Foto: Jillian Haldeman
Para prevenir a dengue basta apenas não deixar água parada, correto? Errado, apenas isso não adianta. É preciso que toda a comunidade esteja envolvida no enfrentamento ao mosquito Aedes Aegypti, e não apenas onde as chuvas são frequentes e a água pode concentrar com mais facilidade, mas até mesmo nos locais onde a chuva não é tão recorrente. “Estamos passando por uma situação de epidemia muito difícil na nossa cidade e toda a região”, conta José Leite da Silva, coordenador da Pastoral da Criança na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Pedra, Pernambuco.
Pedra é um município do agreste pernambucano. Para a Agência Pernambucana de Água e Clima (APAC), os meses de agosto a novembro deveriam ser os mais secos na região. Entretanto, isso não impediu o grande número de casos das três “doenças primas”: dengue, chikungunya e zika, todas transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes Aegypti. O Nordeste foi a região que registrou o maior número de casos de zika em todo o Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
“Não sabemos ao certo o que causou tudo isso, porque moramos em uma região muito seca, que há muito tempo não chove”, explica José, que também atua como agente de saúde no município. A proliferação das doenças tomaram tal proporção na região que o próprio José teve chikungunya. “Eu tive dores horríveis. Passei dois dias sem andar e fui internado”, conta.
Leia também:
Dengue, chikungunya e zika: o foco é a prevenção!
Dengue: uma preocupação constante
Dengue: a solução começa em casa
Dra. Zilda
"O segredo e a alma da transformação não estão apenas no repasse do conhecimento de ações básicas de saúde, mas na vivência do amor de Cristo, que veio para dar a vida, a vida em abundância”.
Papa Francisco
"Agentes pastorais realizam uma tarefa imensa acompanhando e promovendo os excluídos em todo o mundo, ao lado de cooperativas, dando impulso a empreendimentos, construindo casas, trabalhando abnegadamente nas áreas da saúde, desporto e educação".
Ação de toda a comunidade
Na tentativa de mobilizar toda a população na luta contra o mosquito, a Pastoral da Criança na região tem promovido diversas ações, como rodas de conversa e orientações nas visitas domiciliares, sobre o cuidado com os reservatórios de água, por exemplo. “Reunimos as comunidades e passamos as orientações tendo como foco principal as crianças, que são indefesas, e as gestantes. É a nossa maior preocupação”, relata o coordenador.
A Secretaria de Saúde local tem distribuído substâncias que devem ser colocadas nos reservatórios de água, para impedir o desenvolvimento de larvas do mosquito, além do tradicional “fumacê” (inseticidas espalhados por carros com máquinas de nebulização que matam os insetos adultos enquanto estão voando) pelas ruas da cidade.
Enfrentar a proliferação do mosquito que causa as doenças é mais uma prova de que, quando a população trabalha em unidade, os resultados aparecem mais rapidamente. Em Pedra, a Pastoral da Criança e a Secretaria de Saúde têm atuado juntas para diminuir os casos. E na sua comunidade, como todos estão trabalhando para eliminar o Aedes Aegypti?
3º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
“Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”
A Pastoral da Criança tem como objetivo levar vida em abundância para todas as crianças, principalmente aquelas que mais necessitam de ajuda. Para isso, nossos líderes levam informação para as famílias que acompanham e dentre essas informações, as questões de saúde são umas das principais. Estar atento à saúde de toda a família, principalmente da criança, garantem uma vida saudável e plena.