empresa Cidadã, pode chegar a 20 dias.
Uma das coisas que o pai deve ter conhecimento é que ele tem direito a seis consultas de pré-natal, acompanhando a mãe. E até os seis anos de idade da criança, o pai, uma vez por ano, pode sair do seu trabalho, sem ônus nenhum para ele, para acompanhar a consulta dessa criança. Às vezes o pai não tem esse conhecimento e fica com medo de sair do trabalho. Mas isso está amparado em lei

Que outras orientações o senhor tem para os pais?

Os pais, a gente sempre passa pela questão do pai como o provedor, né? Mas a questão é que o pai precisa se envolver pela questão do afeto. O apoio sentimental, o apoio amoroso, isso vai interferir nessa criança pelo resto da vida. Uma criança que tem a atenção do pai desde pequena vai ser uma criança com bem-estar geral e feliz.

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida 1715 - 05/08/2024 - Dia dos Pais

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

 

Leia a entrevista na íntegra

1715 - 05/08/2024 - Dia dos Pais

Saiba mais

O papel do pai no desenvolvimento da criança

Paizinho, vírgula! Ser pai é muito mais do que prover!

Pai cuidador: bom para todos!

 

Dra. Zilda

"O pai também exerce papel importante para que a criança seja criada num ambiente de amor e fraternidade; precisamos escutá-lo e motivá-lo a abraçar essa sua missão".

Papa Francisco

“O pai deve estar presente na família, que seja próximo da mulher, para compartilhar tudo, alegrias e tristezas, fadigas e esperanças. E deve estar próximo dos filhos em seu crescimento: quando brincam e quando se empenham, quando ousam ou hesitam, quando erram e voltam atrás. Pai presente, sempre! Presente não significa controlador, pois pode anular o filho."