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A gestação é um momento lindo, com muitas mudanças tanto no aspecto físico como no emocional. A mulher e a família têm que estar preparadas pra estas alterações.

Como o corpo está mudando rápido, neste momento pode acontecer da gestante resgatar alguns problemas que estavam esquecidos. Ao retomar esses problemas, outras questões vêm à tona, fazendo com que a depressão se instale. Com isso, a mulher apresenta problemas para dormir, não se alimenta bem e deixa de fazer coisas que lhe davam prazer, como passear e visitar amigos.

O medo da responsabilidade de cuidar do bebê pode intensificar o quadro depressivo da futura mãe, ainda mais diante da necessidade de demonstrar muita felicidade, pois é o que todos esperam dela nesse momento.

Os riscos são muitos e o fato de não desabafar, a falta de ânimo para fazer uma atividade física e não considerar a possibilidade de fazer uma terapia, aumentam a angústia da gestante. Além disso, a gestante silencia e não conta ao médico ou mesmo ao seu companheiro e familiares o que está sentindo.

Vamos ver alguns sintomas: tristeza, incapacidade de manter a concentração, ansiedade, irritabilidade, não conseguir dormir (insônia), excesso ou falta de apetite.

É importante portanto, conversar com o médico sobre isso, para que possa receber orientações e ajuda especializada.

Como fazer para lidar com a depressão na gestação:

A gestante deve tentar não fazer tudo de uma vez com as coisas do bebê - por exemplo, arrumar o quarto e as roupinhas. Cuide de você também neste momento: faça caminhadas, encontre com os amigos e com a família, lembre-­se de se exercitar. Tudo isso ajuda muito a diminuir a insônia e a ansiedade.

Informe-­se sobre os tipos de exercícios recomendados durante a gravidez. E converse muito com o parceiro, a família e amigos. Conte o que se passa em sua mente, seja sincera, pois estas pessoas querem o seu bem.

As consultas de rotina de pré-­natal com seu médico também são importantes. Cuide­-se e procure ajuda, pois, quando não é tratada, a depressão traz riscos graves para a mulher grávida e para o seu bebê, podendo ocorrer pressão alta e excesso de peso, por exemplo. Os bebês nascidos de mães com depressão podem ter a sua saúde e desenvolvimento afetados, por isso fica o alerta.

Também temos que lembrar da depressão pós-parto, que pode ocorrer quando a tristeza após o nascimento do bebê não desaparece ou quando os sinais da depressão aparecem um mês após o parto.São sinais da depressão pós-parto: ficar com medo de cuidar do bebê ou de ficar sozinha com o filho, ter sentimentos negativos em relação ao bebê ou sentimentos assustadores e ter pouco interesse pelo bebê. Se isso está acontecendo, busque seu médico imediatamente.

Estudos recentes também mostram que a chamada depressão pós-parto pode aparecer fora de hora, seja ainda durante a gestação ou meses após o parto, com sintomas confusos (como demonstra matéria publicada na Folha de S. Paulo). Mais importante do que a nomenclatura adotada (depressão gestacional, depressão pós-parto ou simplesmente depressão), é ficar atento aos sintomas e procurar ajuda.

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