entrevista depressao materna gestante

Foto: Acervo da Pastoral da Criança

 

É muito importante que toda a família esteja sempre presente no cuidado da mãe, do bebê e do ambiente que os cercam. Ou seja, o apoio começa com o companheiro, amigos e parentes, porque eles podem, e devem, diminuir seu sofrimento e incentivar a busca de ajuda médica.

A empatia -- que é o ato de se colocar no lugar do outro, sem julgamentos ou conceitos pré-determinados --, é o primeiro passo. Nesse momento, faz-se necessário ouvir e acolher todas as decisões da mãe, como: deixar ela cuidar do bebê ou do lar, promover o máximo de conforto, estimular banhos relaxantes e ajudar nos cuidados com o bebê.

Deve-se, também, conversar com o médico sobre isso, para que possa receber orientações e auxílio especializado.

 

 

ENTREVISTA COM: Michelle Monezi Gonçalves, psicóloga que trabalha em Ribeirão Preto, Estado de São Paulo.

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 Michelle Monezi Gonçalves, psicóloga

O que é depressão materna ou depressão pós-parto?

A depressão no pós-parto é diferente da tristeza materna. A tristeza materna é algo muito natural, porque horas depois do parto existem mudanças hormonais muito radicais no organismo da mulher. A mulher pode sentir tristeza, irritabilidade, insatisfação com as coisas. Já na depressão pós-parto a gente tem esses sintomas de uma forma muito mais agravada.

Quais são os sintomas mais comuns da depressão pós-parto que a mãe e os familiares devem ficar atentos?

A mulher, às vezes, fica muito calada, ou ela chora demais, a falta de interesse por atividades do dia a dia, um cansaço extremo, fadiga, uma falta de energia, aquela mãe que acha que não está sendo boa, que o bebê está com algum probleminha por culpa dela. E uma questão também que é bastante importante ressaltar, são sintomas de ansiedade ou excesso de preocupação.

Como a depressão pós-parto prejudica o desenvolvimento saudável do bebê?

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida 1605 - 27/06/2022 - Depressão materna (puerpério)

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

A principal característica da depressão pós-parto é a mãe ficar incapacitada de realizar as suas tarefas, as suas atividades do dia a dia. E aí, as consequências para o desenvolvimento do bebê são várias. Pode ocasionar dos bebês ficarem mais agitados, chorando muito, ter problemas com a alimentação, ou dificuldades no sono. Por isso, a importância da mãe estar se cuidando, buscando ajuda, aceitando ajuda, a orientação médica, seguindo rigorosamente o tratamento para que ela fique bem e garanta o desenvolvimento saudável do seu filho.

Que tipo de acompanhamento existe no SUS?

O pré-natal é oferecido gratuitamente pelo SUS. E os profissionais do SUS estão capacitados a identificar, já no pré-natal, possíveis sinais e sintomas de casos que podem vir a se tornar uma depressão pós-parto. O tratamento da depressão pós-parto inclui a presença de psiquiatra, psicólogo dentre outros profissionais que o SUS oferece. É muito importante também dizer que toda mulher que dá à luz pelo SUS é acompanhada em seu puerpério pela estratégia Saúde da Família.

 

Leia a entrevista na íntegra: 1605 - 27/06/2022 - Depressão materna (puerpério) (.PDF)

 

E SDG Icons NoText 033º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.”

Mulheres que sofrem com a doença precisam buscar apoio profissional especializado. Para ajudar essas mães, os líderes da Pastoral da Criança procuram visitar mais vezes essas famílias, levando apoio e orientação.

 

Dra. Zilda

“Líder, como é maravilhoso o seu trabalho, tão humilde, tão simples e que, por ser feito com tanto amor e dedicação, faz verdadeiros milagres, em busca de vida plena para todos”

Papa Francisco

"Para todas as mães é a nossa oração, o nosso carinho’’