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Foto:  Acervo da Pastoral da Criança

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), os problemas de saúde mental materna são considerados um grande desafio para saúde pública em todo o mundo. Apesar disso, ainda não é dada a devida atenção ao tema, tanto na atenção ao pré-natal como no pós parto. A entidade afirma ainda que os transtornos mentais que envolvem o período gestacional e pós parto não se limitam à depressão.

É fundamental a atenção e cuidado da família e dos profissionais de saúde ao redor da mãe, para identificar sinais e buscar o apoio e o tratamento adequado.
Devido a sua relevância, esse assunto é tratado em uma campanha no mês de maio, chamado Maio Furta-Cor, com o intuito de sensibilizar a população para a causa da saúde mental materna.

Abaixo segue uma entrevista com a idealizadora da campanha.

 

professora roberta guedes

Doutora Patrícia Piper, psiquiatra perinatal, que atua com famílias, especialmente com mulheres na fase de gestação e pós-parto, em Curitiba, Paraná e é uma das idealizadoras da Campanha Maio Furta-cor.

ENTREVISTA COM: Doutora Patrícia Piper, psiquiatra perinatal, que atua com famílias, especialmente com mulheres na fase de gestação e pós-parto, em Curitiba, Paraná e é uma das idealizadoras da Campanha Maio Furta-cor.

Dra. Patrícia, o que é a Campanha Maio Furta-cor? E por que tem esse nome furta-cor?

A Campanha Maio Furta-Cor é uma campanha nacional que visa fomentar os debates sobre saúde mental materna, abordar os estigmas do adoecimento mental materno e discutir sobre essa cultura em torno da maternidade que, muitas vezes, é muito desafiadora para as mulheres. Ao contrário do que às vezes se pensa, ser mãe, ou "maternar", não é uma tarefa simples, fácil ou instintiva. É um trabalho árduo e, em alguns casos, pode desencadear transtornos mentais graves nas mulheres, como, por exemplo, a depressão pós-parto. E o "furta-cor" é uma metáfora, pois se refere a essa cor que se altera de acordo com a luminosidade, com a luz que recebe.

Quais são os objetivos da Campanha Maio Furta-cor 2024, Dra. Patrícia?

É trazer debates, dialogar, compartilhar vivências. Precisamos romper com o tabu da mãe idealizada, aquela que é vista como perfeita, que não comete erros, que sabe tudo e consegue cuidar dos seus filhos de maneira adequada, e que está sempre feliz nesse processo. Quando começamos a abordar esse debate e a desfazer esses preconceitos, conseguimos também destacar a importância da saúde mental. Ao ouvirem sobre a Campanha e ao escutarem relatos sobre a maternidade real e os possíveis transtornos decorrentes dela, as mulheres se sentem incluídas, ouvidas e validadas. Isso também promove e fortalece a saúde mental.

Dra. Patrícia, o que a Campanha Maio Furta-cor pretende realizar em 2024?

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida 1701 - 29/04/2024 - Maio Furta-cor

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

Além das aulas de Educação Física já oferecidas nas instituições de ensino, os pais podem buscar outras alternativas. Hoje em dia, existem projetos sociais gratuitos que promovem a prática de algum esporte. Também há escolinhas esportivas dentro do próprio bairro ou condomínio, para aqueles que residem em condomínios. Pode-se mobilizar a comunidade para proporcionar atividades diferenciadas para as crianças. As colônias de férias também são uma opção interessante. Portanto, a ideia é incentivar as crianças a se movimentarem, reduzindo o tempo de exposição às telas, mesmo que vivamos em um mundo cada vez mais tecnológico. É essencial que as crianças estejam em movimento para crescerem saudáveis.

  

Leia a entrevista na íntegra

1701 - 29/04/2024 - Maio Furta-cor

Dra. Zilda

“Assim, unidos, somando esforços, continuamos a fortalecer essa rede de solidariedade humana, a serviço da vida e da esperança."

Papa Francisco

"Uma sociedade sem mães seria uma sociedade desumana, porque as mães sabem testemunhar sempre, mesmo nos piores momentos, a ternura, a dedicação, a força moral. As mães transmitem, muitas vezes, também o sentido mais profundo da prática religiosa: nas primeiras orações, nos primeiros gestos de devoção que uma criança aprende. Sem as mães, não somente não haveria novos fiéis, mas a fé perderia boa parte do seu calor simples e profundo."